Além da Chacina da Grande Messejana, cuja investigação criminal, extraoficialmente, já teve um desfecho, com o indiciamento de 38 policiais, entre militares e civis, conforme O POVO publicou ontem, outros quatro crimes expressivos e que teriam sido cometidos por agentes públicos estão com as investigações em curso na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).
Os cinco crimes investigados, que seriam de autoria policial, foram registrados a partir de setembro último. Estão inclusos: a morte de um adolescente, na Barra do Ceará; a tortura seguida de morte do frentista João Paulo Souza Rodrigues, no Parque Santa Rosa; o assassinato de um adolescente de 16 anos, no Curió; a série de seis homicídios registrados em Jaguaretama, após o assassinato de dois policiais; além da Chacina da Grande Messejana, quando 11 pessoas foram executadas e outras sete ficaram feridas.
Além dos cinco principais casos, cujas investigações foram oficialmente abertas na controladoria, há as apurações preliminares para averiguar se houve abuso na ação registrada na cidade de Redenção, a 63 km de Fortaleza, no dia 27 de novembro, quando cinco suspeitos de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas trocaram tiros com policiais militares e foram mortos.
Três dos seis policiais que estavam na ação foram baleados, mas passam bem. Já os suspeitos foram mortos, em sua maioria, atingidos por disparos na cabeça. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da CGD desde o último dia 4 de março, em fase de diligências.
Também é apurada a morte de um homem identificado como Rafael Patriolino da Silva, 31, após supostamente tentar assaltar a casa de um policial militar, em 30 de novembro, no bairro Itaperi. Na época, testemunhas negaram a versão do assalto. A CGD já ouviu algumas delas e reúne documentos sobre o caso para apurar a veracidade das circunstâncias da morte apresentadas pelo policial.
Intervenções policiais
Entre 2014 e 2015, as intervenções policiais aumentaram 62% no Estado. São casos de homicídios cometidos pelos agentes, no exercício da profissão, e que não são consideradas intencionais, pois possuem excludente de ilicitude.
O número saltou de 53 para 86 ocorrências. Este ano, até fevereiro, dado mais recente divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), foram 11 casos.
AUTOR: DN
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