A manhã seguinte à chacina ocorrida no Condomínio Novo Jardim Castelão, conhecido por "Babilônia", no Barroso (zona Sul de Fortaleza) foi marcada por um clima de muita apreensão e medo na comunidade. Os moradores não quiseram falar sobre o caso. Outros chegaram a dizer que estavam trabalhando e só souberam da ocorrência quando chegaram em casa.
Vários policiais militares resguardaram a área. O capitão Alexsandro Couto, da Força Tática de Apoio (FTA) do 17º BPM, esteve no local e falou que, aparentemente, reinava tranquilidade depois da chacina. A segurança foi reforçada para impedir novos episódios violentos no local.
Chacina
O crime ocorreu na tarde de quinta-feira, última, quando um grupo de desconhecidos, fortemente armados, invadiu o condomínio, se dirigiu a um dos blocos e atacou uma das casas onde estavam as vítimas. Foram mortos quatro jovens, identificados como Igor Alves Gomes, 18; Francisco Leandro de Oliveira Soares, 22; Leandro Ribeiro de Lima, 23; e o adolescente Francisco de Oliveira Soares, 16.
Um quinto rapaz, identificado como Adeílson de Araújo Rocha, 22, também foi baleado, mas sem gravidade. Ele cegou a ser medicado na Emergência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Conjunto Prefeito José Walter e foi liberado.
Depois da chacina, os criminosos fugiram sem que fossem identificados. No local, surgiram boatos de que os atiradores seriam residentes no Conjunto Palmeiras, no Jangurussu; ou da Favela São Miguel, em Messejana, locais onde também ocorrem assassinatos constantemente por conta da disputa pelo domínio na venda de drogas.
O capitão Alexsandro Couto salientou que as operações de saturação na área serão realizadas, de modo intensificado, todos os dias. Antes, elas eram feitas com mais intensidade somente nos fins de semana. O oficial da Polícia Militar frisou que alguns suspeitos da chacina foram identificados, entretanto os nomes deles não serão divulgados, para não atrapalhar as investigações, que estão a cargo dos inspetores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Cerveja
Enquanto alguns moradores sequer saíram dos apartamentos, outros procuravam levar a vida normal, chegando a ficar no bar existente dentro do "Babilônia" jogando sinuca e bebendo cerveja.
Equipes do Batalhão de Rondas Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) fizeram patrulhamento no interior do condomínio e nas áreas tidas como mais críticas nas proximidades.
Os apartamentos 205 e 206, onde a maioria das vítimas foi executada, permaneceram fechados. Nas portas, ainda era possível ver um lençol descartável, colocado sobre o corpo de um dos homens assassinados, logo após o óbito ser constatado pelos socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Apesar da chuva fina que caiu durante a madrugada de ontem, no local da chacina ainda era possível ver as manchas de sangues no chão.
AUTOR: DN
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