Um casal foi assassinado, na tarde de ontem, no cruzamento das ruas Margarida e Luís Gonzaga, no bairro Planalto Pici. De acordo com a Polícia, o jovem Sílvio Teixeira Rodrigues, 18, seria o alvo da ação criminosa. No entanto, sua companheira, uma adolescente de 17 anos, identificada como Francisca Joyce Alves Guaiuba, acabou sendo morta, numa queima de arquivo.
Segundo informações do sargento Leonardo Henrique, da 2ª Cia do 17º BPM (Pici), as duas vítimas estavam procurando uma casa para alugar, porque pretendiam morar juntos.
"Eles passavam por esta rua à procura de uma casa, quando dois homens, que estavam em uma moto, chegaram e atiraram. A Joyce ainda tentou correr quando viu o companheiro sendo morto, mas acabou sendo baleada também", afirmou.
O corpo da adolescente estava caído a poucos metros do de Sílvio Rodrigues. Familiares da menor informaram à Polícia, que havia a possibilidade de ela estar grávida. "Eles contaram que estavam esperando o resultado de um exame que comprovasse, mas que a suspeita da gravidez era forte. Por isto, planejaram morar juntos e formar uma família", disse o sargento.
Motivação
Conforme dados da patrulha que atendeu à ocorrência, Sílvio Teixeira tinha envolvimento com o tráfico e havia dado entrada na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). "Em 2013, ele foi detido. Como era menor, foi levado à DCA. Não sabemos qual o ato infracional que praticou", disse Leonardo.
O PM contou também que ainda não se sabe se os criminosos estavam à procura do rapaz por ele está devendo drogas, ou se havia uma briga pelo território na venda dos entorpecentes. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ficará a cargo das investigações e deverá esclarecer quem foram os autores do duplo homicídio e a razão do crime.
Insegurança
O sargento Leonardo Henrique disse que já se pode notar uma diminuição no número de crimes na região do Planalto Pici, neste ano. "A criminalidade está diminuindo. Esta área está bem. Os homicídios estão sob controle", declarou.
No entanto, os moradores que foram abordados pela Reportagem foram unânimes em dizer que se sentem abandonados quando o assunto é segurança. Todos afirmaram que vivem em constante situação de tensão, com medo que a ´guerra´ pelo tráfico local acabe lhes atingindo de alguma forma.
"A gente é assaltado pelos viciados que estão devendo e querem mais drogas. Temos que nos trancar em nossas casas e nos esconder atrás dos móveis na hora dos tiroteios. Nos fins de semana é sempre assim, quando tudo acalma e vamos ver o que aconteceu tem mais um conhecido estendido no chão. Mais uma vítima de um problema que existe há muito tempo e que parece que não tem quem se importe", disse a costureira Francisca de Assis dos Santos.
AUTOR: DN
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