Os familiares do camocinense Antônio Araújo da Silva informaram ao blog que há mais de um mês ele não mantém contato com a família, o que era feito a cada 15 dias, e que na última ligação ele informou que estava sendo ameaçado de morte por um funcionário da Fazenda Vitória, localizada na cidade de Juscimeira, no Estado do Mato Grosso, na localidade Pedra Preta, onde estaria trabalhando desde o mês de setembro deste ano, 2013.
De acordo com as informações dos familiares, no último contato, Antônio relatou que a ameça se deu depois dele ter reclamado da quebra de contrato de trabalho. Ele teria sido contratado como pedreiro e sua carteira assinada com o salário no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) sendo que em poucos dias teve este valor reduzido, passando a ganhar um salário equivalente ao de auxiliar de pedreiro. Se sentindo prejudicado o trabalhador camocinense procurou um advogado trabalhista para orientá-lo sobre seus direitos, caso a situação no trabalho não se regularizasse.
“Na última ligação que o meu pai fez, ele disse que se ele demorasse a manter contato é por que alguma coisa teria acontecido com a vida dele. Mas que ele teria passado para seu advogado todos os contatos da nossa família, e se algo desastroso acontecesse, o advogado manteria contato”, disse ao blog a filha de Antônio, Lidiane.
Os familiares obtiveram a informação preocupante de que a referida fazenda onde Antônio estaria trabalhando, mantém a prática de trabalho escravo e que os trabalhadores que buscam seus direitos, via Justiça, acabam desaparecendo misteriosamente. Outra informação é que os trabalhadores contraem divida com alimentação, banho, materiais de higiene etc. E sem conseguirem sanar o débito, eles acabam sendo forçados a trabalharem apenas para pagarem as dividas.
A esposa de Antônio já está adotando todos os procedimentos legais para localizá-lo, inclusive, já está acionando as autoridades competentes.
Qualquer informação que possa levar ao paradeiro do camocinense deve ser direcionada através dos telefones (88) 9217 9107 (88) 9479 3637 (88) 9218 7495.
AUTOR: Revista Camocim
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