A Polícia Civil libertou, na manhã de ontem, dentro de um condomínio no Porto das Dunas, em Aquiraz, um estudante universitário que havia sido sequestrado na última quinta-feira (24), em Fortaleza. Os moradores do condomínio ´Mirantes Beach Park´, não imaginavam que, ali, em uma das 40 casas do residencial, um jovem de 18 anos, filho de um empresário cearense (identidades preservadas), era mantido como refém pela quadrilha há pelo menos três dias.
Na manhã de ontem, por volta das 8h30, cerca de 20 policiais civis cercaram o condomínio, situado na Via Local 17, estouraram o cativeiro, libertaram a vítima e detiveram três pessoas que fazem parte da quadrilha que está por trás do sequestro do universitário. O quarto acusado já havia sido preso momentos antes, no bairro Aldeota. Ele teria informado aos policiais civis a localização do cativeiro.
Segundo a Polícia, o estudante estava em boas condições de saúde e foi levado para a casa logo após ser libertado. O resgate não foi pago, conforme nota da Assessoria de Comunicação do órgão.
O jornal apurou que alguns integrantes do bando seriam jovens de classe média e teriam sido vizinhos da vítima no bairro Aldeota. Na manhã de hoje, a Polícia Civil concederá entrevista com os detalhes da ação policial. Os nomes dos presos não foram divulgados pela SSPDS.
Pelo menos outras duas pessoas estão sendo procuradas pelos agentes da Divisão Antissequestro (DAS) e da Coordenadoria de Inteligência (Coin), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Entre os quatro acusados já capturados pela Polícia Civil, dois são irmãos; o homem identificado como chefe do bando e um adolescente de 17 anos.
A vítima foi levada pelos bandidos, na manhã da última quinta-feira, por volta das 7h. Depois de ser ´arrebatada´ pelos sequestradores, ela foi levada em um veículo Gol para o condomínio.
O jornal apurou que os acusados entraram no prédio sem levantar suspeitas, pois a casa que foi usada como cativeiro pertence ao tio de um dos sequestradores e os rapazes já seriam "conhecidos" dos funcionários.
Piscina
Após entrar no residencial, eles estacionaram o veículo, desceram normalmente, entraram na casa e depois saíram para tomar banho de piscina. Conforme o jornal apurou, os funcionários não perceberam nada de errado.
Os acusados permaneceram, no mesmo dia do sequestro, por cerca de 30 minutos na piscina, para afastar qualquer suspeita. Ninguém viu o jovem ser levado para dentro do imóvel.
O residencial que tem dez blocos de quatro casas, não possui câmeras de vigilância. A entrada dos condôminos está sendo reformada e deverá abrigar equipamentos de monitoramento. O síndico do condomínio não estava no prédio durante a tarde de ontem.
A reportagem apurou que os sequestradores costumavam usar o imóvel para lazer e era comum eles irem passar dias na casa cedida pelo parente, na companhia de mulheres e amigos. Na tarde de ontem, apesar da aparente tranquilidade, o clima ainda era de apreensão entre os moradores.
A movimentação dos policiais civis dentro e, na entrada do condomínio, só terminou por volta das 10h. Peritos da Coordenadoria de Criminalística (CC) da Perícia Forense do Estado Ceará (Pefoce) analisaram o local que foi usado como cativeiro. Até a tarde de ontem, a casa ainda permanecia "lacrada".
A cada passada pela portaria, os moradores indagavam aos porteiros o que realmente havia ocorrido e alguns pareciam não acreditar no fato de que uma das casas do residencial ter sido usada como cativeiro pela quadrilha de sequestradores.
AUTOR: DN
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