Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Secretaria de Segurança Pública (Seseg), realizam, nesta quinta-feira (31), a operação Capa Preta II para desarticular uma das mais violentas milícias do Rio, que atua na Baixada Fluminense. Até as 16h, dez pessoas tinham sido presas.
A ação também é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público (MPRJ) e conta, ainda, com o apoio da Polícia Militar. Ao todo, os agentes visam cumprir 23 mandados de prisão, incluindo contra policiais, militares da Marinha e até um ex-político.
Os presos foram identificados como: cabo da PM Fábio Delfino de Oliveira, tenente da PM Samuel Felipe Dantas de Farias, Jonas Gonçalves da Silva (ex-PM e ex-vereador de Duque de Caxias), seu filho Eder Fabio Gonçalves da Silva, conhecido como "Fabinho é nós" e o fuzileiro da Marinha Lúcio Loyola. Além deles, Fábio Grama Miranda, Jorge Luiz Moreira de Souza, José Gomes da Rocha Neto, conhecido como Kiko, Wander Lucio Pereira Gomes, e Roberto Wagner Lima de Castro, conhecido como Betão, foram presos.
Presos foram levados para a Seseg (Foto: Mariucha Machado / G1)
Delegado Alexandre Capote diz que a operação continua (Foto: Mariucha Machado / G1)
Segundo o delegado titular da Draco-IE, Alexandre Capote, a quadrilha chegava a movimentar cerca de R$ 400 mil por mês. "A operação continua. Podemos considerar um sucesso porque apreendemos documentos que comprovam agiotagem e estouramos uma central de Gatonet clandestina com 10 mil assinantes que era operada por eles", afirmou.
Testemunha mortas
De acordo com o delegado, a operação com o mesmo nome, que ocorreu em 2010, prendeu cerca de 30 pessoas e logo em seguida, mais da metade, foi solta. Em meados de 2012, foi realizada a operação Purificadora e novamente as pessoas foram soltas. Na época, segundo o delegado, várias testemunhas foram fuziladas para tentar impedir que o esquema fosse descoberto e diversos homicídio na região voltaram a acontecer.
“Isso é uma audácia em relação às testemunhas que estavam colaborando com a investigação. Elas tinham um papel valioso. É uma afronta. Eu e os policiais éramos ameaçados. O nosso maior desafio era conseguir essas testemunhas”, completou Capote.
O promotor Fábio Miguel, do Gaeco, admite a necessidade de constantes operações. “Nós sabemos que é um trabalho árduo e que precisa ser contínuo. Um dos nossos maiores objetivos é desmantelar os braços que financiavam o grupo”.
De acordo com o promotor, após ser preso e, em seguida solto, eles voltaram mais violentos. “Isso não nos inibe. Nos dá mais ânimo para continuar”.
A ação
Entre os procurados pelos agentes estão sete PMs, cinco ex-policiais militares, dois fuzileiros navais, um ex-policial civil e o ex-vereador de Duque de Caxias, conhecido como "Jonas é nós!".
A investigação dá conta que a quadrilha age, pelo menos, desde 2007, nos bairros caxienses Vila São José, Jardim Leal, Gramacho, Vila Guaíra, Sarapuí, Lote XV, Parque Suécia, Vila Rosário, Pilar, São Bento, Parque Muisa, Parque Fluminense e Pantanal.
Entre os crimes estão homicídios, incluindo das testemunhas, cobranças de taxas para serviços clandestinos de segurança, a imposição da compra de cestas básicas por valores abusivos, tráfico de armas de fogo, agiotagem, roubo de propriedades, parcelamento irregular do solo urbano, exploração irregular de TV a cabo e internet, exploração de jogos de azar, prestação de transporte alternativo clandestino e venda ilegal de botijões de gás. Os mandados de prisão foram expedidos pela Juíza Daniela Barbosa Assumpção, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias.
Segundo a Secretaria de Segurança, os criminosos costumam atuar com crueldade através de tortura, lesões corporais graves, extorsões, ameaças, constrangimentos ilegais e injúrias. Eles são suspeitos, ainda, de ocultação de cadáveres.
O nome da ação faz referência à Operação Capa Preta, realizada em 2010, em que todas as testemunhas foram assassinadas pelo grupo. Os mandados expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias são por formação de quadrilha armada para prática de crime hediondo.
A ação é realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), ligado à Secretaria de Segurança, da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), do Ministério Público (MPRJ), com a Corregedoria da Polícia Militar e com a Coordenadoria de Inteligência da corporação.
AUTOR: G1/RJ
Segundo o delegado titular da Draco-IE, Alexandre Capote, a quadrilha chegava a movimentar cerca de R$ 400 mil por mês. "A operação continua. Podemos considerar um sucesso porque apreendemos documentos que comprovam agiotagem e estouramos uma central de Gatonet clandestina com 10 mil assinantes que era operada por eles", afirmou.
Testemunha mortas
De acordo com o delegado, a operação com o mesmo nome, que ocorreu em 2010, prendeu cerca de 30 pessoas e logo em seguida, mais da metade, foi solta. Em meados de 2012, foi realizada a operação Purificadora e novamente as pessoas foram soltas. Na época, segundo o delegado, várias testemunhas foram fuziladas para tentar impedir que o esquema fosse descoberto e diversos homicídio na região voltaram a acontecer.
“Isso é uma audácia em relação às testemunhas que estavam colaborando com a investigação. Elas tinham um papel valioso. É uma afronta. Eu e os policiais éramos ameaçados. O nosso maior desafio era conseguir essas testemunhas”, completou Capote.
O promotor Fábio Miguel, do Gaeco, admite a necessidade de constantes operações. “Nós sabemos que é um trabalho árduo e que precisa ser contínuo. Um dos nossos maiores objetivos é desmantelar os braços que financiavam o grupo”.
De acordo com o promotor, após ser preso e, em seguida solto, eles voltaram mais violentos. “Isso não nos inibe. Nos dá mais ânimo para continuar”.
A ação
Entre os procurados pelos agentes estão sete PMs, cinco ex-policiais militares, dois fuzileiros navais, um ex-policial civil e o ex-vereador de Duque de Caxias, conhecido como "Jonas é nós!".
A investigação dá conta que a quadrilha age, pelo menos, desde 2007, nos bairros caxienses Vila São José, Jardim Leal, Gramacho, Vila Guaíra, Sarapuí, Lote XV, Parque Suécia, Vila Rosário, Pilar, São Bento, Parque Muisa, Parque Fluminense e Pantanal.
Entre os crimes estão homicídios, incluindo das testemunhas, cobranças de taxas para serviços clandestinos de segurança, a imposição da compra de cestas básicas por valores abusivos, tráfico de armas de fogo, agiotagem, roubo de propriedades, parcelamento irregular do solo urbano, exploração irregular de TV a cabo e internet, exploração de jogos de azar, prestação de transporte alternativo clandestino e venda ilegal de botijões de gás. Os mandados de prisão foram expedidos pela Juíza Daniela Barbosa Assumpção, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias.
Segundo a Secretaria de Segurança, os criminosos costumam atuar com crueldade através de tortura, lesões corporais graves, extorsões, ameaças, constrangimentos ilegais e injúrias. Eles são suspeitos, ainda, de ocultação de cadáveres.
O nome da ação faz referência à Operação Capa Preta, realizada em 2010, em que todas as testemunhas foram assassinadas pelo grupo. Os mandados expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias são por formação de quadrilha armada para prática de crime hediondo.
A ação é realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), ligado à Secretaria de Segurança, da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), do Ministério Público (MPRJ), com a Corregedoria da Polícia Militar e com a Coordenadoria de Inteligência da corporação.
AUTOR: G1/RJ
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