O resultado da descoberta de uma fábrica clandestina de armas foi apresentado pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). A fábrica funcionava na zona rural do Município de Ocara (a 95 Km da Capital). Francival Avelino da Silva, 45, apontado como o ´armeiro´, foi preso em flagrante, porém já está em liberdade por determinação judicial. Segundo a Polícia, o arsenal era produzido para ser vendido ou alugado para quadrilhas responsáveis pelos ataques a bancos ocorridos no Interior cearense no ano passado, em várias regiões.
Nas buscas que resultaram na descoberta da fábrica, nada menos, que 24 armas de fogo foram apreendidas pela Polícia Civil, sendo que quatro delas ainda estavam na fase de montagem.
Confirmação
Na entrevista coletiva, realizada na última quinta-feira, o titular da DRF, delegado George Monteiro, informou que recebeu denúncias de que armeiros estariam "trabalhando" para quadrilhas de assaltantes de bancos. A partir daí, foi montada a operação. O delegado Danilo Rafanelle comandou as investigações em Ocara.
A constatação de que armeiros estariam fabricando escopetas e outros apetrechos para bandidos surgiu quando foram apreendidas armas usadas no ataque violento na cidade de Ararendá (334Km da Capital). O assalto culminou na morte de um policial militar e de morador. Na caçada aos criminosos, cinco deles também acabaram sendo mortos. O grupo tentou explodir a agência do Bradesco, mas fugiu e trocou tiros com policiais militares durante um confronto armado.
"Um dos fuzis apreendidos com a quadrilha apresentava uma peça artesanal", lembrou George Monteiro, lembrando que este detalhe no arsenal foi importante para a descoberta de que bandidos estariam produzindo suas próprias armas para os ataques ao estilo do ´novo cangaço´, nas cidades de pequeno e médio porte do Interior cearense, nos roubos a bancos.
Ainda de acordo com o delegado, no momento em que os inspetores da DRF chegaram à casa de Francival Avelino, encontraram 10 submetralhadoras prontas e duas por montar. Também havia ali 10 rifles montados e dois ainda semiprontos. Dois silenciadores foram encontrados no local. Os delegados ficaram impressionados com a qualidade das armas.
Conhece bem
Além dos reparos, Francival Avelino passou a fabricar as armas de alguns meses para cá. Os preços por casa peça variavam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. O acusado usava a garagem de casa como oficina. "Ele tem muito conhecimento. A partir disso passou também a fabricar as armas", frisou o delegado Danilo Rafanelle.
O titular da DRF salientou que as investigações prosseguem, principalmente porque outros armeiros são suspeitos de envolvimento com organizações criminosas, que agem em cidades do Interior do Nordeste.
Regiões
Ainda de acordo com a Polícia, s peças fabricadas por Francival Avelino eram utilizadas por bandidos que cometiam crimes na região de Morada Nova e Vale do Jaguaribe. Além das armas, as munições eram recarregadas no local. "São peças de vários calibres, principalmente de armas de uso restrito", lembrou George Monteiro. O material será submetido à perícia.
AUTOR: DN
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