O movimento estudantil que tem ocupado escolas da rede estadual ganhou adesões nos últimos dias e, nesta terça-feira, 10, já são 24 unidades de educação ocupadas. O movimento reivindica melhorias nas instituições de ensino e, mesmo com as medidas anunciadas pelo governador Camilo Santana, não há previsão para desocupação.
As ocupações das últimas escolas no Ceará foram informadas por alunos e pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), que presta assistência jurídica aos estudantes.
Mariana Martins, 18 anos, estudante do terceiro ano do Liceu de Maracanaú, explica que a ocupação foi efetivada na tarde de segunda-feira, 9, mas o movimento estava sendo articulado há dias. "Fizemos uma assembleia para falar sobre os pedidos e sobre a organização do movimento. Aqui, umas das principais pautas é a segurança".
Segundo a jovem, a escola possui apenas um porteiro durante o dia e um vigilante durante a noite. "Já teve caso de professor e alunos assaltados dentro da escola. Como é uma escola bem afastada das demais, o entorno também é perigoso. Eu já fui assaltada próximo ao colégio, levaram meu celular na época", relata.
Mariana também cita problemas estruturais no prédio. "A nossa quadra é o equipamento mais novo e está inutilizada porque corre o risco de desabar. Fazemos educação física em um campinho que era mais um estacionamento, mas está cheio de mato. No auditório, qualquer chuvinha já alaga", completa.
Os alunos do Liceu de Maracanaú tiveram que juntar mesas para dormir a primeira noite na escola, pois ainda não possuem colchões. O movimento ali, assim como restante das unidades ocupadas no Estado, depende da doação de alimentos e materiais de higiene para dar continuidade à ocupação.
Estudantes do colégio estadual João Nogueira Jucá, no Conjunto Alvorada, devem ocupar a unidade nesta terça-feira, 10. Alguns alunos já dormiram no local na noite anterior, explicou Vinicius Silva, 18 anos, que cursa o 3° ano. "A gente fez uma assembleia para decidir a ocupação e vamos postar uma nota com os resultados. A gente merece uma educação melhor e uma alimentação de qualidade. Eu não valho 30 centavos", disse, fazendo referência ao dinheiro destinado à merenda escolar.
Além das ocupações, alunos e professores estão se mobilizando para atividades dentro e fora das escolas. Na manhã desta terça-feira, uma aula pública foi realizada na Praça da Igreja Matriz da Messejana com a participação de estudantes dos colégios da região, como Deputado Paulo Benevides, José de Barcellos, Otacilio Colares e Luiza Távora Promorar, por exemplo. A concentração para a aula pública começou na Praça Paulo Benevides, por volta das 6h30min. As atividades na Praça da Igreja da Matriz iniciaram às 8h30min/DIVULGAÇÃO
Quatro professores, de Matemática, Português, Filosofia e História, fizeram uma aula pública sobre questões ligadas à educação, como financiamento, greve e dívida pública. "Foi uma mistura de aulas e apresentações artísticas. O pessoal cansou de tanto descaso na educação pública, e os estudantes conseguiram um protagonismo muito valoroso, com pautas que dialogam com a dos professores.
Eles que estão dando uma aula de luta e resistência", disse a professora estadual Rebeca Nunes, que participou do evento.
Aula pública na praça de Messejana/DIVULGAÇÃO
Seduc
Em nota enviada ao O POVO Online, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) se pronunciou sobre a ocupação dos estudantes e disse que não impedirá o acesso deles às escolas desde que "haja respeito ao patrimônio". A secretaria contesta a informação dos alunos e diz que apenas 20 unidades de ensino estão ocupadas no Ceará. Em relação às reclamações sobre falta de segurança no Liceu de Maracanaú, o órgão informou apenas que o colégio possui serviços de vigilante e porteiro.
Veja abaixo o texto na íntegra:
"A Secretaria da Educação do Estado do Ceará reafirma que está aberta ao diálogo com professores e alunos e não impedirá o acesso dos estudantes à escola desde que haja respeito ao patrimônio. De acordo com o Código Civil, os pais são responsáveis legais por quaisquer atos de seus filhos.
Seduc
Em nota enviada ao O POVO Online, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) se pronunciou sobre a ocupação dos estudantes e disse que não impedirá o acesso deles às escolas desde que "haja respeito ao patrimônio". A secretaria contesta a informação dos alunos e diz que apenas 20 unidades de ensino estão ocupadas no Ceará. Em relação às reclamações sobre falta de segurança no Liceu de Maracanaú, o órgão informou apenas que o colégio possui serviços de vigilante e porteiro.
Veja abaixo o texto na íntegra:
"A Secretaria da Educação do Estado do Ceará reafirma que está aberta ao diálogo com professores e alunos e não impedirá o acesso dos estudantes à escola desde que haja respeito ao patrimônio. De acordo com o Código Civil, os pais são responsáveis legais por quaisquer atos de seus filhos.
Com relação à segurança do Liceu de Maracanaú, a unidade de ensino conta com serviços de vigilante e de porteiro".
Aula pública na praça de Messejana/DIVULGAÇÃO
Aula pública na praça de Messejana/DIVULGAÇÃO
Escolas ocupadas
1. CAIC Maria Alves Carioca (Bom Jardim) - Fortaleza
2. EEFM Presidente Geisel Polivalente – Juazeiro do Norte
3. EEFM João Mattos (Montese) - Fortaleza
4. Colégio Estadual Presidente Humberto Castelo Branco (Montese) - Fortaleza
5. EEM Adauto Bezerra (Fátima) - Fortaleza
6. EEFM Jader Moreira De Carvalho (Serrinha) – Fortaleza
7. EEM Mariano Martins (Henrique Jorge) - Fortaleza
8. EEFM Dom Antônio Almeida Lustosa (Edson Queiroz) - Fortaleza
9. Escola Maria Amélia Bezerra – Juazeiro do Norte
10. EEFM Irapuan Cavalcante Pinheiro (Conjunto Esperança) - Fortaleza
11. Liceu de Messejana (Messejana) - Fortaleza
12. EEFM Dr. César Cals (Farias Brito) - Fortaleza
13. EEFM José Alves Figueiredo- Crato
14. Escola Padre Rocha (Joaquim Távora)- Fortaleza
15. Escola Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (Montese) - Fortaleza
16. Liceu do Crato
17. Liceu do Ceará- Maracanaú
18. EEFM Adahil Barreto Cavalcante - Maracanaú
19. EEM Professora Eudes Vera - Maracanaú
20. Escola Monsenhor Dourado (Padre Andrade) - Fortaleza
21. Escola Adalgisa Bonfim Soares (Conjunto Esperança) - Fortaleza
22. Escola Noel Hugnen de Oliveira Paiva - Fortaleza
23. EEFM Irmão Urbano (Parque São José) - Fortaleza
24. EEFM Senador Osires Pontes (Canindezinho) - Fortaleza
AUTOR: O POVO
Escolas ocupadas
1. CAIC Maria Alves Carioca (Bom Jardim) - Fortaleza
2. EEFM Presidente Geisel Polivalente – Juazeiro do Norte
3. EEFM João Mattos (Montese) - Fortaleza
4. Colégio Estadual Presidente Humberto Castelo Branco (Montese) - Fortaleza
5. EEM Adauto Bezerra (Fátima) - Fortaleza
6. EEFM Jader Moreira De Carvalho (Serrinha) – Fortaleza
7. EEM Mariano Martins (Henrique Jorge) - Fortaleza
8. EEFM Dom Antônio Almeida Lustosa (Edson Queiroz) - Fortaleza
9. Escola Maria Amélia Bezerra – Juazeiro do Norte
10. EEFM Irapuan Cavalcante Pinheiro (Conjunto Esperança) - Fortaleza
11. Liceu de Messejana (Messejana) - Fortaleza
12. EEFM Dr. César Cals (Farias Brito) - Fortaleza
13. EEFM José Alves Figueiredo- Crato
14. Escola Padre Rocha (Joaquim Távora)- Fortaleza
15. Escola Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (Montese) - Fortaleza
16. Liceu do Crato
17. Liceu do Ceará- Maracanaú
18. EEFM Adahil Barreto Cavalcante - Maracanaú
19. EEM Professora Eudes Vera - Maracanaú
20. Escola Monsenhor Dourado (Padre Andrade) - Fortaleza
21. Escola Adalgisa Bonfim Soares (Conjunto Esperança) - Fortaleza
22. Escola Noel Hugnen de Oliveira Paiva - Fortaleza
23. EEFM Irmão Urbano (Parque São José) - Fortaleza
24. EEFM Senador Osires Pontes (Canindezinho) - Fortaleza
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