Os problemas com sinal de telefonia são uma realidade. Além das dificuldades com área de cobertura ou de qualidade, o fato é que em alguns casos o fator causador disso pode estar relacionado ao cabeamento das operadoras telefônicas. Casos de roubo de cabos, vandalismos e estruturas danificadas por conta de obras são ocorrências registradas diariamente pelas mesmas. Só a Oi, uma das companhias telefônicas atuantes no Ceará, já registrou 24 furtos de cabos no Ceará de janeiro a maio este ano. A procura, muitas vezes, é pelo cobre ou alumínio presente nessas estruturas.
De acordo com as próprias companhias, quatro delas em operação aqui no Ceará (Oi, Tim, Claro e Vivo), obras em vias, furtos de cabos e equipamentos, vandalismo e até mesmo queimadas na beira das estradas são alguns dos casos que têm causado impactos na prestação do serviço de telefonia. O balanço preparado pela Oi, por exemplo, mostra que nos quatro primeiros meses deste ano já foram registrados 13 casos de rompimentos de cabos em obras sob responsabilidade de terceiros.
A situação não seria tão diferente para a TIM. Segundo a operadora, os atos de vandalismo e de furto de equipamentos têm registrado um aumento nos últimos anos. Mesmo sem um balanço específico sobre o assunto, a empresa informou que o trabalho nesse tipo de questão é feito de forma incessante. “Cabos, de cobre ou alumínio, assim como outros equipamentos que integram as Estações Rádio Base, são estruturas indispensáveis para a transmissão de voz e dados, e quando comprometidas, interferem diretamente na prestação do serviço”, reiterou a empresa em nota.
Apesar dos números, não seria possível mensurar quantas pessoas são afetadas por esse tipo de problema. O cabeamento, presente nas Estações Rádio Base, seriam essenciais para a utilização da rede de dados e de voz oferecidas pelas companhias.
A Vivo, não diferente das outras operadoras, também confirma que os casos têm sido cada vez mais comuns em todo o Estado. Em nota enviada à matéria, a companhia informou que “essas ocorrências podem comprometer integral ou parcialmente a utilização dos serviços de voz e dados da operadora nas regiões atendidas pelo sinal da antena vandalizada”.
A Claro informou que somente no período de setembro de 2015 a abril de 2016, mais de 70 Estações de Rádio Base (ERB´s) da operadora foram vandalizadas no estado. Conforme a operadora, esses atos danosos comprometem o funcionamento da rede, geram instabilidade de sinal e prejudicam a empresa e milhares de usuários.
Medidas
“Às vezes, o rompimento ocorre em áreas remotas e de difícil acesso, o que prejudica o deslocamento das equipes. Mas trabalhamos sempre para restabelecer os serviços dos nossos clientes o mais rapidamente possível”, disse o diretor de infraestrutura da Oi, Paulo Cesar Florentino.
A Claro diz adotar medidas de segurança para preservar a integridade de seus equipamentos e, em conjunto com os órgãos competentes, trabalha para a rápida identificação dos responsáveis e a tomada de todas as providências cabíveis. Quando danos são provocados por vandalismo, a empresa afirma empenhar esforços para neutralizar os impactos nos serviços prestados a seus clientes o mais rápido possível.
Equipes de manutenção e de prevenção a furtos seriam as medidas básicas tomadas pelas companhias para evitar as dificuldades nas conexões. “Às vezes, o rompimento ocorre em áreas remotas e de difícil acesso, o que prejudica o deslocamento das equipes.”, contou Paulo sobre outra complicação.
A recomendação é para que, quando ciente, a própria população denuncie os casos de furto desse tipo de material. Quando esse tipo de caso é registrado, um prazo de 5 a 10 dias, em média, é requisitado para reparar a situação. Para coibir esse tipo de ação ou realizar qualquer tipo de denúncia, as companhias telefônicas informam que usuários podem contatar a polícia através do 190. Mesmo assim, a Oi informa que disponibiliza o telefone 0800-643-7898 para o repasse de informações referentes a rompimentos.
AUTOR: DN
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