Dois radialistas foram presos nesta quarta-feira (11) por suspeita de prática de extorsão contra um vereador da cidade.
A polícia chegou aos suspeitos durante investigação da operação "Leviatã" - que apura irregularidades na Feira Livre de Aparecida. A ação aconteceu na última quarta-feira (4) e prendeu um vereador, um secretário e servidores municipais suspeitos de comandarem a venda e locação de espaços na feira.
Segundo a Polícia Civil, os radialistas trabalham na rádio Monumental e extorquiam o político para não criticá-lo no veículo. Policiais chegaram até a dupla por meio de escutas telefônicas obtidas durante a investigação do caso.
A prisão aconteceu no final da manhã, após os dois participarem de uma reunião na prefeitura. Eles foram ouvidos pelo delegado Francisco Sannini no início da tarde e tiveram prisão preventiva decretada por cinco dias. "O envolvimento deles é por extorsão de um político dentro da operação Leviatã. A prisão deles é de cinco dias, diferente dos demais presos na semana passada, que ficarão presos até o final das investigações", afirmou Sannini.
Operação
A operação Leviatã, prendeu o vereador Élcio Ribeiro Pinto (DEM), o secretário de Indústria e Comércio da cidade, João Luiz Mota ´Dão´, além de três fiscais que são servidores públicos municipais e dois homens que trabalhavam como agenciadores de barracas.
De acordo com investigação do Ministério Público, os agenciadores negociavam a locação de espaços para feirantes por preços que variavam, dependendo da proximidade com a Basílica. Os espaços custavam até R$ 100 mil.
Na feira livre funcionam cerca de duas mil barracas, que não podem ser vendidas ou alugadas porque são concessões públicas. Ambulantes do local confirmam que pagam para ter espaço maior e melhor localizado na feira.
Investigações
Apesar das prisões durante a semana, as investigações da polícia continuam. Os sete suspeitos permanecem presos na cadeia de Guaratinguetá. Os advogados do vereador e secretário negam que os clientes tenham envolvimento com o esquema de extorsão.
O vereador Élcio foi transferido nesta terça-feira (10) para a Penitenciária 2 de Tremembé. Os advogados dos fiscais negam que existam provas contra eles. Uma investigação interna foi aberta pela Prefeitura de Aparecida para apurar o envolvimento de funcionários municipais no esquema.
Recadastramento
Uma reunião aberta à comunidade foi realizada na prefeitura nesta quarta-feira (11) para constituir uma comissão que será responsável pelo recadastramento dos ambulantes da Feira de Aparecida. A prefeitura informou que a comissão tem objetivo de traçar o perfil do ambulante que trabalha na cidade. A partir dos perfis traçados, a administração analisará cada caso e tomará as medidas cabíveis.
Segundo a prefeitura, os nomes dos integrantes serão nomeados por uma portaria com o respaldo da Procuradoria Geral do Município. A primeira reunião do grupo deve acontecer na próxima semana.
Outro lado
Representantes da rádio foram procurados por volta das 15h30 desta quarta-feira, mas ninguém foi encontrado até a publicação desta reportagem.
A Prefeitura de Aparecida também foi procurada e informou que os radialistas foram ao Paço para realizar a cobertura de uma reunião aberta à imprensa local e à sociedade civil para nomeação da comissão que realizará recadastramento da feira.
AUTOR: G1/SP
Segundo a Polícia Civil, os radialistas trabalham na rádio Monumental e extorquiam o político para não criticá-lo no veículo. Policiais chegaram até a dupla por meio de escutas telefônicas obtidas durante a investigação do caso.
A prisão aconteceu no final da manhã, após os dois participarem de uma reunião na prefeitura. Eles foram ouvidos pelo delegado Francisco Sannini no início da tarde e tiveram prisão preventiva decretada por cinco dias. "O envolvimento deles é por extorsão de um político dentro da operação Leviatã. A prisão deles é de cinco dias, diferente dos demais presos na semana passada, que ficarão presos até o final das investigações", afirmou Sannini.
Operação
A operação Leviatã, prendeu o vereador Élcio Ribeiro Pinto (DEM), o secretário de Indústria e Comércio da cidade, João Luiz Mota ´Dão´, além de três fiscais que são servidores públicos municipais e dois homens que trabalhavam como agenciadores de barracas.
De acordo com investigação do Ministério Público, os agenciadores negociavam a locação de espaços para feirantes por preços que variavam, dependendo da proximidade com a Basílica. Os espaços custavam até R$ 100 mil.
Na feira livre funcionam cerca de duas mil barracas, que não podem ser vendidas ou alugadas porque são concessões públicas. Ambulantes do local confirmam que pagam para ter espaço maior e melhor localizado na feira.
Investigações
Apesar das prisões durante a semana, as investigações da polícia continuam. Os sete suspeitos permanecem presos na cadeia de Guaratinguetá. Os advogados do vereador e secretário negam que os clientes tenham envolvimento com o esquema de extorsão.
O vereador Élcio foi transferido nesta terça-feira (10) para a Penitenciária 2 de Tremembé. Os advogados dos fiscais negam que existam provas contra eles. Uma investigação interna foi aberta pela Prefeitura de Aparecida para apurar o envolvimento de funcionários municipais no esquema.
Recadastramento
Uma reunião aberta à comunidade foi realizada na prefeitura nesta quarta-feira (11) para constituir uma comissão que será responsável pelo recadastramento dos ambulantes da Feira de Aparecida. A prefeitura informou que a comissão tem objetivo de traçar o perfil do ambulante que trabalha na cidade. A partir dos perfis traçados, a administração analisará cada caso e tomará as medidas cabíveis.
Segundo a prefeitura, os nomes dos integrantes serão nomeados por uma portaria com o respaldo da Procuradoria Geral do Município. A primeira reunião do grupo deve acontecer na próxima semana.
Outro lado
Representantes da rádio foram procurados por volta das 15h30 desta quarta-feira, mas ninguém foi encontrado até a publicação desta reportagem.
A Prefeitura de Aparecida também foi procurada e informou que os radialistas foram ao Paço para realizar a cobertura de uma reunião aberta à imprensa local e à sociedade civil para nomeação da comissão que realizará recadastramento da feira.
AUTOR: G1/SP
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