O duelo entre Brasil e Chile, ontem, pelas oitavas-de-finais da Copa, deixou muito cearense nervoso de interior a dentro. Dessa vez a torcida de Quixadá se soltou um pouco mais. Uma hora antes do início da disputa, o foguetório havia começado em vários bairros da cidade. Os paredões de som também já circulavam a todo volume pelas ruas e avenidas.
Alguns bares da cidade até instalaram barracas para proteger a torcida do sol, mas os torcedores pareciam adivinhar o destino da Canarinha. Durante o jogo, as ruas ficaram desertas. “O hexa não é só um sonho bem pertinho da gente, é esperança, amor e orgulho”, desabafava aos prantos a universitária Aline Ribeiro, quando o goleiro Júlio Cesar agarrou o último chute das penalidades.
“Hoje é de dia de três santos, São Pedro, São Júlio César e da Santa Trave”, gritava o moto-taxista João Cordeiro, comemorando a classificação.
Não demorou muito para surgirem carreatas de vários bairros, acompanhadas de buzinaços e muitos fogos. Depois do susto e dos 120 minutos de tensão, a alegria era geral, e muita gente também foi para a rua.
Emoção
Em Sobral nem o sol de 13h desanimou os torcedores a assistirem ao jogo na Praça do Theatro São João. Condiserado pelos sobralenses o jogo mais tenso até agora, o universitario Christiano Junior declarou que a partida estava “digna de uma final, foi reza e tensão até o último minuto”.
Na região Centro-Sul, em casas, nos bares e em restaurantes, a torcida assistiu apreensiva ao jogo. Depois da vitória nos pênaltis, centenas de torcedores saíram às ruas de carro e moto e realizaram passeata pelas ruas da cidade; o medo de derrota deu lugar à comemoração com muita alegria e animação.
“Foi um alívio”, disse o estudante, Igor Morais. “O Brasil não jogou bem, mas o importante foi a vitória e vamos torcer agora nas quartas de final”, complementou Morais.
Já nos Inhamuns, a expectativa pela vitória deixou os torcedores tensos. No último momento, a cada defesa e gol brasileiro, ouvias-se os crateuenses gritando eufóricos e soltando bombas. Como de costume, eles se reuniram em residências e bares.
De acordo com o empresário Ranilson Vieira, dono do bar 4R’s, nunca viu tanta tensão diante de um só jogo. “Não só eu, mas todos os meus clientes estavam aflitos pela vitória. Achávamos que não seria dessa vez, mas somos brasileiros e não desistimos nunca. Para dá sorte, já foi combinado que todos irão assistir ao jogo no mesmo lugar” afirmou. Vieira também comentou ser comum, antes dos jogos, os clientes se reunirem e montarem um bolão, em que cada um participa com o seu palpite.
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