Diante de uma multidão de argentinos que invadiu Porto Alegre, Lionel Messi marcou dois gols e foi o destaque da vitória por 3 a 2 sobre a Nigéria, no Beira-Rio. De brinde, conseguiu empatar com Neymar na artilharia do Mundial – cada um fez quatro gols.
O autor do terceiro gol argentino na partida desta quarta (25) foi Rojo, que marcou de cabeça no começo do segundo tempo. Logo depois dele, o técnico Alejandro Sabella decidiu dar um descanso para Messi e o substituiu por Ricky Alvarez. O time perdeu qualidade e intensidade. Em alguns momentos, a defesa mostrou fragilidade. Pela Nigéria, Musa fez dois gols.
Brasil e Argentina só se enfrentam em uma possível final, dia 13 de julho, no Maracanã. Até lá, a disputa segue no grito, segue entre Messi e Neymar. Na internet, as brincadeiras vão por aí.
Festas e tensão
Com capacidade para 20 mil pessoas, a Fan Fest em Porto Alegre ficou lotada durante o jogo. No Twitter, o prefeito José Fortunati afirmou que entre 90 mil e 100 mil argentinos estão na capital gaúcha, segundo a Brigada Militar. Apesar da tensão e de alguns incidentes fora do perímetro isolado pela Fifa no Beira-Rio, a invasão teve mais clima de festa do que preocupação.
Argentinos cantaram o hino, dançaram e entoaram gritos de apoio à seleção de Messi. Em meio aos torcedores enlouquecidos, famílias inteiras e crianças pequenas curtiram juntas a vitória.
Ao todo, 28 pessoas foram detidas por ocorrências relacionadas à partida. Entre elas estavam 20 argentinos: seis deles por roubo de ingressos, seis por estarem com ingressos ou credenciais falsas, dois por tentarem vender ingressos falsos, um por posse de drogas, um com foguetes e um torcedor que estava na lista dos barras bravas (ala violenta). Mais três argentinos foram detidos por furto depois da partida, em um hotel. O saldo de ocorrências policiais pode ser considerado pequeno perto da quantidade de pessoas nas ruas.
Veja como foi o dia na cidade:
Equador é eliminado
Mesmo sem seis titulares do último jogo, a França eliminou o Equador do Mundial, no Maracanã, e garantiu o primeiro lugar do Grupo E. O Equador é o único sul-americano a cair na primeira fase. Sete seleções do continente avançaram.
A partida começou fraca, mas ganhou ritmo no final, quando as seleções ficaram mais ofensivas. Os equatorianos foram prejudicados pela expulsão de Antonio Valencia no começo do segundo tempo. Os franceses perderam oportunidades e esbarraram na defesa do Equador. O jogo, que terminou em 0 a 0, foi um dos mais chatos para os torcedores.
Fátima Bernardes e outros famosos marcaram presença no Maracanã. Veja fotos
Nas oitavas de final, a seleção europeia vai enfrentar a Nigéria.
Além da classificação da França, outra seleção europeia teve sucesso nesta quarta. Na Arena Amazônia, em Manaus, a Suíça venceu os hondurenhos por 3 a 0, superou o trauma em relação ao adversário e garantiu a vaga nas oitavas de final. Há exatos quatro anos, os europeus foram eliminados por Honduras na última rodada da fase de grupos da Copa.
Shaqiri deu show e marcou três gols. E ele contou com a parceria de Drmic, autor das três assistências. Antes de Shaqiri, apenas o alemão Müller havia feito três gols numa mesma partida nesta Copa, contra Portugal.
Mais de 2 mil pessoas celebraram a vitória da Suíça na Lagoa, no Rio. Um espaço temático montado na região recebeu o nome de "Baixo Suíça".
- Veja a tabela dos jogos
Morreram juntos
Irã e Bósnia se despediram da Copa nesta quarta. Mesmo já eliminados, os jogadores da Bósnia-Herzegovina atacaram como se a classificação às oitavas estivesse em jogo – justamente o que faltou ao Irã, que ainda tinha possibilidades de avançar para o mata-mata pela primeira vez na história.
Os europeus mantiveram a alta média de gols da Arena Fonte Nova, em Salvador, vencendo por 3 a 1, com gols de Dzeko, Pjanic e Vrsajevic, selando a eliminação do Irã do Mundial. Como consolo, Reza Ghoochannejad descontou para os iranianos e marcou o primeiro (e único) gol da sua seleção na competição.
O comportamento impulsivo do jogador uruguaio Luis Suárez em campo chama a atenção de especialistas. Nesta terça (24), ele mordeu o ombro do zagueiro italiano Giorgio Chiellini, em jogo disputado em Natal. E não se trata de um caso isolado. Foi a terceira vez que ele atacou um adversário em campo.
Para o médico Rodrigo Bressan, do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a atitude pode ter relação com o transtorno dos hábitos e dos impulsos, que é caracterizado por atos repetidos, muitas vezes incontroláveis, e sem motivação racional clara. "Quando as atitudes se tornam frequentes, é sinal de que há falha no processo de controle desses impulsos, e indica que a pessoa sofre de um transtorno", diz Bressan.
Nesta quarta, o Uruguai apresentou à Fifa a defesa de Luis Suárez. A seleção alegou que o atacante não chegou a morder o zagueiro Giorgio Chiellini. Além disso, a defesa sugeriu que o defensor italiano já tinha uma lesão no ombro.
“Não houve mordida. Foi uma jogada casual, em que o jogador perde o equilíbrio e o choque ocorre. Poderia ter sido um duro golpe na nuca, no pescoço ou nas costas. E isso é o que você vê: um choque, nada mais”, disse Ernesto Dehl, que ajudou a escrever a defesa, em entrevista ao jornal uruguaio “Ovación”.
O tribunal da Fifa vai deliberar sobre o futuro do jogador, que pode ser punido.
(Daniel Garcia/AFP)Chilenos expulsos
Os invasores do Maracanã, no Rio, já deveriam ter deixado o país, mas 25 ainda estão por aqui. No último dia 18, no jogo entre Chile e Espanha, cerca de 100 chilenos entraram no estádio pela sala de imprensa. A polícia deteve 85 e os obrigou a sair do Brasil em 72 horas, prazo que venceu no último domingo (22).
A Polícia Federal disse nesta quarta que vai cobrar uma multa diária de R$ 8,27 dos que ainda não cumpriram a punição. O valor será cobrado quando os estrangeiros passarem pelos postos de fiscalização de fronteira, como os de rodoviárias e aeroportos.
Chile encara Brasil com "Forrest Gump"
Os chilenos prometem não mudar seu estilo de jogo rápido e ofensivo nas oitavas de final da Copa, neste sábado, às 13h (de Brasília), no Mineirão.
O Chile não teme o Brasil e tem armas além de Arturo Vidal e Alexis Sánchez. Marcelo Díaz, o jogador que mais correu neste Mundial, segundo estatísticas da Fifa, é mais uma peça importante do técnico Jorge Sampaoli.
Esse fato fez a imprensa chilena apelidá-lo de Forrest Gump, o famoso corredor do filme homônimo.
“Não me surpreende muito (essa estatística) porque minha principal virtude é correr muito em todas as partidas”, disse Díaz ao jornal chileno "El Gráfico".
(Foto: Martin Bernetti/AFP)
Costa Rica: “Não temos limites”
A seleção da América Central é um dos destaques da primeira fase da Copa. Sorteada no grupo da morte, com campeões mundiais como Inglaterra, Itália e Uruguai, a Costa Rica venceu o descrédito e terminou em primeiro lugar.
Agora, os costarriquenhos querem ir mais longe e ultrapassar o feito histórico de 1990, quando a seleção venceu Escócia e Suécia, mas caiu frente à Tchecoslováquia nas oitavas.
“Sempre ouvimos coisas fantásticas sobre aquela geração, mas, com todo respeito, podemos alcançar um feito maior. Queremos ir mais longe. Já mostramos que podemos jogar contra qualquer time de igual para igual”, disse o zagueiro Giancarlo González.
(Foto: Fernando Vergara/AP)
AUTOR: G1
O Chile não teme o Brasil e tem armas além de Arturo Vidal e Alexis Sánchez. Marcelo Díaz, o jogador que mais correu neste Mundial, segundo estatísticas da Fifa, é mais uma peça importante do técnico Jorge Sampaoli.
Esse fato fez a imprensa chilena apelidá-lo de Forrest Gump, o famoso corredor do filme homônimo.
“Não me surpreende muito (essa estatística) porque minha principal virtude é correr muito em todas as partidas”, disse Díaz ao jornal chileno "El Gráfico".
(Foto: Martin Bernetti/AFP)
Costa Rica: “Não temos limites”
A seleção da América Central é um dos destaques da primeira fase da Copa. Sorteada no grupo da morte, com campeões mundiais como Inglaterra, Itália e Uruguai, a Costa Rica venceu o descrédito e terminou em primeiro lugar.
Agora, os costarriquenhos querem ir mais longe e ultrapassar o feito histórico de 1990, quando a seleção venceu Escócia e Suécia, mas caiu frente à Tchecoslováquia nas oitavas.
“Sempre ouvimos coisas fantásticas sobre aquela geração, mas, com todo respeito, podemos alcançar um feito maior. Queremos ir mais longe. Já mostramos que podemos jogar contra qualquer time de igual para igual”, disse o zagueiro Giancarlo González.
AUTOR: G1
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