O genro de Osama Bin Laden e ex-porta-voz da Al-Qaeda, Souleymane Abou Ghaith, foi condenado à prisão perpétua nesta terça-feira (23) em um tribunal de Nova York.
O ex-imã de 48 anos, proveniente do Kuwait e que defendeu os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos algumas horas depois do ocorrido, foi considerado culpado pelo júri, no dia 26 de março, de conspirar para matar americanos e de fornecer apoio material aos terroristas.
Antes de conhecer sua sentença no tribunal federal de Manhattan, Abu Ghaith declarou, em árabe, através de um intérprete, que se submetia apenas ao julgamento de Alá, citando em seguida trechos do Corão.
"Hoje, enquanto vocês algemam minhas mãos e têm a intenção de me enterrar vivo, estão libertando as mãos de centenas de muçulmanos que se unirão pelos homens livres", declarou.
O juiz Lewis Kaplan assinalou, antes de anuncia sua condenação, que Abu Ghaith jamais manifestou arrependimento pelos atentados de 11/9.
"O senhor continua ameaçando. O que fez requer pena máxima", afirmou Kaplan.
Suleiman Abu Ghaith é o dirigente máximo da Al-Qaeda que já foi julgado por um tribunal federal americano.
Em um vídeo divulgado em 12 de setembro de 2001, Abu Ghaith aparecia sentado junto ao falecido Osama bin Laden e o atual líder da Al-Qaeda, Ayman al Zawahiri, justificando os atentados e prometendo outros ataques.
Seus advogados pediram em vão uma pena máxima de 15 anos de prisão, argumentando que seu cliente havia passado 11 anos preso no Irã antes deixar o Afeganistão, em 2002.
AUTOR: AFP
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