Stênio Miranda (ao centro) prestou esclarecimentos aos vereadores de Ribeirão (Foto: Michel Montefeltro/G1)
Os médicos que atenderam a estudante Gabriela Zafra, de 16 anos, morta com suspeita de meningite após ser atendida por cinco vezes em três unidades de saúde de Ribeirão Preto (SP) foram afastados das funções. A confirmação é do secretário municipal da Saúde, Stênio Miranda, ao prestar esclarecimentos sobre a gestão e a estrutura da Saúde aos vereadores na noite de terça-feira (27). "É uma resposta à família e à população, e de cautela para os médicos."
Miranda disse suspeitar que a causa da morte de Gabriela foi meningococcemia, infecção generalizada provocada pela mesma bactéria que causa a meningite. A jovem sofreu uma parada cardíaca e morreu na madrugada do dia 16 de maio, dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de ser atendida em três unidades de saúde e ser diagnosticada com caxumba, torcicolo, intoxicação alimentar e virose.
"Eu já achava que não era meningite. Depois, a forma como evoluiu, como iludiu os profissionais. O diagnóstico de meningite não é difícil, existem protocolos para isso, ela se manifesta com dor de cabeça e vômitos", disse o secretário, sem assumir que houve falha ou negligência por parte da equipe médica. "O erro que nós podemos apontar é de que é preciso maior humanização no atendimento, é preciso mais solidariedade."
Investigação
A Polícia Civil, o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) investigam a morte de Gabriela. A Prefeitura também formou uma comissão técnica para apurar todas as condutas adotadas pelas equipes médicas que atenderam a adolescente. Miranda disse, no entanto, que não analisou os prontuários da vítima porque deseja que essa comissão tenha independência na investigação.
“Eu entendi que os documentos deveriam ficar a cargo da comissão técnica que eu nomeei para que eles pudessem trabalhar de forma imparcial e livre, sem que pairasse sobre ela qualquer suspeita de pressão da minha parte”, afirmou Miranda.
Os médicos que atenderam a estudante Gabriela Zafra, de 16 anos, morta com suspeita de meningite após ser atendida por cinco vezes em três unidades de saúde de Ribeirão Preto (SP) foram afastados das funções. A confirmação é do secretário municipal da Saúde, Stênio Miranda, ao prestar esclarecimentos sobre a gestão e a estrutura da Saúde aos vereadores na noite de terça-feira (27). "É uma resposta à família e à população, e de cautela para os médicos."
Miranda disse suspeitar que a causa da morte de Gabriela foi meningococcemia, infecção generalizada provocada pela mesma bactéria que causa a meningite. A jovem sofreu uma parada cardíaca e morreu na madrugada do dia 16 de maio, dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de ser atendida em três unidades de saúde e ser diagnosticada com caxumba, torcicolo, intoxicação alimentar e virose.
"Eu já achava que não era meningite. Depois, a forma como evoluiu, como iludiu os profissionais. O diagnóstico de meningite não é difícil, existem protocolos para isso, ela se manifesta com dor de cabeça e vômitos", disse o secretário, sem assumir que houve falha ou negligência por parte da equipe médica. "O erro que nós podemos apontar é de que é preciso maior humanização no atendimento, é preciso mais solidariedade."
Investigação
A Polícia Civil, o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) investigam a morte de Gabriela. A Prefeitura também formou uma comissão técnica para apurar todas as condutas adotadas pelas equipes médicas que atenderam a adolescente. Miranda disse, no entanto, que não analisou os prontuários da vítima porque deseja que essa comissão tenha independência na investigação.
“Eu entendi que os documentos deveriam ficar a cargo da comissão técnica que eu nomeei para que eles pudessem trabalhar de forma imparcial e livre, sem que pairasse sobre ela qualquer suspeita de pressão da minha parte”, afirmou Miranda.
Gabriela Zafra morreu após ser atendida cinco vezes em unidades de saúde de Ribeirão no mesmo dia
(Foto: Reprodução/Facebook)
O secretário disse ainda que somente após a conclusão dos estudos feitos pela comissão técnica, a pasta avaliará a possibilidade de instaurar uma sindicância sobre o caso. “Não procuramos culpados, não queremos nesse momento apontar culpados, queremos rever procedimentos, atitudes e comportamentos. Se isso [a apuração] mostrar um culpado, ele será responsabilizado."
Médicos insuficientes
Na última sexta-feira (23), após um protesto de amigos e familiares de Gabriela na porta do Palácio Rio Branco, a prefeita Dárcy Vera (PSD) assumiu ao irmão da jovem que houve falha por parte da equipe médica que atendeu a adolescente. Dárcy determinou que fosse realizada uma pesquisa para identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos gerentes das unidades e também avaliar o nível de satisfação dos pacientes.
A crise na Saúde se arrasta desde o final do ano passado. Em janeiro, funcionários da Unidade Básica de Saúde Waldemar Barnsley Pessoa, no bairro Parque Ribeirão, suspenderem os atendimentos, protestando contra a falta de segurança no local. Menos de um mês depois, todos os servidores da pasta entraram em greve, depois que a redução da jornada de trabalho de 36 horas para 30 horas semanais foi suspensa pela prefeita por 180 dias.
Questionado pelos vereadores por exatas duas horas e vinte minutos sobre a estrutura da pasta, o secretário assumiu que não há médicos suficientes para atender à demanda de pacientes, principalmente nos casos de urgência e emergência.
“Nosso contingente não é suficiente, nunca foi para cobertura integral de todas as escalas. Tanto não é [suficiente], que todos sempre ouviram que não há médicos, tal lugar está sem plantonista, e etc. Além disso, os médicos submetidos a um regime continuo e intenso buscam com frequência desligar-se desse tipo de serviço, ou pleiteando outras vagas, ou até mesmo se desligando. Há uma rotatividade muito grande."
AUTOR: G1/SP
(Foto: Reprodução/Facebook)
O secretário disse ainda que somente após a conclusão dos estudos feitos pela comissão técnica, a pasta avaliará a possibilidade de instaurar uma sindicância sobre o caso. “Não procuramos culpados, não queremos nesse momento apontar culpados, queremos rever procedimentos, atitudes e comportamentos. Se isso [a apuração] mostrar um culpado, ele será responsabilizado."
Médicos insuficientes
Na última sexta-feira (23), após um protesto de amigos e familiares de Gabriela na porta do Palácio Rio Branco, a prefeita Dárcy Vera (PSD) assumiu ao irmão da jovem que houve falha por parte da equipe médica que atendeu a adolescente. Dárcy determinou que fosse realizada uma pesquisa para identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos gerentes das unidades e também avaliar o nível de satisfação dos pacientes.
A crise na Saúde se arrasta desde o final do ano passado. Em janeiro, funcionários da Unidade Básica de Saúde Waldemar Barnsley Pessoa, no bairro Parque Ribeirão, suspenderem os atendimentos, protestando contra a falta de segurança no local. Menos de um mês depois, todos os servidores da pasta entraram em greve, depois que a redução da jornada de trabalho de 36 horas para 30 horas semanais foi suspensa pela prefeita por 180 dias.
Questionado pelos vereadores por exatas duas horas e vinte minutos sobre a estrutura da pasta, o secretário assumiu que não há médicos suficientes para atender à demanda de pacientes, principalmente nos casos de urgência e emergência.
“Nosso contingente não é suficiente, nunca foi para cobertura integral de todas as escalas. Tanto não é [suficiente], que todos sempre ouviram que não há médicos, tal lugar está sem plantonista, e etc. Além disso, os médicos submetidos a um regime continuo e intenso buscam com frequência desligar-se desse tipo de serviço, ou pleiteando outras vagas, ou até mesmo se desligando. Há uma rotatividade muito grande."
AUTOR: G1/SP
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