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segunda-feira, 26 de maio de 2014

A COPA DE TODOS E DE NINGUÉM

A pedagoga Helen Serpa e o sociólogo Caio Feitosa: à pergunta "Copa para quem?", cada um deles tem uma resposta diferente FOTO: EDIMAR SOARES

Entre “não vai ter Copa” e “vai ter, sim”, muita bola ainda vai rolar antes do apito inicial do torneio da Fifa. Sediar pela segunda vez o Mundial tem feito o brasileiro se contorcer em dilemas: torcer pela Seleção e não protestar? Não torcer e não protestar? Torcer e protestar? Nunca antes na história deste País futebol e política estiveram tão próximos - ora em lados, ora do mesmo lado. O Brasil se divide em estádios de verde e amarelo e ruas de insatisfação.

“Vai ter Copa, vai ter manifestação, vai ter turista - o que não vai ter é educação e segurança, mas isso a gente já esperava”, esbraveja Julia Ionele no Facebook. Assim como a estudante universitária, cada vez mais pessoas têm recorrido às redes sociais para se posicionar sobre o Mundial. Da Internet para as ruas, os questionamentos se espalham: a Copa já era? Vamos ser hexa? Copa pra quem?

Copa de todos
A pedagoga Helen Serpa está confiante. “O Brasil vai ser hexa, a Copa vai ser um sucesso e os estrangeiros, mesmo perdendo, vão sair daqui felizes”, garante. De Fuleco na mão, Helen planeja assistir aos seis jogos realizados na Arena Castelão. Em seu apartamento, a cearense receberá amigos brasileiros e estrangeiros.

Defendendo que a Copa é momento de torcer, Helen está entre os 24% de moradores de Fortaleza que se dizem “muito interessados” no evento. O número, divulgado na última quinta-feira, é um dado da pesquisa realizada pela empresa Ipsos Media CT. “Nós somos um povo bonito, lutador, sabemos o que queremos. Então, precisamos parar com esse complexo de vira-lata. Nós somos um povo poderoso”, argumenta.

Apesar da empolgação com o futebol, a pedagoga afirma que o “maior legado” da Copa é “o pensar sobre a própria realidade” que o evento provocou no País. “Acho que o brasileiro está insatisfeito com o atual momento político e socioeconômico e, assim, quer antecipar o dia 3 de outubro para o dia 12 de junho. Isso não pode acontecer. Futebol é um esporte popular que une povos”, defende.

Copa de ninguém
O sociólogo Caio Feitosa está determinado. “Ir para a rua durante a Copa do Mundo é recuperar a necessidade de jogar para a opinião pública problemas que são anteriores à Copa”, contra-ataca. Caio é membro do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza e integra o Comitê Popular da Copa. Essas questões, explica, dizem respeito aos problemas de moradia, violência e muitas outras “urgências humanas e sociais que nunca assumiram prioridade na agenda das políticas públicas”.

“Nós vemos um evento privado ganhar centralidade na agenda dos investimentos e de planejamento dos governos. Isso causa um sentimento de indignação profunda”, reclama.

Morador do Bom Jardim, Caio diz ser preciso “dimensionar o investimento muito grande de criminalização prévia sobre as pessoas que estão ocupando a rua”.

Aos 25 anos, Caio garante não ser “cegamente” contra o Mundial. Para ele, o “problema” real é ver a prioridade dos governos diante dos problemas nacionais. “Nós vamos para a rua. Será uma oportunidade exemplar de visibilizar as questões do povo brasileiro”, avisa.

30 bilhões de reais é o total investido na Copa do Mundo 2014. Valor superior ao dos três últimos Mundiais, que consumiram R$ 27 bi

47% É o percentual de fortalezenses que se dizem “interessados” e “muito interessados” na Copa do Mundo. A Capital ocupa o primeiro lugar no ranking

SAIBA MAIS

Turistas estrangeiros
Representando pouco mais de 30% dos torcedores nos estádios, os estrangeiros devem somar aproximadamente 20 mil turistas. Durante a Copa das Confederações, Fortaleza foi a segunda cidade-sede a receber mais turistas. A Capital recebeu 51.324 brasileiros e 6.603 estrangeiros, conforme estudo do Ministério do Turismo (MTur).

“Empréstimos” de bancos
Os bancos federais brasileiros financiaram um terço do valor das obras dos estádios no País, o que corresponde a R$ 8,7 milhões, que devem ser “devolvidos” com juros. Cabe ao Tribunal de Contas da União fiscalizar a devolução.

OS OLHARES SOBRE A COPA

EMOÇÃO NO ESTÁDIO

“O fato de vivenciar esse evento (Copa do Mundo) com tamanha proporção, tão de perto, me deixa bastante ansiosa. Acho que a emoção de assistir ao jogo no estádio acaba se tornando maior do que se eu fosse assistir pela TV. As manifestações podem ofuscar o evento se as pessoas, mais uma vez, confundirem protestos com vandalismo.”

CAMILA FORTE
Estudante universitária

ECONOMIA EFERVESCENTE
“O setor econômico vai efervescer. O evento vai trazer muito dinheiro para nossa economia, desde o cara que vende picolé às grandes empresas. O mais importante é que nós somos um país que tem muito a mostrar. Nós estamos inseridos no mercado internacional, que precisa que a gente se mostre e venda a imagem do País para o exterior.”

PEDRO CARLOS ÁLVARES
Produtor cultural

PREJUÍZOS NAS COMUNIDADES
“Nós estamos com mais de 22 comunidades atingidas pelo VLT, quase 20 mil famílias estão sendo tiradas do seu local de moradia e estão sendo colocadas para bem distante do seu local de morada. A Copa do Mundo está trazendo prejuízos para nós que vivemos no bairro há muitos anos e estamos
sendo obrigados a sair.”

RIBAMAR PEREIRA
Representante do Alto da Paz

BADERNA E FERIADOS
“Torço para que na Copa do Mundo corra tudo na paz, mas se ficar essa baderna, já não sei. No dia dos jogos, vamos ficar sem trabalhar muitos dias, mas as nossas contas vão continuar chegando. A gente não tem quem pague pela gente. Mas vou assistir aos jogos, sim, de casa, porque não vou mais a estádio.”

JOÃO EUDES GOMES
Comerciante

REPRESSÃO POLICIAL
”As pessoas chegam para manifestar com o discurso pacífico, mas com a repressão policial, acabam ficando revoltadas e céticas com qualquer tipo de diálogo com os governos. Está sendo criado um esquema de repressão muito grande e de perseguição mesmo, mas é o momento mais propício para manifestação.”

YARGO GURJÃO
Membro da Nigéria Comunicação

PROSTITUIÇÃO
“A Copa vai trazer coisas boas, mas muitas coisas ruins, como o aumento da prostituição. Tem muita gente que vem de fora para fazer mal a gente, os estrangeiros e também os turistas do Brasil que vêm em busca de turismo sexual principalmente próximos às praias.”

CLEÍLSON LIMA
Desempregado

AUTOR: O POVO

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