A mãe da jovem disse que precisa de notícias e que sabe apenas o que a mídia vem divulgando sobre o assunto. Ela contou que foi para a Itália para passear e acabou ficando no país. Ainda de acordo com ela, a filha Marília Rodrigues foi um ano depois para estudar e já estava há 14 anos no país. As duas ficaram na Itália de forma regularizada. “Ainda é cedo para falar qualquer coisa, pois ainda preciso entender o que aconteceu. Eu morava com ela na Itália e há três anos voltei para o Brasil. Eu deixei a minha filha viva lá”, desabafou.
Natalia Silva contou que as duas se falavam diariamente e acrescentou que a filha estava grávida e entrando no quinto mês de gestação. “Ela estava muito feliz e se dava bem no país. Além de linda, Marília Rodrigues era comunicativa, elegante e muito trabalhadora”, ressaltou.
A mãe também comentou que ainda não sabe como vai fazer para ir à Itália. “Estou muito mal. Convivemos juntas a vida toda e a dor que sinto é indescritível. Fui pega de surpresa com essa notícia e uma passagem para a Itália atualmente está em torno de R$ 8 mil. Não sei como vou fazer para ir, mas eu tenho que buscar minha filha de qualquer jeito. Quero muito isso”, frisou.
Natalia Silva foi quem contou para o ex-marido e o irmão dele, que é tio da vítima e promotor em Uberlândia, Fernando Martins, o que tinha acontecido. O casal é separado e nesta segunda-feira (2) os dois embarcaram para a Itália para acompanhar o processo. Para a produção do MGTV, o tio e promotor Fernando Martins disse que marcou uma audiência com o procurador geral da cidade e com o governador de Minas Gerais Antônio Anastasia, que deve interferir no caso para dar andamento às investigações.
Jovem tinha mudado de emprego recentemente
Marília Rodrigues era formada em Turismo e, segundo a mãe, passou a maior parte da vida trabalhando como aeromoça. Em janeiro deste ano ela trocou de emprego e atualmente trabalhava na Alpi Aviation do Brasil, uma empresa que atua na área de compra e venda de aeronoves e helicópteros. O G1 entrou em contato, por e-mail, com a empresa para ver se gostariam de posicionar sobre o assunto, mas até o momento não obteve retorno.
Contato com a família
Mesmo depois de Natalia da Silva afirmar que nenhum órgão da Itália entrou em contato com ela, o Consulado de Milão e a assessoria de comunicação do Itamaraty disseram ao G1 que estão à disposição da família da jovem. Eles informaram que estão dando apoio e tomando as providências burocráticas cabíveis e que já conversaram com o pai e com o tio da vítima. A polícia da Itália é responsável pelo caso.
Amiga quer justiça
Uma amiga da família, que preferiu não ter o nome revelado, conversou por telefone com o G1 nesta tarde e disse que a morte da mineira não pode ficar impune. A mulher tem 37 anos e vive na Itália há mais de 15 anos, local onde conheceu a mãe da jovem.
A mulher ficou sabendo da notícia pela imprensa. Segundo ela, o caso está sendo bastante repercutido no país e a maioria das informações apontam o crime como sendo homicídio. “Quando fiquei sabendo do fato não consegui nem dormir. Vou ajudar a mãe de Marília no que ela precisar. Ela tem que vir para a Itália. Queremos justiça”, afirmou.
A amiga contou que tenta dar apoio para Natalia Silva mesmo de longe e que já entrou em contato com o Consulado e com Itamaraty para acompanhar o caso.
Governador de Minas diz que se empenhará
O Governo de Minas, por meio da assessoria de imprensa, informou que está acompanhando o caso e fazendo a interlocução entre o Itamaraty e a família. Por meio de nota, o governador Antonio Anastasia disse que ficou muito sensibilizado com a morte da jovem e que se empenhará junto às autoridades italianas para uma rápida conclusão das investigações sobre a morte de Marília Rodrigues.
O governador designou a chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Governo do Estado, Chyara Sales Pereira, para coordenar a atuação do governo do Estado no caso. Nessa segunda-feira (2), Chyara Sales já colocou a família de Marília Rodrigues em contato com o Ministério das Relações Exteriores.
Entenda o caso
A uberlandense Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta na última sexta-feira (30) na cidade de Gambara, em Bréscia, na Itália. Ela apresentava ferimentos no corpo. A vítima era sobrinha do promotor do Ministério Público Estadual (MPE) de Uberlândia, Fernando Martins. Ele e o pai da jovem viajaram nesta segunda-feira (2) para acompanhar o caso de perto. Segundo o promotor ela estava grávida e tudo indica que se trata de homicídio.
Marília Rodrigues Silva Martins nasceu em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, mas em seguida a família se mudou para Uberlândia, onde morou por 15 anos e, em seguida, se mudou para a Itália.
AUTOR: G1/MG
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