Levantamentos feito pelo Diário do Nordeste, com base nas estatísticas da própria SSPDS, revelaram que em 17 bairros da Capital estão concentradas as maiores taxas de mortes violentas, fruto da ação de traficantes e suas quadrilhas armadas. São áreas já bastante conhecidas da Polícia e onde os indicadores sociais são baixíssimos, com poucos investimentos por parte da administração pública. Nestes bairros periféricos, o tráfico aumenta à medida em que a crianças, adolescente e jovens têm poucas oportunidades de trabalho, educação, cultura e lazer.
Os bairros que concentram os maiores índices de mortes violentas (homicídios) já frequentam essa estatística há anos, e, mesmo assim, a situação em cada um deles parece não mudar.
No Jangurussu, por exemplo, nada menos que 46 pessoas foram assassinadas neste ano, entre os meses de janeiro e agosto. Em seguida, aparece no ´ranking´ o Pici, com 40 homicídios. Depois, na sequência, estão: Barra do Ceará (37 assassinatos), Bom Jardim (também 37), Mondubim (36), Vila Velha (35), Vicente Pinzón (35), Passaré (34), Genibaú (33), Messejana (30), Alagadiço Novo (28), Jardim Iracema (24), Planalto Ayrton Senna (21), Barroso (20), Siqueira (20) e o Pirambu (17 crimes de morte).
Em comunidades carentes e populosas, como o Grande Jangurussu, que abrange vários bairros e conjuntos residenciais como o Palmeiras, São Cristóvão e Almirante Tamandaré, a Polícia Militar tem enfrentado o avanço da criminalidade, com bandidos cada vez mais ousados e bem armados. Chama a atenção das autoridades o arsenal que os criminosos vêm conseguindo obter para seus grupos que atuam como braço armado do tráfico.
Quadrilha
Há duas semanas, por exemplo, uma operação de policiais militares do 16º Batalhão (Messejana), capturou uma quadrilha de bandidos que tinha em seu poder uma metralhadora de calibre 9 milímetros, de uso privativo das Forças Armadas.
Segundo o comandante daquela unidade operacional, major Wilson Melo, a quadrilha usava armas de grosso calibre para praticar crimes de morte por conta da disputa de território do tráfico. Entre os bandidos presos, o homem apontado como sendo o chefe do grupo, identificado como Anaílton Vieira da Silva, o ´Cunhado´.
Com as mudanças implementadas nas últimas semanas, tanto na Polícia Civil como na PM, o novo titular da SSPDS tentar estabelecer uma nova dinâmica no combate ao crime.
Em entrevista ao Diário do Nordeste, na semana passada, Servilho Paiva informou que nas áreas que concentram os maiores números de crimes violentos haverá um trabalho de investigação conjunta entre as duas corporações, com oficiais e delegados responsáveis pelo enfrentamento à situação. Ainda segundo ele, essas ações serão feitas de forma integrada com a Inteligência.
População sofre diante da violência
Em reportagem publicada recentemente, o Diário do Nordeste contou o drama vivido pelos moradores do bairro Alagadiço Novo, que fica na Grande Messejana. Ali, está instalado o Conjunto São Miguel e, dentro dele, existem duas comunidades, a do Coqueirinho e a da Mangueira.
Por conta da disputa pelo domínio no comércio de drogas, gangues das duas comunidades se tornaram rivais ao longo dos últimos anos. O resultado dessa intriga tem sido um rastro de mortes violentas. De janeiro até setembro, nada menos que 28 pessoas foram assassinadas ali.
Nos últimos cinco anos, cerca de 130 pessoas tombaram sem vida nesta ´guerra´ entre as duas facções criminosas. Entre as vítimas estavam bandidos ligados diretamente com o tráfico de drogas e com assassinatos. Mas, há também nessa lista pessoas de bem, mulheres homens, adolescentes e até crianças que morreram inocentes, atingidas pelas chamadas ´balas perdidas´.
Há duas semanas, por exemplo, uma operação de policiais militares do 16º Batalhão (Messejana), capturou uma quadrilha de bandidos que tinha em seu poder uma metralhadora de calibre 9 milímetros, de uso privativo das Forças Armadas.
Segundo o comandante daquela unidade operacional, major Wilson Melo, a quadrilha usava armas de grosso calibre para praticar crimes de morte por conta da disputa de território do tráfico. Entre os bandidos presos, o homem apontado como sendo o chefe do grupo, identificado como Anaílton Vieira da Silva, o ´Cunhado´.
Com as mudanças implementadas nas últimas semanas, tanto na Polícia Civil como na PM, o novo titular da SSPDS tentar estabelecer uma nova dinâmica no combate ao crime.
Em entrevista ao Diário do Nordeste, na semana passada, Servilho Paiva informou que nas áreas que concentram os maiores números de crimes violentos haverá um trabalho de investigação conjunta entre as duas corporações, com oficiais e delegados responsáveis pelo enfrentamento à situação. Ainda segundo ele, essas ações serão feitas de forma integrada com a Inteligência.
População sofre diante da violência
Em reportagem publicada recentemente, o Diário do Nordeste contou o drama vivido pelos moradores do bairro Alagadiço Novo, que fica na Grande Messejana. Ali, está instalado o Conjunto São Miguel e, dentro dele, existem duas comunidades, a do Coqueirinho e a da Mangueira.
Por conta da disputa pelo domínio no comércio de drogas, gangues das duas comunidades se tornaram rivais ao longo dos últimos anos. O resultado dessa intriga tem sido um rastro de mortes violentas. De janeiro até setembro, nada menos que 28 pessoas foram assassinadas ali.
Nos últimos cinco anos, cerca de 130 pessoas tombaram sem vida nesta ´guerra´ entre as duas facções criminosas. Entre as vítimas estavam bandidos ligados diretamente com o tráfico de drogas e com assassinatos. Mas, há também nessa lista pessoas de bem, mulheres homens, adolescentes e até crianças que morreram inocentes, atingidas pelas chamadas ´balas perdidas´.
Medo
Os constantes tiroteios naquela comunidade vêm afetando diretamente a comunidade e, em especial, crianças e jovens alunos das escolas públicas do bairro. Não é comum o dia em que as aulas são suspensas por conta da ameaça de invasão de traficantes armados.
Em situações mais graves, tiroteios entre bandidos, ou entre a Polícia e os delinquentes, acontecem próximos das escolas e, muitas vezes, na porta destas.
Conforme a Polícia, os grupos armados também atuam em outras modalidades delituosas. É o caso de assaltos contra pontos comerciais e residências nos bairros próximos dali.
Na manhã de quinta-feira passada, policiais do Ronda do Quarteirão trocaram tiros com outra parte da quadrilha baseada na comunidade do Coqueirinho, no Conjunto São Miguel.
O resultado do embate foi a prisão de cinco bandidos, sendo três deles adolescentes. Um dos garotos, conforme a Polícia, era quem comandava a quadrilha. Mesmo tendo apenas 17 anos, ele passou a ser temido pelos moradores do Conjunto São Miguel por ter praticado vários assassinatos. As ameaças aos rivais acontecem mesmo quando os bandidos são capturados.
Em outras áreas da Capital, como os bairros Barra do Ceará, Genibaú, Planalto Ayrton Senna e o Vicente Pinzón, a situação de insegurança se repete. Bandos armados tentam manter o controle absoluto na venda de drogas e os crimes de morte aconteceu diante dessa decisão.
Transformados
Nas estatísticas da Segurança Pública, bairro que até então eram considerados de baixa criminalidade, de repente, sofrem transformação e passam a figurar no ranking dos mais violentos.
Um exemplo disso são os bairros da Bela Vista, Pici e o Passaré, que, nos últimos meses, passaram a enfrentar também uma onda de execuções sumárias.
Jovens são ´alvos´ mais visados pelos traficantes
Jovens e adolescentes são as principais vítimas da onda de criminalidade desenfreada que assola os bairros periféricos de Fortaleza e sua região metropolitana. Também são eles os ´alvos´ preferenciais dos traficantes de drogas para atuarem como ´mulas´ ou ´aviões no comércio dos entorpecentes.
Por conta desse perigoso envolvimento - na maioria das vezes sem ´volta´ - os garotos estão sempre presentes na lista dos mortos nos fins de semana, principalmente. Conforme levantamento feito pela Editoria de Polícia, de janeiro até ontem, nada menos que 224 adolescentes foram assassinados na Grande Fortaleza. A maioria esmagadora foi executada de forma cruel, atingida com tiros. Muitos tiveram, ainda, os corpos ocultados pelos assassinos ou seus comparsas do tráfico.
Armas
Também impressiona a Polícia a quantidade de armas que os quadrilheiros de periferia conseguem obter para a prática de seus crimes de morte ou assaltos. Do começo do mês até ontem, foi confiscado pela Polícia, nas ruas da Capital, um total de 214 armas de fogo. No mês anterior, foram 226, e em julho, 263.
Com tantas armas de fogo tiradas de circulação pela Polícia das mãos de assaltantes e homicidas na Grande Fortaleza, os delinquentes passaram a atacar vigilantes e seguranças para roubar seus revólveres, pistolas e armas longas, além de munições e coletes á prova de balas.
AUTOR: DN
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