Pelo menos 13 bairros de São Francisco do Sul foram afetados com a fumaça tóxica liberada com incêndio no armazém de fertilizantes na cidade. A informação foi confirmada por Luiz Fernando Battisti, secretário de Comunicação da Prefeitura do Norte do Estado. Segundo ele, pelo menos 20% da população de 47,5 mil habitantes deixou a cidade após o início do incêndio, na noite de terça-feira (24).
Nesta quinta (26), de acordo com o soldado Felipe Rosa, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, os moradores do Centro, do Bairro Rocio Grande e Morro Grande foram orientados para que deixassem as residências. Os hotéis, o hospital e estabelecimentos do Centro e até mesmo os abrigos foram evacuados. Por volta das 23h desta quinta (26), ônibus levaram os cerca de 300 desabrigados para outro abrigo, na cidade de Araquari.
Conforme Battisti, ainda na quarta (26), os Bairros Paulas, Ortinho, Reta, Iperoba, Sandra Regina, Itaguaçu, Forte, Capri, Rocio Pequeno e parte do Bairro Ubatuba. Além disso, pelo menos 160 pessoas procuraram atendimento no hospital da cidade com sintomas de intoxicação pela fumaça. "Nenhuma dessas pessoas ficou internada", disse o secretário.
Um bombeiro voluntário que inalou fumaça tóxica está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Joinville. Às 22h15 desta quinta (26), a UTI do hospital informou que David Marcelino, de 59 anos, continua em estado grave.
Até a tarde desta quinta-feira (26), 300 pessoas estavam em abrigos e cerca de 10 mil deixaram suas casas, segundo Battisti. Em coletiva na tarde desta quinta (26), o prefeito da cidade, Luis Roberto de Oliveira, estimou que pelo menos 20% da população, de 47,5 mil habitantes, saiu da cidade por causa da fumaça.
Conforme o soldado Rosa, mais de 200 mil litros de água já foram utilizados e a operação começou a fazer efeito. "A fumaça está menos densa e se dissipa mais facilmente neste momento", disse. Especialistas em fertilizantes auxiliam equipes que atuam na ocorrência nesta quinta-feira.
O incêndio começou em São Francisco do Sul na noite da última terça-feira (24), por volta das 23h. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, decretou situação de emergência na cidade na tarde desta quarta-feira (25).
Em coletiva na manhã desta quinta-feira (26), o prefeito Luiz Roberto de Oliveira afirmou que a empresa responsável pelo armazém onde ocorre a reação química que ocasiona a fumaça tóxica possui alvará de funcionamento. Conforme o prefeito, todos os documentos estão em dia e o produto armazenado no local é legalizado.
De acordo com o comandante-geral dos bombeiros, Marcos Oliveira, a máquina é operada por um oficial de segurança e dá oportunidade de visualisar dentro da edificação os pontos com maior temperatura. "Essa ferramenta nos auxilia muito, pois consigo direcionar o jato de água para o local que precisa ser esfriado", relatou Oliveira. Ainda segundo ele, o método já trouxe resultado, pois a fumaça e os gases quentes estão subindo verticalmente e a água está indo para o ponto onde deve ser conduzida. "A fumaça agora passou da cor laranja, que é mais preocupante, para a cor branca acinzetada, que dá um sinal positivo de que a operação está sendo conduzida adequadamente", complementou o comandante.
AUTOR: G1/SC
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