A Polícia Militar deteve na tarde deste domingo (25) o suspeito de ser o responsável pela sofisticada estrutura de plantio de maconha encontrada em uma chácara de Campinas (SP) durante a manhã. No local, além de estufas climatizadas e pelo menos vinte variedades da erva, a PM encontrou uma carta escrita pelo dono da droga: “Nunca fiz mal a ninguém, mas pela proibição, posso ser mais um refém na mão de um promotor.”.
De acordo com o tenente Diego Almeida, a PM chegou aos suspeitos a partir de documentos encontrados dentro da chácara. Outras duas pessoas foram detidas porque estavam junto com o rapaz, com quem foram encontrados mais uma porção de droga e aproximadamente R$ 6,6 mil em dinheiro.
Os policiais chegaram por meio de denúncia anônima à chácara, que fica dentro do condomínio Clube dos Médicos no bairro Notre Dame, área nobre da cidade. Na propriedade, havia duas estufas climatizadas escondidas dentro de cômodos da casa, além de uma estufa convencional do lado de fora da residência e uma segunda área aberta, do tamanho de uma psicina, onde havia outras centenas de pés de maconha. No interior do imóvel, também havia um espaço reservado para secar, prensar e embalar a droga.
O suspeito detido teria admitido à PM ser o dono da plantação e relatou que começou a cultivar para o consumo próprio e, em seguida, começou a venda para amigos. De acordo com o tenente Almeida, as drogas apreendidas na chácara seriam a primeira safra do suspeito.
Carta
O bilhete escrito à mão foi encontrado pelos policiais junto de uma agenda com anotações sobre o controle de plantio de adubação da erva. Em um dos trechos legíveis do papel, o autor critica a lei que proíbe o uso de maconha e dá entender que a carta foi escrita para o caso de ele ser preso. “Se for me por atrás da grade, eu vou me aliar a quem? Ao sistema falido, a qualquer partido político de crime... Qualquer um é tudo igual. Eles só querem o bem de quem está a seu lado”, escreveu.
Ele também critica a legislação que afirma não punir ninguém. “E é por isso que continuo cultivando a linha Zen, sem me importar com essas leis que não pune (sic) ninguém”, encerra. O suspeito e os outros dois rapazes que estavam com ele foram encaminhados ao 1º DP e até a publicação desta matéria não havia definição se eles seriam levados para a cadeia.
Estrutura
As estufas do interior da casa ficavam em dois cômodos que tinham a entrada fechada por tapumes. Cada vaso tinha uma etiqueta com o nome da variação da espécie. A estufa onde eram acondicionadas as plantas, além de ser climatizada, recebia iluminação artificial.
No local, também foram encontradas uma máquina fotográfica com fotos de detalhas de cada pé nos diferentes estágios de desenvolvimento e uma caderneta com anotações de controle do plantio e adubação do viveiro. A Polícia também achou sementes embaladas em plástico com a identificação do nome científico da espécie.
AUTOR: G1/SP
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