Juazeiro do Norte Uma farta quantidade de materiais de limpeza, computadores, gravações e documentos foi apreendidos na manhã de ontem, na Câmara Municipal deste Município, em prédios anexos do Legislativo, e nas casas dos presidente da Câmara, Antônio Alves de Almeida (PSC), o ´Antônio Lunga´; e do tesoureiro, ´Ronnas Motos´, durante a operação "A Faxina", da Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar.
A surpresa maior dos policiais foi a grande quantidade de papel higiênico encontrada num dos anexos da Câmara e os documentos comprometedores. A Policia chegou a arrombar as portas do prédio do Poder Legislativo para entrar no local.
A denúncia para o início das investigações partiu do vereador Danty Benedito (PMN), que protocolou documentação na última quinta-feira, relatando um suposto esquema de formação de quadrilha, emissão de notas fiscais ´frias´ e a constituição de empresas ´fantasmas´.
Sabão e vassouras
Além disso, o vereador destacou a quantidade exagerada de compras de materiais de limpeza, que inclui 4.200 vassouras e mais de 2,5 toneladas de sabão. A denúncia também foi efetivada junto ao Ministério Público Estadual (MPE).
A Rua do Cruzeiro, de frente à Câmara Municipal, foi interditada, e tomada por vários veículos da Policia Militar. Os delegados que comandaram a operação, José Tenório de Brito, Marcos Antônio dos Santos, Vitor Timbó e Levi Leal, fizeram a apreensão de documentos na sala do presidente da Câmara Municipal e na casa dele, na Rua Frei Damião, no bairro Santa Tereza, último mandado cumprido, após a devassa na casa do tesoureiro, ´Ronnas Motos´, no fim da manhã.
O delegado Tenório Brito afirma que ficou surpreso, ao chegar na casa de ´Antônio de Lunga´, com a grande quantidade de documentos apreendidos. Mas destacou que, naquele momento, mesmo surpreso com o que tinha encontrado em todos os locais, não haveria prisões, e sim levantamentos a respeito das compras efetuadas pelo Legislativo. Conforme o delegado, ´Lunga´ se mostrou tranquilo no momento das apreensões.
Para o delegado, não há necessidade aparente de compra de tanto material. Ele, inclusive, disse que as milhares de vassouras de palha não são usadas pela câmara. No anexo da Rua São Pedro, foi encontrada uma quantidade de material com data de validade vencida, a exemplo de vários litros de água sanitária.
Lacrado
O depósito alugado, o primeiro local das denúncias, onde estava outra grande quantidade de material, na Rua Maroli Gomes, 53, no Parque Antônio Vieira, também foi lacrado e a mercadoria do local apreendida. Haverá investigações em relação à locação do espaço. Mas, a principal remessa de documentos foi retirada do anexo da Câmara, na Rua Padre Cícero, onde estava instalada a sala do presidente da Câmara, o setor de Contabilidade, Licitações e contratos.
No local, havia relações de produtos além do normal, segundo os delegados, à exemplo de 120 caixas de óleo de peroba, em anotações de fevereiro deste ano, o que corresponde a 280 litros do produto. Além disso, 15 mil copinhos para café, R$ 10 mil de açúcar, 200 cestos de lixo, 200 dúzias de pastilhas sanitárias, 45 dúzias de rodos, 200 caixas de sabão em barra, 80 caixas de desinfetantes, dentre outros produtos. O Ministério Público está realizando avaliação dos documentos apreendidos, e segundo a promotora Alessandra Monteiro, a grande quantidade de compras pode justificar até caso de improbidade administrativa.
Nas denúncias iniciais do vereador estão inseridos, entre outros montantes 1,2 toneladas de açúcar, 312 unidades de óleo de peroba, 2.500 caixas de fósforo, 33.600 lãs de aço e 215 mil copos descartáveis de café.
AUTOR: DN
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