Segundo a Divisão de Homicídios (DH), não há sinais de arrombamento na casa, e Manuela já havia feito registros de ocorrência devido a ameaças sofridas pelo ex-padrastro, um advogado que não teve o nome divulgado pela polícia, e que tinha brigas familiares com a jovem. O ex-padrasto é esperado para depor nesta quarta-feira (28)
Segundo o delegado responsável pelo caso, Wellington Vieira, o autor dos disparos, feitos a curta distância, tinha relação com as vítimas. "Existe briga familiar que está sendo apurada, checada, é cedo para dizer nomes, mas o ex-padrasto está sendo esperado para amanhã. As desavenças não foram esmiuçadas. Existem registro de ocorrências, vamos verificar no que consistiam estas brigas. Até onde apuramos, as brigas não têm a ver com o negócio do Beto", explicou o delegado, que não descarta a hipótese de latrocínio, as reforçou que a jovem era ameaçada. "A Manuela estava recebendo ligações de ameaça. Ela dizia que recebia estas chamadas. Vamos identificar o chamados. Os telefones celulares foram levados da cena do crime."
Beto encontrou o corpo
Beto Neves foi quem encontrou o corpo dos três. Ele ligou para a mãe e para a sobrinha e ninguém atendeu. O estilista desconfiou e foi até a casa por volta das 11h. Manuela e Rafany trabalhavam com ele na loja dele em São Cristóvão, no Rio. Em seguida, ele postou no Facebook: “Acabei de perder minha mãe e sobrinha. Assassinato. O que fazer meu Deus”.
"A minha sobrinha tinha 22 anos, era a minha herdeira, praticamente a minha filha, a minha sócia. Todo o meu projeto de futuro para eu poder parar de trabalhar. E a minha mãe, entendeu? Não caiu a ficha ainda", disse Beto Neves.
A próxima etapa da polícia é identificar possíveis impressões digitais deixadas no local. Os policiais estão buscando imagens de câmeras de segurança da região. Testemunhas serão ouvidas na delegacia ainda nesta terça-feira (27). Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). De acordo com policiais do 7º BPM (Alcântara), o crime aconteceu por volta de 13h.
'Não temos noção do que aconteceu', diz amigo
"Ela me chamava de meu marido. Eu conhecia a família desde pequeno, já passei réveillon aqui nesta casa. Não temos noção do que aconteceu", Claudio Carvalho, estilista, amigo da família.
Os vizinhos estão chocados com o que aconteceu. Adriana Pereira é cabeleireira e mora na casa ao lado de onde ocorreu o crime. Ela disse que os cachorros nem latiram nesta manhã. "Acho que se fosse uma pessoa estranha ou alguém que tivesse pulado o muro, os cachorros teriam latido", disse.
Anália de Souza Cherque, funcionária pública, também é vizinha, e disse que as vítimas "eram pessoas de bem". "Não fazemos ideia do que possa ter sido. O nosso bairro está muito violento. Os bandidos do Rio estão vindo pra cá. Hoje mesmo ouvi tiros aqui. Todos os moradores ficam preocupados. Como aconteceu com o vizinho, pode acontecer com outra pessoa. A gente espera que com isso acontecendo, a polícia passe aqui com mais frequência", disse.
AUTOR: G1/RJ
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