Klebsom, pai de Arthur, na entrada da emergência do Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, onde está internada a mulher Claudineia. (Foto: Márcio Alves e Arquivo Pessoal)
Klebsom Cosme da Silva, de 27 anos, pai do bebê que foi atingido por estilhaços dentro da barriga da mãe, na tarde de sexta, em Caxias, afirmou estar mais preocupado com a saúde do filho e da esposa do que com os culpados pelo acontecido. O casal mora há um ano e meio na Favela do Lixão. O nome do bebê é Arthur e a previsão era de que ele nascesse no dia 13 de julho, de parto normal.
— Morando em comunidade, a gente sabe como é. Mas prefiro não falar muito sobre isso. Não quero saber quem atirou, só quero que a minha mulher e o meu filho fiquem bem. É uma preocupação dupla, mas tenho fé que eles vão ficar bem — torce o conferente de um frigorífico, que garantiu nunca ter sido vítíma de violência até então.
Depois de ser atingida por estilhaços de bala, Claudineia foi levada por moradores da Favela do Lixão para o Hospital Municipal Dr. Moacir Rodrigues do Carmo. Após o parto, Arthur foi transferido para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, onde está internado na UTI Neonatal em estado gravíssimo. Abalado emocionalmente, o pai do recém-nascido disse estar se revezando entre os dois hospitais, em que estão a esposa e o filho.
— Queria que o meu filho estivesse no mesmo hospital que a mãe. Estou indo e voltando dos hospitais, tendo que levar documentos de um para o outro, é uma grande burocracia. Não quero ficar muito tempo sem ver o meu bebê — lamentou.
Segundo Klebsom, o casal foi fazer compras no mercado localizado na entrada da comunidade. Na volta para casa, ele levou as sacolas de moto e Claudineia retornava para a residência deles, dentro da comunidade, a pé. De acordo com o pai do bebê, depois de atravessar o sinal, a grávida foi atingida e ligou para ele fizendo que havia sido baleada, mas que estava tudo bem com o bebê. Ao chegar no hospital, Klebsom ficou sabendo o estado de saúde do filho.
— Queria que fosse tudo normal — disse Klebsom, em relação ao nascimento do filho.
Claudineia, que é tesoureira em um supermercado na Zona Sul do Rio, estava de licença-maternidade há uma semana e se preparava para a chegada de Arthur. O menino já tinha várias roupinhas e o seu carrinho, que foi comprado no dia em que Claudineia foi baleada.
Polícia Civil realiza diligências para encontrar imagens de câmeras de segurança
A 59ª DP (Duque de Caxias) instaurou um procedimento para apurar as lesões corporais sofridas pela grávida. Os agentes da Unidade estão procurando possíveis testemunhas e imagens de câmeras de segurança que possam ajudar na apuração dos fatos e outras demais diligências.
De acordo com o relatos dos PMs do 15º BPM (Duque de Caxias), no momento em que a mulher foi atingida, havia uma operação na favela. Os agentes contam que estavam numa viatura na Rua Frei Fidélis, um dos acessos à Favela do Lixão, quando “traficantes dispararam em direção aos militares”. Segundo os policiais, em consequência desses disparos, Claudineia foi atingida, por estilhaços, na coxa esquerda. Os policiais afirmaram não ter reagido ao ataque. O bebê, que nasceu após a mulher ter sido levada ao Hospital Municipal Dr. Moacir Rodrigues do Carmo, também foi baleado no ombro e na orelha.
AUTOR: Extra Online
LEITORES DO TIANGUÁ AGORA!
CUIDEM-SE!
CURTA O TIANGUÁ AGORA NO FACEBOOK!
RESGATE TIANGUÁ
TIANGUÁ AGORA - ÚLTIMAS NOTÍCIAS!!!
MERCEARIA MAIA, O LUGAR CERTO PARA VOCÊ COMPRAR!
JC ESTÚDIO TUDO EM MÍDIAS PARA VOCÊ
CURTA O TIANGUÁ AGORA NO FACEBOOK!
CURTA A MAIS NOVA PÁGINA DESTE BLOG, NO FACEBOOK!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU