Uma operação conjunta da Delegacia Regional de Quixadá (DRQ), do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIP) e do Comando Tático Rural (Cotar) resultou em quatro pessoas presas, armas de grosso calibre e drogas apreendidas. A ação desencadeada, na manhã de ontem, em Quixadá (a 158 Km de Fortaleza), foi autorizada por um mandado de busca e apreensão para 13 casas, situadas no bairro Campo Novo, expedido pelo juiz da 3ª Vara da Comarca de Quixadá, Fabiano Damasceno Maia.
De acordo com o delegado Alexandre Ferraz, titular da DRQ, as investigações começaram depois de denúncias anônimas sobre a prática de tráfico de drogas naquele bairro. "Os inspetores investigaram as denúncias dos informantes e realmente flagraram as atividades ilegais. Fizemos campanas e conseguimos, inclusive, fotografar as negociações das drogas. Em posse de todas as provas, nós as enviamos à Justiça e conseguimos este mandado de busca e apreensão, contra as casas dos principais alvos. Aguardamos o melhor momento e partimos para o cumprimento, na hora em que achamos que seria apropriada para as apreensões", afirmou.
Todas as pessoas que foram encontradas em posse de material ilícito nas residências revistadas foram presas. São elas, Márcio José Soares de Lima, o 'Nem'; Hardison da Silva Sousa, o 'Hardim'; Natanael Aprígio Brito; e Anderson da Silva Chagas, o 'Haroldo'. Um adolescente foi apreendido para averiguação. Segundo Alexandre Ferraz, os quatro detidos eram pessoas que realmente movimentavam o tráfico na área. "Mesmo sendo vizinhos e tendo uma pessoa, que eventualmente, levava drogas de um até outro, eles não faziam parte de uma quadrilha, nem agiam juntos. Eram criminosos independentes", disse Ferraz.
Apreensão
Em uma casa, na Rua Dalva Holanda, onde Natanael Brito estava, foi apreendido um fuzil, modelo Mosquefal, calibre 7.62, com uma caixa completa de munição, do mesmo calibre; na Rua da Lavanderia foi encontrada uma espingarda artesanal, calibre 12; e na Rua Peri Barroca foi achado um revólver 38, R$ 2.003 em espécie e uma motocicleta Honda, modelo Titan, sem nenhum documento.
Além disto, a Polícia apreendeu, ainda, seis celulares, relógios e pulseiras, que teriam sido dados com o pagamento pelas drogas, pelos usuários. "Por tudo o que foi achado e pelo que já havíamos visto nas investigações, a principal atividade dos presos era o tráfico. Até onde sabemos, eles não têm relação com outros tipos de crimes, como homicídios ou roubos", declarou o delegado regional.
Conforme informações da assessoria de comunicação da Secretaria da Segurança Pública, foram apreendidos também, máquinas para misturar outras substâncias à cocaína pura e aumentar seu volume, ação que é conhecida no mundo do crime, como "desdobrar drogas"; e um moinho utilizado para moer maconha prensada.
Fuzil
O delegado Alexandre Ferraz informou que há algum tempo a Polícia estava a procura do fuzil, que foi apreendido. Segundo ele, a arma de grosso calibre já estava sendo monitorada pelo DIP, que deu conta de seu transporte para a cidade de Quixadá.
"Uma informação chegou ao Cotar dando conta de que dois fuzis estavam sendo usados por criminosos, no Município de Pedra Branca. Os policiais foram até lá, mas só encontraram um. Depois disto, o DIP recebeu a informação de que o outro tinha sido levado para Quixadá. Possivelmente, esta arma apreendida é a mesma que estava sendo procurada. A partir de agora, vamos investigar como o transporte foi feito e quem foi o responsável por trazer e por receber este fuzil aqui", disse Ferraz.
O delegado salientou que existe um traficante da Cidade, que não foi preso nesta operação, mas que está sendo investigado. "Sabemos das atividades dele, mas não conseguimos provar nada, ainda. Recebemos informações que poderão ajudar na prisão dele, posteriormente", disse.
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