A captura desses criminosos tem efeito contundente nas estatísticas dos assassinatos em Fortaleza. Fora das ruas, eles deixam de ter contato direto com suas quadrilhas, a chance de ordenar fuzilamentos diminui e, consequentemente, as mortes violentas caem nos registros da Polícia.
Bairros
Durante oito meses, a Reportagem acompanhou o trabalho da Inteligência em investigações que resultaram na prisão dos principais ´cabeças´ de quadrilhas que comandavam o tráfico em diversos bairros de Fortaleza, como a Barra do Ceará, o Lagamar, Bom Jardim, Messejana e Jardim Iracema.
Nesses bairros citados, os índices de assassinatos começaram a cair depois que os principais traficantes foram presos. Resta agora à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) produzir inquéritos que apontem os crimes praticados por cada uma das quadrilhas e seus líderes.
Um desses ´chefões´ do tráfico tinha uma vida luxuosa, graças ao dinheiro que arrecadou às custas do consumo e dependência do crack por dezenas de jovens usuários de entorpecentes. Renan Pereira Rodrigues assumiu o controle da venda de drogas nos bairros Lagamar, Conjunto Tancredo Neves e Luciano Cavalcante depois de eliminar um dos seus principais ´concorrentes´, o também traficante de drogas conhecido por ´Tostão´, executado com tiros de fuzil em plena BR-116, no Município de Russas (160Km de Fortaleza), no ano passado, segundo a Polícia.
Renan foi preso numa ação da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da SSPDS quando festejava o aniversário da mãe com um churrasco à beira da piscina em uma luxuosa casa de veraneio na Prainha, em Aquiraz. Na garagem, havia carros e motocicletas importadas. A Polícia descobriu que ele andava com escolta arma e em automóvel blindado.
Outros traficantes apontados como mandantes de várias execuções foram capturados em ações da PM, como Marcos Antônio Lopes Peixoto, o ´China´, que, segundo as autoridades, ordenou e praticou diversos homicídios, nos últimos meses, por conta de uma disputa de traficantes dos bairros Jacarecanga e Monte Castelo. Em Messejana, Lagamar, Jardim Iracema e no Bom Jardim foram presos, respectivamente, os matadores, Igor Mendes de Oliveira, o ´Igor da Paupina´; José Vangleison Batista dos Santos, o ´Gleicinho do Lagamar´; Francisco Edval da Silva Monteiro, o ´Careca´; e Wagner Nascimento de Assis, todos tidos como responsáveis por um ´rosário´ de mortes ligadas ao tráfico.
Grupo de extermínio atuava na Barra
Um grupo de extermínio se formou na Barra do Ceará com o objetivo de dominar o tráfico de drogas naquele setor da Capital. Bandidos considerados de alta periculosidade ocuparam um terreno invadido por sem-teto, que ficou conhecido como ´Gueto´. A partir daí, o rastro de sangue passou a fazer parte do cenário do bairro.
Uma sequência de assassinatos cruéis e misteriosos levou a Polícia a investigar o caso, descobrindo um verdadeiro grupo de extermínio que atuava a serviço de traficantes de drogas na Barra do Ceará e na comunidade Goiabeiras FOTO: KIKO SILVA
Segundo as autoridades, o bandido que chefiava a quadrilha chama-se Márcio Gledson Dias da Silva, que passou a ser conhecido como o ´Márcio do Gueto´. Depois de diversas fugas, ele, finalmente, foi preso pela Polícia no fim de junho último. No momento da abordagem, ele ainda tentou subornar os policiais militares que o detiveram, mas não obteve êxito.
Bando
Conforme as investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ´Márcio do Gueto´ e seus comparsas praticaram um ´rosário´ de assassinatos para manter o comando do tráfico. Policiais militares, donas de casa, trabalhadores e também marginais foram executados por diversos motivos, seja por dívidas contraídas na compra de crack e cocaína, seja por ´queima-de arquivo´. Muitas vítimas foram abatidas de forma cruel, com muitos tiros, e sem chances de defesa.
Além de ´Márcio do Gueto, a DHPP identificou como integrante do bando os seguintes suspeitos, Maycon da Silva Nascimento, o ´Maicozinho´; José Flávio Rodrigues Pereira, o ´Gago da Barra´; Leandro Dutra da Cunha, o ´Playboy do Gueto´; além de Francisco Brito, que acabou sendo morto dentro do presídio. Com a desarticulação do bando, o número de assassinatos na Barra do Ceará e nas Goiabeiras caiu. Contudo, há suspeitas de que, mesmo preso, ´Márcio´ continue a chefiar seu bando.
Fugitivo carioca agia no CE
Com a ocupação das favelas cariocas pelas Forças Armadas e a fixação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas comunidades do Rio dominadas pelo tráfico, dezenas de chefes de quadrilhas migraram para outros Estados. Um deles, veio parar em Fortaleza, onde se instalou no Passaré e passou a comandar fuzilamentos de bandidos rivais.
Esta é a conclusão a que chegou a equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ao investigar uma sequência de crimes de morte naquele bairro.
E o mandante dos fuzilamentos seria o carioca Renato Alves Pereira, oriundo de São João do Meriti, na Baixada Fluminense, que aqui teria se aliado ao cearense Alexandre Silveira dos Santos e, juntos, passaram a matar os traficantes locais para poder assumir o controle da venda de drogas na área do Grande Castelão, que inclui os bairros Passaré, Jardim União, Barroso e a comunidade Rosalina.
A dupla foi capturada há duas semanas pela equipe da DHPP e, conforme as autoridades, foi a responsável por sete assassinatos, conforme informou a delegada Patrícia Bezerra.,
Conforme as investigações, ´Carioca´ teria chegado ao Ceará em outubro do ano passado. "Ele fugiu quando foi expurgado junto com outros traficantes dos morros", disse Bezerra.
A partir de janeiro, quando passou a morar no Jardim União II, no Passaré, ele se consolidou como o chefe do tráfico naquela região da cidade. Teriam executado duas pessoas e ordenado a morte de outras cinco.
AUTOR: DN
Segundo as autoridades, o bandido que chefiava a quadrilha chama-se Márcio Gledson Dias da Silva, que passou a ser conhecido como o ´Márcio do Gueto´. Depois de diversas fugas, ele, finalmente, foi preso pela Polícia no fim de junho último. No momento da abordagem, ele ainda tentou subornar os policiais militares que o detiveram, mas não obteve êxito.
Bando
Conforme as investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ´Márcio do Gueto´ e seus comparsas praticaram um ´rosário´ de assassinatos para manter o comando do tráfico. Policiais militares, donas de casa, trabalhadores e também marginais foram executados por diversos motivos, seja por dívidas contraídas na compra de crack e cocaína, seja por ´queima-de arquivo´. Muitas vítimas foram abatidas de forma cruel, com muitos tiros, e sem chances de defesa.
Além de ´Márcio do Gueto, a DHPP identificou como integrante do bando os seguintes suspeitos, Maycon da Silva Nascimento, o ´Maicozinho´; José Flávio Rodrigues Pereira, o ´Gago da Barra´; Leandro Dutra da Cunha, o ´Playboy do Gueto´; além de Francisco Brito, que acabou sendo morto dentro do presídio. Com a desarticulação do bando, o número de assassinatos na Barra do Ceará e nas Goiabeiras caiu. Contudo, há suspeitas de que, mesmo preso, ´Márcio´ continue a chefiar seu bando.
Fugitivo carioca agia no CE
Com a ocupação das favelas cariocas pelas Forças Armadas e a fixação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas comunidades do Rio dominadas pelo tráfico, dezenas de chefes de quadrilhas migraram para outros Estados. Um deles, veio parar em Fortaleza, onde se instalou no Passaré e passou a comandar fuzilamentos de bandidos rivais.
Esta é a conclusão a que chegou a equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ao investigar uma sequência de crimes de morte naquele bairro.
E o mandante dos fuzilamentos seria o carioca Renato Alves Pereira, oriundo de São João do Meriti, na Baixada Fluminense, que aqui teria se aliado ao cearense Alexandre Silveira dos Santos e, juntos, passaram a matar os traficantes locais para poder assumir o controle da venda de drogas na área do Grande Castelão, que inclui os bairros Passaré, Jardim União, Barroso e a comunidade Rosalina.
A dupla foi capturada há duas semanas pela equipe da DHPP e, conforme as autoridades, foi a responsável por sete assassinatos, conforme informou a delegada Patrícia Bezerra.,
Conforme as investigações, ´Carioca´ teria chegado ao Ceará em outubro do ano passado. "Ele fugiu quando foi expurgado junto com outros traficantes dos morros", disse Bezerra.
A partir de janeiro, quando passou a morar no Jardim União II, no Passaré, ele se consolidou como o chefe do tráfico naquela região da cidade. Teriam executado duas pessoas e ordenado a morte de outras cinco.
AUTOR: DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU