Na semana passada, Massimiliano Tosoni se entregou à Polícia cearense depois de três semanas foragido. Ele nega ter participado do duplo latrocínio FOTO: KIKO SILVA
A prisão recente, em Fortaleza, do italiano Massimiliano Tosoni, o ´Max´,pode abrir uma investigação internacional por conta de crimes atribuídos ao estrangeiro na Itália e no Brasil.
Jornais italianos narram que Tosoni fugiu de sua terra natal em 2009, depois de aplicar golpes em bancos. O próprio acusado acabou revelando seus delitos naquele país. Tosoni decidiu se entregar às autoridades policiais cearenses depois de quase três semanas sendo caçado em todo o Estado.
Crime
Ele é acusado de ter perpetrado um duplo crime de morte dentro do próprio apartamento em que morava, em um flat na Praia de Iracema, nesta Capital. As vítimas foram um cearense e outro italiano. Novamente o interesse de Tosoni em eliminar as duas vítimas - muito embora ele insista em negar participação no crime - seria dinheiro.
Conforme a investigação da Polícia Civil local, o jovem cearense Hedley Lincoln dos Santos, 25; e o italiano Andrea Macchelli, 48, foram atraídos para o flat onde Tosoni estava, sob o pretexto de ser feita uma troca de dinheiro (câmbio).
Os dois homens acabaram sendo executados com golpes de faca na garganta, conforme atestaram os peritos criminais. A perícia também comprovou que o crime foi praticado com requintes de crueldade e sem chances de defesa para as vítimas. Os dois homens tiveram pés e mãos amarrados e também foram amordaçados pelos assassinos.
Dinheiro
O corpo do italiano Andrea Macchelli foi encontrado na sala no apartamento, enquanto o cearense foi assassinado no banheiro. Depois do crime perpetrado, Tosoni fugiu com a quantia de R$ 44 mil em espécie, dinheiro este que ainda não foi recuperado pelas autoridades.
Conforme a Polícia, em 2009, Tosoni foi preso em Fortaleza acusado de um caso parecido. Ele ligou para uma casa de câmbio e disse que havia acabado de chegar ao Brasil e precisava trocar seus euros por reais. Quando o funcionário da casa de câmbio chegou ao local marcado para o encontro, um hotel na Avenida da Abolição, Mucuripe, o italiano arrebatou-lhe o envelope com a quantia de R$ 2,7 mil e tentou fugir, mas acabou sendo detido pela Polícia.
Negócios
A morte de Macchelli e o envolvimento direto de seu compatriota no assassinato repercutiu na Itália. Segundo alguns jornais daquele país, Macchelli viveu em Fortaleza por cerca de 20 anos e foi um dos primeiros italianos a entrar no negócio de aluguel e venda de apartamentos. Seu forte, porém, era a locação de imóveis para seus compatriotas em férias na Capital cearense. Depois, entrou também para o negócio de câmbio.
Já Tosoni, segundo a imprensa de seu país, "tinha uma ligação direta com o país sul-americano". Outra informação dá conta de que ele se envolveu em roubos e fraudes em viagens e quando seu dinheiro acabou, ele retornou para Brescia, onde planejou outros crimes, até que foi descoberto pelas autoridades de lá e fugiu novamente para o Brasil, vindo se esconder e praticar crimes no Ceará.
O inquérito em torno do duplo assassinato ocorrido no flat da Praia de Iracema já está praticamente concluído pela delegada Mozarina Lacerda. Além do próprio italiano, ela ouviu os adolescentes suspeitos de envolvimento no crime. Os dois apreendidos foram autuados na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).
Por medida de segurança, o estrangeiro foi levado para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) tão logo terminou seu depoimento no 2º DP. No dia seguinte, foi transferido para um presídio da RMF.
PROTAGONISTA
PF e Interpol poderão entrar nas apurações
O italiano Massimiliano Tosoni já era conhecido da Polícia do Ceará bem antes de ter se envolvido no duplo homicídio ocorrido em janeiro passado, em flat na Praia de Iracema. Em 2010, ele foi apanhado pela PM logo após praticar um crime parecido, quando roubou um malote de uma casa de câmbio. A situação do italiano no Brasil agora deverá ser investigada pela Polícia Federal com a ajuda da representação local da Interpol, pois ele é, oficialmente, um foragido de sua terra natal. Tosoni nega ter executado as duas pessoas.
AUTOR: DN
Jornais italianos narram que Tosoni fugiu de sua terra natal em 2009, depois de aplicar golpes em bancos. O próprio acusado acabou revelando seus delitos naquele país. Tosoni decidiu se entregar às autoridades policiais cearenses depois de quase três semanas sendo caçado em todo o Estado.
Crime
Ele é acusado de ter perpetrado um duplo crime de morte dentro do próprio apartamento em que morava, em um flat na Praia de Iracema, nesta Capital. As vítimas foram um cearense e outro italiano. Novamente o interesse de Tosoni em eliminar as duas vítimas - muito embora ele insista em negar participação no crime - seria dinheiro.
Conforme a investigação da Polícia Civil local, o jovem cearense Hedley Lincoln dos Santos, 25; e o italiano Andrea Macchelli, 48, foram atraídos para o flat onde Tosoni estava, sob o pretexto de ser feita uma troca de dinheiro (câmbio).
Os dois homens acabaram sendo executados com golpes de faca na garganta, conforme atestaram os peritos criminais. A perícia também comprovou que o crime foi praticado com requintes de crueldade e sem chances de defesa para as vítimas. Os dois homens tiveram pés e mãos amarrados e também foram amordaçados pelos assassinos.
Dinheiro
O corpo do italiano Andrea Macchelli foi encontrado na sala no apartamento, enquanto o cearense foi assassinado no banheiro. Depois do crime perpetrado, Tosoni fugiu com a quantia de R$ 44 mil em espécie, dinheiro este que ainda não foi recuperado pelas autoridades.
Conforme a Polícia, em 2009, Tosoni foi preso em Fortaleza acusado de um caso parecido. Ele ligou para uma casa de câmbio e disse que havia acabado de chegar ao Brasil e precisava trocar seus euros por reais. Quando o funcionário da casa de câmbio chegou ao local marcado para o encontro, um hotel na Avenida da Abolição, Mucuripe, o italiano arrebatou-lhe o envelope com a quantia de R$ 2,7 mil e tentou fugir, mas acabou sendo detido pela Polícia.
Negócios
A morte de Macchelli e o envolvimento direto de seu compatriota no assassinato repercutiu na Itália. Segundo alguns jornais daquele país, Macchelli viveu em Fortaleza por cerca de 20 anos e foi um dos primeiros italianos a entrar no negócio de aluguel e venda de apartamentos. Seu forte, porém, era a locação de imóveis para seus compatriotas em férias na Capital cearense. Depois, entrou também para o negócio de câmbio.
Já Tosoni, segundo a imprensa de seu país, "tinha uma ligação direta com o país sul-americano". Outra informação dá conta de que ele se envolveu em roubos e fraudes em viagens e quando seu dinheiro acabou, ele retornou para Brescia, onde planejou outros crimes, até que foi descoberto pelas autoridades de lá e fugiu novamente para o Brasil, vindo se esconder e praticar crimes no Ceará.
O inquérito em torno do duplo assassinato ocorrido no flat da Praia de Iracema já está praticamente concluído pela delegada Mozarina Lacerda. Além do próprio italiano, ela ouviu os adolescentes suspeitos de envolvimento no crime. Os dois apreendidos foram autuados na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).
Por medida de segurança, o estrangeiro foi levado para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) tão logo terminou seu depoimento no 2º DP. No dia seguinte, foi transferido para um presídio da RMF.
PROTAGONISTA
PF e Interpol poderão entrar nas apurações
O italiano Massimiliano Tosoni já era conhecido da Polícia do Ceará bem antes de ter se envolvido no duplo homicídio ocorrido em janeiro passado, em flat na Praia de Iracema. Em 2010, ele foi apanhado pela PM logo após praticar um crime parecido, quando roubou um malote de uma casa de câmbio. A situação do italiano no Brasil agora deverá ser investigada pela Polícia Federal com a ajuda da representação local da Interpol, pois ele é, oficialmente, um foragido de sua terra natal. Tosoni nega ter executado as duas pessoas.
AUTOR: DN
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