I

LEITORES DO TIANGUÁ AGORA!

ESTAMOS EM MANUTENÇÃO!.

CUIDEM-SE!

CUIDEM-SE!
COM A AJUDA DE DEUS, VAMOS VENCER ESSA PANDEMIA!

CURTA O TIANGUÁ AGORA NO FACEBOOK!

RESGATE TIANGUÁ

RESGATE TIANGUÁ
NOVO NÚMERO!

TIANGUÁ AGORA - ÚLTIMAS NOTÍCIAS!!!

MERCEARIA MAIA, O LUGAR CERTO PARA VOCÊ COMPRAR!

MERCEARIA MAIA, O LUGAR CERTO PARA VOCÊ COMPRAR!
RUA 103 N° 43 BAIRRO NOVO MONDUBIM

JC ESTÚDIO TUDO EM MÍDIAS PARA VOCÊ

JC ESTÚDIO TUDO EM MÍDIAS PARA VOCÊ
APROVEITE E PEÇA O SEU ORÇAMENTO JÁ!

CURTA O TIANGUÁ AGORA NO FACEBOOK!

CURTA A MAIS NOVA PÁGINA DESTE BLOG, NO FACEBOOK!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

JUSTIÇA COMEÇA A JULGAR IRANIANO 'CHEFÃO' DO CRIME ORGANIZADO

Em 2006, Farhad Marvizi se envolveu em uma perseguição policial e acabou preso na Praia de Iracema. Dentro carro dele, a Polícia encontrou munição mas não localizou armas. Dias depois, ele foi posto em liberdade FOTO: FERNANDA OLIVEIRA

Dois anos depois de uma sigilosa e meticulosa ação da Polícia Federal no Ceará, batizada de ´Operação Canal Vermelho´, a Justiça Federal começa agora a julgar o homem apontado como chefe de uma organização criminosa que atuava neste Estado há, pelo menos, cinco anos e foi a responsável por diversos delitos que vão desde atentados contra servidores públicos a assassinatos por ´queima de arquivo´, além de contrabando, evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha ou bando e enriquecimento ilícito.

O homem tido como o ´cabeça´ da teia de crimes é um estrangeiro. Chama-se Farhad Marvizi, o ´Tony´, iraniano de 50 anos, nascido em Teerã, mas que vivia no Ceará há cerca de dez anos e, nesse período, tornou-se um próspero comerciante do ramo de importados nos setores de informática e áudio e vídeo.

Julgamento

Embora a Justiça Federal venha guardando a ´sete-chaves´ as informações sobre os processos de Marvizi, o Diário do Nordeste descobriu, na semana passada, que o iraniano começa, em breve, a ser julgado pelos crimes pelos quais é processado junto à 11ª Vara Federal no Ceará.
A ficha criminal do iraniano é longa na Polícia Federal brasileira. Além de delitos de contrabando e sonegação fiscal, ele foi acusado de pedofilia FOTO: REPRODUÇÃO

E o primeiro julgamento está marcado para outubro, quando o iraniano irá responder pelo atentado sofrido, há quase quatro anos, por um servidor público federal. O crime ocorreu no começo da tarde do dia 9 de dezembro de 2008, quando o auditor fiscal da Receita Federal, José Jesus Ferreira, foi atingido por vários tiros de pistola disparados por desconhecidos.

Desde então, Jesus se recupera das graves lesões. O crime aconteceu quando o auditor fiscal seguia em seu carro em direção à sua residência e sofreu uma emboscada no cruzamento das ruas Meruoca e José Lino, no bairro da Varjota, nesta Capital. Os atiradores estavam em uma motocicleta.

No andamento de investigações efetivadas pelo Núcleo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal no Ceará, veio, então, a descoberta de que o crime havia sido tramado pelo iraniano Farhad Marvizi, o ´Tony´, que contratou os pistoleiros para dar cabo à vida do auditor da Receita Federal.

O motivo seria o sério e intenso trabalho que Jesus vinha realizando como chefe do setor de fiscalização aduaneira no Porto do Mucuripe, por onde chegavam as mercadorias importadas de forma fraudulenta pelo comerciante iraniano.

Tentativa

José Jesus Ferreira foi atingido por, pelo menos, cinco tiros de pistola de calibre 9 milímetros, constataram as investigações da PF. O crime, conforme diz a denúncia no processo de número 0007447-32.2008.4.05.8100, decorreu "em razão de ter dito auditor fiscal empreendido fiscalizações e apreensões contra empresas e mercadorias do dito primeiro denunciado (Marvizi)".

Até hoje, porém, o Ministério Público Federal não conseguiu identificar os executores da tentativa de assassinato contra o servidor. Todavia, concluiu que o iraniano contou na empreitada criminosa com a ´colaboração´ dos comerciantes Carlos José Medeiros Magalhães (já falecido) e Alan de Freitas Guimarães, bem como, do denunciado Charles Hebert Martins Pereira.

Em troca do assassinato do auditor fiscal, Marvizi pagou a quantia de R$ 15 mil.

Depoimentos tomados pela PF e pela própria Justiça Federal indicaram, ainda, que também foi partícipe da trama, Francisco Cícero Gonçalves de Souza, conhecido como ´Paulo Falcão´. Este teria funcionado como o intermediário que cooptou os pistoleiros para o ´serviço sujo´, isto é, a morte do auditor fiscal da Receita Federal no Ceará. Nas investigações, porém, vieram à tona outras revelações importantes, como a morte de alguns dos envolvidos no crime. Um deles foi o comerciante e sócio de Marvizi, Carlos José Medeiros de Magalhães. ´Paulo Falcão´ também foi eliminado.

Executado

A morte de Carlos José Medeiros e de sua mulher, Maria Elizabeth Almeida Bezerra, ocorreu no dia 2 de agosto de 2010, quando a residência do casal, situada no Conjunto Esperança, na zona Sul da Capital, foi invadida por três homens armados.

Os pistoleiros simularam um assalto na residência, mas o objetivo era a eliminação de Carlos José Medeiros (ex-funcionário de Marvizi), por ele estar colaborando na investigação da PF.

Cinco PMs participavam da quadrilha
Em setembro de 2010, já sendo investigado pela PF, Marvizi foi preso acusado de crime de pedofilia, por ter abusado de duas adolescentes FOTO: ALEX COSTA

Na investigação dos crimes atribuídos ao grupo chefiado por Farhad Marvizi, a ´Operação Canal Vermelho´ acabou por descobrir que o iraniano se acercou de policiais militares para a consumação de vários delitos, entre eles, assassinatos de concorrentes ou mortes por ´queima de arquivo´.

Segundo as investigações, um dos principais ´colaboradores´ do chefe da quadrilha era o então sargento da PM Jean Charles Libório, que acabou preso por ordem da Justiça Federal. Assim como o iraniano, Libório agora está recolhido em uma penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande, no Estado do Mato Grosso do Sul. Ele foi expulso das fileiras da Corporação após a prisão. Posteriormente, a mulher do ex-PM, Francisca Elieuda Lima Uchoa, também foi capturada por ordem judicial por cumplicidade nos crimes do marido.
O ex-sargento PM Jean Charles Libório foi apontado como um dos matadores a serviço da rede criminosa. Agora, está num presídio federal FOTO: REPRODUÇÃO

Militares

Além do ex-sargento Charles Libório, a PF identificou e prendeu outros policiais militares que seriam integrantes da organização criminosa comandada pelo iraniano.

Um deles, o soldado Antônio dos Santos Pereira Júnior, que era destacado no Quartel do Comando Geral da PM. Também foi detido o soldado Mário Jarbas Andrade de Carvalho, que era lotado na Companhia de Comando e Serviço do 5ºBPM.

Completavam a quadrilha, segundo a Polícia Federal, os sargentos Joaquim Alves Marinho (sargento Marinho) e Cláudio Nascimento Cardoso. Todos foram parar atrás das grades e estão sendo processados pela Justiça Federal no Ceará.

Conforme os autos do processo que apura as mortes atribuídas à quadrilha, além do duplo assassinato que vitimou o ex-sócio do iraniano, o comerciante Carlos José Medeiros Magalhães e a mulher dele, Maria Elisabeth Almeida Bezerra, outras vítimas da organização criminosa foram o empresário Francisco Francélio Holanda Filho e o comerciante Francisco Cícero Gonçalves de Sousa. O primeiro, teria sido eliminado por fazer concorrência ao iraniano no mercado de venda de celulares e acessórios de telefonia móvel.

Execuções

Francélio Filho, que era dono da empresa ´American Celular´, foi morto no dia 8 de julho de 2010, quando trafegava em sua caminhonete na Avenida Antônio Sales. Na tentativa de escapar da perseguição dos pistoleiros em uma motocicleta, ele imprimiu velocidade e passou em alta velocidade no cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, onde acabou baleado e o carro bateu em um poste. Já Francisco Cícero Gonçalves de Sousa, o ´Paulo Falcão´, acabou morto em sua pizzaria, na Vila Manuel Sátiro, no dia 2 de junho de 2009.

Atuação da Receita foi motivo do atentado

Cálculos da Justiça Federal estimam que o iraniano Farhad Marvizi deve milhões aos cofres do Tesouro brasileiro, por conta de sua ação nos crimes de contrabando e descaminho, além da sonegação fiscal. Consta que, por conta do rigor na fiscalização contra os crimes de Farhad Marvizi, ele teria sofrido um ´prejuízo´ (multas), entre os anos de 2006 e 2008, no valor estimado de R$ 1,2 milhão.

E foi por causa do combate a este tipo de crime que o iraniano teria, segundo a Justiça, ordenado o atentado contra auditor da Receita Federal, ocorrido em dezembro de 2008.

Mais prisões

Em setembro de 2010, a Polícia Federal deu desdobramento à ´Operação Canal Vermelho´ e acabou prendendo mais três pessoas que seriam integrantes da quadrilha de Farhad Marvizi, entre elas, um adolescente.

Também foi capturado Maykson Gleydson de Castro Jacó, o ´Lu´, que seria um dos comparsas do sargento Jean Charles Libório e teria tido participação direta na morte do comerciante Carlos José Medeiros e da mulher deste, Maria Elizabeth Almeida Bezerra.

FONTE: DN

Nenhum comentário:

Postar um comentário

IMPORTANTE

Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.

O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU

TIANGUÁ AGORA NO TWITTER!

Real Time Analytics