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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

AÇÃO CUMPRE MANDADOS DE PRISÃO CONTRA MÁFIA DE CAÇA-NÍQUÉIS NO RIO DE JANEIRO


Operação da Coordenadoria da Polícia fazendo uma ação para cumprir mandados de prisão contra máfia de caça-níquéis, na zona oeste. Na foto, agentes encontram um galpão que funcionava como oficina e montagem de máquinas, em Bangu. (Foto: Jadson Marques/Parceiro/Agência O Globo)

Vinte e duas pessoas foram presas até as 17h30 desta quarta-feira (21) em uma operação que visa cumprir 26 mandados de prisão preventiva contra pessoas envolvidas em um esquema de exploração de máquinas caça-níquéis, entre elas, sete policiais militares. Entre as prisões, 21 foram cumprimentos de mandados e uma, em flagrante, de um agente penitenciário. Eles são acusados pelos crimes de formação de quadrilha armada e corrupção ativa e passiva.

De acordo com balanço parcial da ação, divulgado pelo Ministério Público (MP-RJ), foram apreendidas mil máquinas caça-níquéis, 59 carros, R$ 500 mil em espécie, além de aparelhos digitais de identificação biométrica, notas promissórias e computadores. Um revólver e duas pistolas, 134 munições, três carregadores e uma luneta para fuzil também foram encontrados.

A operação Perigo Selvagem, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e Polícia Militar. Entre os presos estão o tenente-coronel Marcelo Bastos Leal e o capitão Walter Colchone Netto, ambos da PM, além de outros sete policiais militares [veja a lista no fim da reportagem], quatro ex-PMs e dois agentes penitenciários.
Polícia mostrou dinheiro apreendido na operação (Foto: Lívia Torres/G1)

Marcelo Bastos Leal era o responsável pela segurança da quadrilha e também recrutava outros PMs, segundo o MP. Há informações também de um desvio de R$ 700 mil na quadrilha.

A operação efetua também 76 mandados de busca e apreensão. Os acusados atuavam em Bangu, Realengo e Campo Grande, além de outros bairros da Zona Oeste, e Marechal Hermes, no Subúrbio.

A investigação começou há um ano e foi usado monitoramento ambiental, de escutas telefônicas, emails, entre outras. Segundo o MP, as pessoas que não podiam pagar a dívida, eram obrigadas a assinar uma nota promissória.

De acordo com o promotor Décio Alonso, um tenente-coronel e capitão da PM davam proteção à quadrilha de contraventores do jogo do bicho. “Eles já foram denunciados tanto na Vara Criminal de Bangu quanto na Auditoria da Justiça Militar Estadual”, afirmou o promotor.
Agentes do MP e da PM participam da ação (Foto: Mariucha Machado / G1)

A quadrilha utilizava as instalações da empresa Ivegê, em Bangu, de propriedade do contraventor Fernando Iggnácio, como quartel-general da quadrilha.

Segundo o comandante geral da PM, José Luís Castro, foram apreendidos 600 máquinas caça níqueis, 500 monitores, 58 veículos, R$ 300 mil e foram cumpridos 78% dos mandados.

Todos são acusados de fazer parte do esquema de segurança de Fernando Iggnácio. A casa do contraventor, em São Conrado, Zona Sul da cidade, estava cercada por policiais por volta das 7h50 desta quarta.

A operação conta com cerca de 400 homens do MP e da Polícia Militar, com o apoio de cerca de cem viaturas e dois helicópteros.
Polícia usa marreta e alicate para busca em apartamento de Fernando Iggnácio, em São Conrado. (Foto: Mariucha Machado / G1)

AUTOR: G1/RJ

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