As refinarias Premium I e II, que seriam instaladas no Maranhão e Ceará, respectivamente, geraram um prejuízo de R$ 3,8 bilhões, de acordo com auditoria recém-concluída pelo Tribunal de Contas da União. Apesar dos investimentos feito pela Petrobras, os equipamentos não foram instalados e não geraram receitas para os cofres da União.
Em janeiro deste ano a estatal anunciou o encerramento dos projetos de implantação das refinarias. De acordo com a empresa, a suspensão dos equipamento contabilizava uma perda de R$ 2,8 bilhões.
A diferença de R$ 1 bilhão entre o cálculo do prejuízo feito pela estatal e o do TCU pode estar nas despesas correntes desembolsadas durante as obras, que não contam em termos de baixa nos ativos da empresa.
Segundo dados do governo do estado, o Ceará já tinha investido R$ 657 milhões de recursos estaduais para a implantação da Premium II e a construção de um centro de treinamento e readequação do Porto do Pecém.
A força-tarefa da Operação Lava-Jato e do Tribunal de Contas da União (TCU) identificaram uma série de outras obras da Petrobras que também deram prejuízo. Como a construção de dois navios-sonda - Vitória 10000 e Petrobras 10000 - para explorar petróleo nas costas da África e do México. Com investimento de cerca de US$ 1,2 bilhão (mais de R$ 5 bilhões), que também não geraram lucros.
Histórico
No Ceará, o ex-presidente Lula lançou pedra fundamental em dezembro de 2010. A primeira vez em que se falou de refinaria no Ceará foi em 1955. Em 1998, o Governo do Estado chegou a anunciar um empreendimento, em parceria com o grupo alemão Thyssen, mas ão avançou. Quando o ex-presidente Lula chegou à presidência em 2003, a discussão ressurgiu.
Em 2005, as articulações se intensificaram, mas a refinaria foi para Pernambuco.
AUTOR: O POVO
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