I

LEITORES DO TIANGUÁ AGORA!

ESTAMOS EM MANUTENÇÃO!.

CUIDEM-SE!

CUIDEM-SE!
COM A AJUDA DE DEUS, VAMOS VENCER ESSA PANDEMIA!

CURTA O TIANGUÁ AGORA NO FACEBOOK!

RESGATE TIANGUÁ

RESGATE TIANGUÁ
NOVO NÚMERO!

TIANGUÁ AGORA - ÚLTIMAS NOTÍCIAS!!!

MERCEARIA MAIA, O LUGAR CERTO PARA VOCÊ COMPRAR!

MERCEARIA MAIA, O LUGAR CERTO PARA VOCÊ COMPRAR!
RUA 103 N° 43 BAIRRO NOVO MONDUBIM

JC ESTÚDIO TUDO EM MÍDIAS PARA VOCÊ

JC ESTÚDIO TUDO EM MÍDIAS PARA VOCÊ
APROVEITE E PEÇA O SEU ORÇAMENTO JÁ!

CURTA O TIANGUÁ AGORA NO FACEBOOK!

CURTA A MAIS NOVA PÁGINA DESTE BLOG, NO FACEBOOK!

domingo, 25 de novembro de 2012

PRAIA EM MANAUS REGISTRA MAIS ÓBITOS POR AFOGAMENTO DO QUE COPACABANA

Nos últimos seis meses, 12 pessoas perderam a vida ao se banhar no trecho de cerca de 300 metros da Praia da Ponta Negra (Foto: Divulgação/CPRM)

Em menos de seis meses em 2012, a Praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus, registrou quatro vezes mais mortes por afogamento do que a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ao longo de oito meses. Um especialista consultado pelo G1, que estuda os afogamentos em todo Brasil, avaliou que a incidência é alarmante e sugeriu medidas urgentes a serem adotadas para reduzir o número de casos em curto, médio e longo prazo.

Copacabana recebe milhares de banhistas todos os dias de diversas nacionalidades. A praia possui 4 km de extensão, o que dificulta o trabalho do Corpo de Bombeiros. No entanto, se comparado com os registros de óbitos por afogamento da praia manauense, o volume é menor.

No período de abril a novembro deste ano, três pessoas morreram após se afogar no trecho mais frequentado da orla carioca, segundo dados do Terceiro Grupamento Marítimo (3º GMar) do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Dentre os casos, uma das vítimas morreu às 22h45, fora do horário de atuação diária dos 20 guarda-vidas militares, que consiste no horário de banho das 8h às 19h (verão) e das 8h às 17h (outras estações do ano), de acordo com o tenente-coronel do Bombeiro Militar e comandante do 3º GMar, Marcelo Pinheiro.
Salvamento dos Bombeiros na Praia de Copacabana (Foto: Bernardo Tabak/G1)

Do outro lado do Brasil, nos últimos seis meses, 12 pessoas perderam a vida ao se banhar nas águas do Rio Negro, no trecho de cerca de 300 metros de extensão da Praia da Ponta Negra. A estatística poderia subir para 13, mas não há confirmação de que um corpo encontrado nas águas da praia perene no dia 16 de novembro seja decorrente de afogamento no local.
Praia da Ponta Negra em um fim de semana (Foto: Adneison Severiano G1/AM)

Desde junho a praia da Ponta Negra já foi interditada duas vezes por determinação do Corpo de Bombeiros e da Justiça para adequações.

Para o médico David Szpilman, fundador da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) e pesquisador do perfil epidemiológico dos afogamentos há 23 anos, a incidência de casos na Praia da Ponta Negra desperta atenção.

"Com certeza esse número de óbitos por afogamento é elevado. Mas é difícil para eu julgar e apontar o que está provocando essa situação. Se é uma ocorrência do público que passou a frequentar mais o local ou se é uma periculosidade da praia. São necessários vários fatores para esta análise. Para encontrar a solução temos que entender exatamente o que está acontecendo, pois nesse caso foi epidêmico e não estava ocorrendo antes", ressalvou Szpilman.

A maioria das vítimas mortas afogadas na Ponta Negra é do sexo masculino com idades entre 17 e 30 anos. Este grupo de jovens e adultos, segundo o especialista, compreende o principal perfil das vítimas de afogamento no país. "O homem morre cinco vezes mais nessa faixa etária, porque o jovem se acha todo poderoso e acredita que nada pode atingi-lo. As pessoas acham que sabem nadar, sem realmente saber", destacou o médico.

Analisando o volume de óbitos por afogamento no comparativo com um grupo de 100 mil habitantes, em 12 anos o quadro de mortalidade do Amazonas permaneceu inalterado com incidência de 6,56 óbitos/100 mil hab.

"Foram divididas faixas de 1999 a 2010, dos dados mais atualizados do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), em períodos de seis anos, para poder verificar essa incidência. No caso do Amazonas, não houve melhora e nem piorou o quadro", assegurou o atual diretor médico da Sobrasa.
Bombeiros sinalizam área da Ponta Negra destinada a banhistas (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)

Riscos
Embora as praias banhadas pelo mar tenham ondas fortes e recebam influência do movimento das marés, o risco de afogamento é mais elevado em locais de água doce. Isso foi o que os primeiros resultados de um estudo da problemática realizado recentemente no estado do Paraná apontaram.

"Esse trabalho que está sendo desenvolvido no Paraná mostrou que 90% das mortes por afogamento acontecem em água doce: rios, lagos, represas, cachoeiras e piscinas. Antes achávamos que esse indicador era entre 65% e 70%. Nesses locais há uma dificuldade de se prever as áreas de risco. O perigo é ainda maior em áreas mais isoladas", comentou Szpilman.

Ele afirmou também que o estudo mostra claramente que as praias de uma forma geral estão bem guardadas em todo Brasil por guarda-vidas e pelo Corpo de Bombeiros. "Entretanto, as pessoas têm uma enorme dificuldade de acreditar que isso pode acontecer com elas. Mesmo sabendo dos casos de afogamentos, as pessoas se sentem distantes dessa situação", acrescentou o representante da Sobrasa.

Ações preventivas
No mundo e no Brasil, a partir das pesquisas da entidade, foi constatado que até 90% dos afogamentos podem ser evitados. O estudo mostrou que a redução dos casos está relacionada aos investimentos em ações de prevenção dos estados. "Os afogamentos estão ligados ao descuido, à falta de conhecimento e atendimento às questões de segurança", justificou.

No caso da Praia de Ponta Negra, o especialista reforçou que a interdição é a primeira alternativa para tentar entender as causas do índice elevado de afogamentos. "Apesar de terem colocado mais guarda-vidas e sinalização na praia, a mensagem propagada pelo trabalho de conscientização demora a ser absorvida culturalmente pela população. As ações reativas são importantes, mas as proativas são mais eficazes e requerem mais tempo. Pelo que tenho conhecimento deste caso, o investimento em curto prazo está sendo feito. Já em médio e longo prazo, a prevenção depende da conscientização das pessoas", enfatizou o médico.
Médico David Szpilman e material preventivo distribuído na praia (Foto: Divulgação/Sobrasa)

A alternativa sugerida por David Szpilman para a Prefeitura de Manaus seria a utilização gratuita nas escolas dos materiais que trazem noções de prevenções dos afogamentos elaborados pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático.

Fundada em 1995, ao longo das últimas décadas a entidade se tornou uma rede de referência na divulgação dos mecanismos de prevenção de afogamentos e na capacitação de profissionais que atuam diretamente no socorro às vítimas.

"Temos programas com vídeos e desenhos animados voltados para a rede de ensino, até histórias em quadrinhos, para atuação na prevenção dos afogamentos desde cedo com as crianças. O que é preciso ser feito são adequações para a realidade de cada local do país. No futuro, Manaus terá resultados positivos se investir no trabalho preventivo", assegurou.

Szpilman esclareceu ainda que o afogamento não pode ser classificado como acidente, mas sim como incidente. Na avaliação do médico, a tipificação equivocada promove a falsa impressão de que o afogamento acontece por acaso. "Não é por acaso. Se uma pessoa entrar num local que ela não conhece, mesmo que tenha sido avisada do perigo, nas duas formas estou possibilitando o risco do evento", completou o especialista.

AUTOR: G1/AM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

IMPORTANTE

Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.

O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU

TIANGUÁ AGORA NO TWITTER!

Real Time Analytics