Usuários de crack armaram barracas às margens de avenida na zona sul (Foto: Carlos Santos/G1)
Quem passa pela Estrada do Imperador, na zona sul de São José dos Campos, não vê mais o acampamento sem-teto que se estruturou durante oito anos no terreno do Pinheirinho. Agora, a visão é outra: às margens do terreno, o que se vê são barracas utilizadas para o consumo do crack.
Pelo menos 12 barracas de madeira, plástico e até de faixas de candidatos políticos foram construídas este ano na calçada da avenida, após a desocupação do terreno realizada em janeiro. O local é frequentado por homens e mulheres de todas as idades, alguns até com mais de 70 anos, que vivem em função do vício. Alguns, são ex-moradores do acampamento.
A reportagem do G1 foi ao local na última semana e conversou com alguns usuários que pediram para não serem identificados. Entre eles, está um homem de aproximadamente 40 anos que morou no Pinheirinho, mas após a desocupação ficou sem ter para onde ir.
Usuários relatam dificuldade em abandonar o vício (Foto: Carlos Santos/G1)
Segundo ele, assistentes sociais da prefeitura visitam o local e oferecem ajuda, mas o vício é o que o impede de sair dali. "O problema é o vício. Tem abrigo, nos oferecem clínica de reabilitação, mas a luta contra a abstinência é muito difícil", diz.
Aos poucos, outros usuários chegaram e também foram contando como foram parar no mundo das drogas. Um dos homens contou à reportagem que é formado em engenharia elétrica, tem três filhos, mas depois de problemas com uma das mulheres com quem se relacionou, começou a usar a droga e nunca mais conseguiu parar.
O local também é frequentado por pessoas que moram no bairro e que trabalham para sustentar o uso da droga. "Eu não fico dando trabalho em casa. Fico no 'trampo' o dia inteiro, minha correria é o dia todo. O problema é a doença da pedra [crack]", afirmou.
De acordo com a Prefeitura de São José dos Campos, as barracas são montadas e desmontadas todos os dias devido ao alto grau de resistência dos usuários de crack. "A fiscalização da prefeitura tem agido diariamente com duas rondas fixas permanentemente evitando qualquer construção de abrigo no entorno do Pinheirinho. A gente não vai permitir que nada seja construído no local", explicou João Francisco Sawaya de Lima, secretário de Desenvolvimento Social da prefeitura.
Segundo ele, assistentes sociais da prefeitura visitam o local e oferecem ajuda, mas o vício é o que o impede de sair dali. "O problema é o vício. Tem abrigo, nos oferecem clínica de reabilitação, mas a luta contra a abstinência é muito difícil", diz.
Aos poucos, outros usuários chegaram e também foram contando como foram parar no mundo das drogas. Um dos homens contou à reportagem que é formado em engenharia elétrica, tem três filhos, mas depois de problemas com uma das mulheres com quem se relacionou, começou a usar a droga e nunca mais conseguiu parar.
O local também é frequentado por pessoas que moram no bairro e que trabalham para sustentar o uso da droga. "Eu não fico dando trabalho em casa. Fico no 'trampo' o dia inteiro, minha correria é o dia todo. O problema é a doença da pedra [crack]", afirmou.
De acordo com a Prefeitura de São José dos Campos, as barracas são montadas e desmontadas todos os dias devido ao alto grau de resistência dos usuários de crack. "A fiscalização da prefeitura tem agido diariamente com duas rondas fixas permanentemente evitando qualquer construção de abrigo no entorno do Pinheirinho. A gente não vai permitir que nada seja construído no local", explicou João Francisco Sawaya de Lima, secretário de Desenvolvimento Social da prefeitura.
Prefeitura diz que não vai permitir construções no local (Foto: Carlos Santos/G1)
A cidade tem pelo menos cinco pontos críticos de consumo de crack e o entorno do terreno do Pinheirinho está entre eles. Em setembro, a prefeitura lançou uma ofensiva de combate ao crack na cidade, mas com os barracos instalados, o trabalho de remoção e auxílio aos usuários fica ainda mais difícil.
"A cada dia aprimoramos o trabalho de abordagem. A gente entende que traz um problema para região, um desafio para as pessoas envolvidas nisso, mas é muito importante saber que o serviço está acontecendo e existem vagas para essas pessoas se tratarem. É um trabalho de convencimento", disse Sawaya, que tem a expectativa de que o número de usuários na região diminua nos próximos meses.
Além do Pinheirinho, a prefeitura monitora outros quatro pontos críticos. Todos são em áreas centrais: nas imediações da Avenida 9 de Julho, na Praça Romão Gomes, áreas consideradas nobres na cidade, além da Praça da Matriz e na Rua Major Antônio Domingues.
Desde junho de 2011, a prefeitura de São José dos Campos oferece tratamento gratuito para moradores de rua que são usuários de drogas. Após o tratamento, aqueles que não tinham residência ou perderam os vínculos são transferidos para uma casa de transição até que estejam totalmente ressocializados. O local tem capacidade para 50 internos.
Para denunciar qualquer situação de mendicância, o morador pode acionar o telefone 153 para que a equipe de abordagem compareça ao local e faça o atendimento.
AUTOR: G1/SP
A cidade tem pelo menos cinco pontos críticos de consumo de crack e o entorno do terreno do Pinheirinho está entre eles. Em setembro, a prefeitura lançou uma ofensiva de combate ao crack na cidade, mas com os barracos instalados, o trabalho de remoção e auxílio aos usuários fica ainda mais difícil.
"A cada dia aprimoramos o trabalho de abordagem. A gente entende que traz um problema para região, um desafio para as pessoas envolvidas nisso, mas é muito importante saber que o serviço está acontecendo e existem vagas para essas pessoas se tratarem. É um trabalho de convencimento", disse Sawaya, que tem a expectativa de que o número de usuários na região diminua nos próximos meses.
Além do Pinheirinho, a prefeitura monitora outros quatro pontos críticos. Todos são em áreas centrais: nas imediações da Avenida 9 de Julho, na Praça Romão Gomes, áreas consideradas nobres na cidade, além da Praça da Matriz e na Rua Major Antônio Domingues.
Desde junho de 2011, a prefeitura de São José dos Campos oferece tratamento gratuito para moradores de rua que são usuários de drogas. Após o tratamento, aqueles que não tinham residência ou perderam os vínculos são transferidos para uma casa de transição até que estejam totalmente ressocializados. O local tem capacidade para 50 internos.
Para denunciar qualquer situação de mendicância, o morador pode acionar o telefone 153 para que a equipe de abordagem compareça ao local e faça o atendimento.
AUTOR: G1/SP
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