Refugiados da minoria yazidi vivem em baixo de ponte da região de Dohuk (Foto: REUTERS/Ari Jalal)
Militantes do grupo Estado Islâmico (EI) mataram cerca de 80 membros da minoria yazidi em um vilarejo do norte do Iraque, segundo disseram autoridades curdas e um parlamentar yazidi nesta sexta-feira (15).
“Eles chegaram em veículos e começaram a matar nesta tarde”, disse a autoridade curda Hoshiyar Zebari à agência de notícias Reuters. “Nós acreditamos que seja por causa de sua crença: converta-se ou morra”.
Um parlamentar yazidi e outra autoridade curda também confirmaram as mortes e disseram que mulheres da vila foram sequestradas.
O parlamentar yazidi Mahama Khalil disse que falou com os moradores que sobreviveram ao ataque. Eles contaram que os assassinatos ocorreram durante um período de uma hora.
O morador de um vilarejo próximo afirmou que um combatente do EI da mesma região deu detalhes a ele sobre a violência.
"Ele me disse que o Estado Islâmico passou cinco dias tentando convencer os moradores a se converter ao islamismo e que um longo sermão foi proferido sobre o assunto hoje", disse o morador.
"Ele, então, disse que os homens foram agrupados e mortos a tiros. As mulheres e meninas provavelmente foram levadas para Tal Afar, porque é onde os combatentes estrangeiros estão."
Os números não puderam ser confirmados de forma independente.
O EI é um grupo muçulmano extremista fundado em 2004 no Iraque que tem como objetivo criar um Estado muçulmano que inclua as zonas sunitas do Iraque e da Síria.
Os jihadistas lutam contra aqueles considerados inimigos do Islã. A violenta ofensiva do grupo tem apoio de sunitas descontentes com o governo de Bashar Al-Assad na Síria e também com o governo iraquiano xiita.
Pelo menos 500 membros da minoria étnica yazidi foram mortos pelo EI durante a ofensiva no norte do Iraque, disse o ministro iraquiano de Direitos Humanos, Mohammed Shia al-Sudani, à Reuters no domingo.
A minoria yazidi, de língua curda e que segue uma religião pré-islâmica, vive em pequenas comunidades isoladas no Iraque, na Síria e na Turquia.
Com o avanço dos jihadistas na região de Sinkhar, reduto histórico desta minoria, um grupo de yazidis se viu obrigado a fugir para as montanhas no noroeste do Iraque, onde ficou isolado sem água nem comida.
Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos para combater militantes do grupo radical EI nesta região e fizeram lançamento de ajuda humanitária para os milhares de yazidis refugiados isolados no monte Sinjar.
Nesta sexta, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução para impedir o recrutamento e financiamento dos jihadistas na Síria e no Iraque.
O Conselho também acrescentou os nomes de seis extremistas à sua lista de indivíduos submetidos a sanções internacionais por manterem relações com a Al-Qaeda. Entre eles estão líderes do grupo EI e da Frente Al-Nosra.
AUTOR: G1/SP
Militantes do grupo Estado Islâmico (EI) mataram cerca de 80 membros da minoria yazidi em um vilarejo do norte do Iraque, segundo disseram autoridades curdas e um parlamentar yazidi nesta sexta-feira (15).
“Eles chegaram em veículos e começaram a matar nesta tarde”, disse a autoridade curda Hoshiyar Zebari à agência de notícias Reuters. “Nós acreditamos que seja por causa de sua crença: converta-se ou morra”.
Um parlamentar yazidi e outra autoridade curda também confirmaram as mortes e disseram que mulheres da vila foram sequestradas.
O parlamentar yazidi Mahama Khalil disse que falou com os moradores que sobreviveram ao ataque. Eles contaram que os assassinatos ocorreram durante um período de uma hora.
O morador de um vilarejo próximo afirmou que um combatente do EI da mesma região deu detalhes a ele sobre a violência.
"Ele me disse que o Estado Islâmico passou cinco dias tentando convencer os moradores a se converter ao islamismo e que um longo sermão foi proferido sobre o assunto hoje", disse o morador.
"Ele, então, disse que os homens foram agrupados e mortos a tiros. As mulheres e meninas provavelmente foram levadas para Tal Afar, porque é onde os combatentes estrangeiros estão."
Os números não puderam ser confirmados de forma independente.
O EI é um grupo muçulmano extremista fundado em 2004 no Iraque que tem como objetivo criar um Estado muçulmano que inclua as zonas sunitas do Iraque e da Síria.
Os jihadistas lutam contra aqueles considerados inimigos do Islã. A violenta ofensiva do grupo tem apoio de sunitas descontentes com o governo de Bashar Al-Assad na Síria e também com o governo iraquiano xiita.
Pelo menos 500 membros da minoria étnica yazidi foram mortos pelo EI durante a ofensiva no norte do Iraque, disse o ministro iraquiano de Direitos Humanos, Mohammed Shia al-Sudani, à Reuters no domingo.
A minoria yazidi, de língua curda e que segue uma religião pré-islâmica, vive em pequenas comunidades isoladas no Iraque, na Síria e na Turquia.
Com o avanço dos jihadistas na região de Sinkhar, reduto histórico desta minoria, um grupo de yazidis se viu obrigado a fugir para as montanhas no noroeste do Iraque, onde ficou isolado sem água nem comida.
Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos para combater militantes do grupo radical EI nesta região e fizeram lançamento de ajuda humanitária para os milhares de yazidis refugiados isolados no monte Sinjar.
Nesta sexta, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução para impedir o recrutamento e financiamento dos jihadistas na Síria e no Iraque.
O Conselho também acrescentou os nomes de seis extremistas à sua lista de indivíduos submetidos a sanções internacionais por manterem relações com a Al-Qaeda. Entre eles estão líderes do grupo EI e da Frente Al-Nosra.
AUTOR: G1/SP
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