"Não sinalizaram nada, não piscaram farol, não fizeram barulho de nada. Eles simplesmente surgiram e alvejaram a gente. Eles atiraram pra matar. Não foi pra advertir, pra chamar atenção. Como que a polícia atira mais de 10 vezes com fuzil em cima de um carro sem saber quem são?", questionou a amiga, que preferiu não se identificar.
Outra amiga, que estava do lado de Raíssa quando os disparos aconteceram, disse que ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
“Quando eu vi que ela estava atingida, que os policiais não fizeram nada num primeiro momento. Ver ela sangrando, falando que tinha sido baleada... Foi horrível. Se dizem que querem proteger vidas, não estão protegendo vida nenhuma, estão acabando com as vidas", desabafou.
Raíssa foi morta quando voltava pra casa depois de uma festa no fim de semana. O pai, Ironildo Motta, questionou a punição para policiais que cometem crimes em abordagens e que acabam soltos. “Será que ela vai ser mais uma das estatísticas? Será que vai ser mais uma [vez] que esses policiais não vão ser punidos?"
Sindicância aberta
A Polícia Militar abriu uma sindicância para apurar o caso. Os quatro policiais militares envolvidos foram afastados das ruas e as armas usadas por eles foram recolhidas e entregues para perícia. A Polícia Civil também investiga a morte. Testemunhas já prestaram depoimento na delegacia e os investigadores pediram imagens de câmeras de segurança próximas ao local do crime.
AUTOR: G1/RJ
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