Fábio, Dionilson e Flávio Soares são lembrados por amigos no Facebook: 'Luto". (Foto: Reprodução / arquivo pessoal)
Mais de 40 disparos foram feitos durante o assassinato de um empresário e de seus dois filhos na manhã desta quinta-feira (25) na casa onde moravam em Diadema, no ABC. A namorada de uma das vítimas foi baleada, mas sobreviveu. De acordo com a Polícia Civil, houve troca de tiros entre os criminosos e a família. Entre as 43 cápsulas e projéteis apreendidos estão munições de fuzil, pistola e revólver. Vizinhos relataram ao G1 ter ouvido barulho de tiros.
No 3º Distrito Policial de Diadema, onde o caso foi registrado como homicídio por motivo fútil consta que foram apreendidas 11 cápsulas de fuzil 223 REM, 20 de pistola calibre 380, 7 de uma .45, e outros cinco projéteis deflagrados de uma arma desconhecida. Os calibres de fuzil e pistola são de uso exclusivo das Forças Armadas e de instituições policiais.
Tentativas de assalto ou de sequestro, e até execução por causa de vingança são as hipóteses que estão sendo investigadas para tentar explicar o que motivou o crime. Apesar de a casa ter carros, motos e uma moto aquática, nenhum desses veículos ou outro objeto foram roubados. O Setor de Homicídios da Delegacia Seccional da cidade deverá participar das investigações. Imagens gravadas por câmeras do circuito de segurança da residência e da rua registraram a fuga dos bandidos e estão sendo analisadas para tentar identificar os culpados. As cenas não foram disponibilizadas à imprensa.
Vingança
"Tudo vai ser apurado. Desde roubo, sequestro, ou até mesmo se vieram matar por vingança", disse o delegado seccional de Diadema, Godofredo Bittencourt Filho. “O fato é que houve uma troca de tiros entre os criminosos e a família. Uma das vítimas que foi morta reagiu e atirou também, mas não sabemos se algum bandido foi ferido. Ainda não sabemos também qual foi a vítima que atirou”.
O Secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), Fernando Grella Vieira, informou aos jornalistas que as corregedorias das polícias Civil e Militar foram acionadas para apurar a informação de que policiais poderiam ter participado do assassinato da família Soares. Até esta tarde nenhum suspeito havia sido preso.
“São notícias que nós tivemos e por cautela, temos o dever de movimentar todas as nossas forças. Não há nada esclarecido. Há informações da possibilidade de participação [de policias] e em razão dessas informações, nós movimentamos as corregedorias. Não há nenhum dado concreto ainda”, afirmou o secretário da segurança, Fernando Grella Vieira, ao ser questionado por jornalistas sobre o motivo que havia levado as corregedorias até Diadema e se havia indícios da participação de policiais no homicídio. A declaração foi dada durante entrevista para divulgação dos índices criminais estaduais na sede da SSP, na capital.
Eletricista José Luiz Romanin, pai de Aline Romanin, que foi baleada por criminosos em Diadema
(Foto: Kleber Tomaz / G1)
Encapuzados
De acordo com o boletim de ocorrência do 3º DP, cinco homens armados e não identificados porque estavam encapuzados participaram do crime à residência onde estavam o gerente, sua mulher, seus dois filhos e a namorada de um deles. Três dos bandidos que usavam capuz pularam um muro para entrar no imóvel, na Rua Panamericana, no Jardim das Nações, por volta das 6h20. Outros dois comparsas aguardavam do lado de fora num carro, um Honda Fit, da cor prata. As placas do veículo não foram anotadas pelas testemunhas.
Dionilson de Lima Soares, de 48 anos, e seus filhos, o gerente administrativo Flávio Vieira Soares, de 26, e o gerente Fábio Vieira Soares, 23, foram baleadas pela quadrilha na garagem da residência quando se preparavam para sair de casa e trabalhar. O pai e o filho mais novo morreram na hora. O mais velho ainda foi socorrido e morreu no hospital. Peritos informaram que alguns dos disparos foram em direção à cabeça das vítimas.
Os três mortos trabalhavam na Diomoto Entregas Rápidas, empresa fundada por Dionilson e por sua mulher, Maria Dvane Vieria de Melo, mãe dos rapazes. Ela contou aos investigadores que se escondeu debaixo da cama para não ser morta. E teria ouvido dos criminosos: “Fique quieta senão você vai morrer também”. A mulher não concedeu entrevistas, mas falou aos policiais que “ser humano não presta” quando conversava com eles na cena do crime.
A namorada de Flávio, Aline Roberta de Oliveira Romanin, 25, foi atingida na perna e não corre risco de morrer. Ela teria se fingido de morta para enganar os bandidos, segundo os policiais. O casal tem um filho de três anos que não estaria na casa no momento do crime. A criança teria ficado no sobrado dos avós maternos, na mesma rua.
(Foto: Kleber Tomaz / G1)
Encapuzados
De acordo com o boletim de ocorrência do 3º DP, cinco homens armados e não identificados porque estavam encapuzados participaram do crime à residência onde estavam o gerente, sua mulher, seus dois filhos e a namorada de um deles. Três dos bandidos que usavam capuz pularam um muro para entrar no imóvel, na Rua Panamericana, no Jardim das Nações, por volta das 6h20. Outros dois comparsas aguardavam do lado de fora num carro, um Honda Fit, da cor prata. As placas do veículo não foram anotadas pelas testemunhas.
Dionilson de Lima Soares, de 48 anos, e seus filhos, o gerente administrativo Flávio Vieira Soares, de 26, e o gerente Fábio Vieira Soares, 23, foram baleadas pela quadrilha na garagem da residência quando se preparavam para sair de casa e trabalhar. O pai e o filho mais novo morreram na hora. O mais velho ainda foi socorrido e morreu no hospital. Peritos informaram que alguns dos disparos foram em direção à cabeça das vítimas.
Os três mortos trabalhavam na Diomoto Entregas Rápidas, empresa fundada por Dionilson e por sua mulher, Maria Dvane Vieria de Melo, mãe dos rapazes. Ela contou aos investigadores que se escondeu debaixo da cama para não ser morta. E teria ouvido dos criminosos: “Fique quieta senão você vai morrer também”. A mulher não concedeu entrevistas, mas falou aos policiais que “ser humano não presta” quando conversava com eles na cena do crime.
A namorada de Flávio, Aline Roberta de Oliveira Romanin, 25, foi atingida na perna e não corre risco de morrer. Ela teria se fingido de morta para enganar os bandidos, segundo os policiais. O casal tem um filho de três anos que não estaria na casa no momento do crime. A criança teria ficado no sobrado dos avós maternos, na mesma rua.
Crime aconteceu na manhã desta quinta, em Diadema. Marcas de sangue ficaram pela garagem (Foto: Kleber Tomaz/G1)
'Vieram para matar'
O pai de Aline, José Luiz Romanin, 61, acha que o que ocorreu na residência do pai de seu neto foi uma execução. “Esses bandidos vieram para matar”, disse o eletricista, que contou ter ouvido os tiros e visto os criminosos fugir, mas afirmou desconhecer o motivo do crime. “Não sei se eles tinham bronca com alguém da casa, mas meu genro era muito esquentado. Não sei se o por quê tem a ver com isso”.
Além dos disparos, moradores da região disseram à equipe de reportagem ter ouvido o barulho de pessoas caminhando sobre os telhados das residências vizinhas à da família Soares. Eles contaram que um carro parecido com o usado na fuga da quadrilha rondava a casa das vítimas há uma semana. Os mortos eram conhecidos na rua. Amigos postaram fotos do pai e dos filhos mortos no Facebook para lembrar deles. O local e horário do velório e sepultamento deles ainda não foi informado.
O advogado Henrique Marques Matos, que além de defender os interesses da família Soares é amigo das vítimas, afirmou que existe a possibilidade dos três serem enterrados em Pernambuco, onde Dionilson nasceu. “O que posso dizer é que todos eram de bem, e não tive conhecimento deles estarem sendo ameaçados ou que tivessem inimigos”, falou.
Flávio já havia tido duas passagens pela polícia, uma por desobediência a um policial militar em 2009 e outra por desacato a um policial civil em 2012. “Mas acho difícil acreditar que tenha havido uma vingança por causa desses desentendimentos do passado”, disse o advogado.
Segundo Matos, Flávio era o único membro da casa dos Soares que possuía arma. “Para se defender”, alegou Matos, que não soube confirmar se foi ele quem atirou contra os criminosos na troca de tiros.
AUTOR: G1/SP
'Vieram para matar'
O pai de Aline, José Luiz Romanin, 61, acha que o que ocorreu na residência do pai de seu neto foi uma execução. “Esses bandidos vieram para matar”, disse o eletricista, que contou ter ouvido os tiros e visto os criminosos fugir, mas afirmou desconhecer o motivo do crime. “Não sei se eles tinham bronca com alguém da casa, mas meu genro era muito esquentado. Não sei se o por quê tem a ver com isso”.
Além dos disparos, moradores da região disseram à equipe de reportagem ter ouvido o barulho de pessoas caminhando sobre os telhados das residências vizinhas à da família Soares. Eles contaram que um carro parecido com o usado na fuga da quadrilha rondava a casa das vítimas há uma semana. Os mortos eram conhecidos na rua. Amigos postaram fotos do pai e dos filhos mortos no Facebook para lembrar deles. O local e horário do velório e sepultamento deles ainda não foi informado.
O advogado Henrique Marques Matos, que além de defender os interesses da família Soares é amigo das vítimas, afirmou que existe a possibilidade dos três serem enterrados em Pernambuco, onde Dionilson nasceu. “O que posso dizer é que todos eram de bem, e não tive conhecimento deles estarem sendo ameaçados ou que tivessem inimigos”, falou.
Flávio já havia tido duas passagens pela polícia, uma por desobediência a um policial militar em 2009 e outra por desacato a um policial civil em 2012. “Mas acho difícil acreditar que tenha havido uma vingança por causa desses desentendimentos do passado”, disse o advogado.
Segundo Matos, Flávio era o único membro da casa dos Soares que possuía arma. “Para se defender”, alegou Matos, que não soube confirmar se foi ele quem atirou contra os criminosos na troca de tiros.
AUTOR: G1/SP
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