A Polícia Civil do Rio Grande do Norte vai designar um delegado especial para apurar o caso da empresária Poliana de Lima, de 24 anos, alvo de um tiro supostamente disparado por um policial civil durante uma perseguição ocorrida na manhã desta terça-feira (29) no conjunto Cidade Satélite, na zona Sul de Natal.
De acordo com o delegado Matias Laurentino, titular da Diretoria de Polícia da Grande Natal, o caso também será encaminhado para a Corregedoria Geral da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Ao G1, Matias Laurentino informou que o delegado Silvio Fernando está realizando uma investigação preliminar para apurar o nome das pessoas envolvidas e só então será designado um delegado especial para o caso. “Quando estivermos com as informações preliminares em mãos, iremos nomear um delegado especial para apurar o caso. Todas as medidas necessárias serão tomadas”, disse.
Em nota, a Polícia Civil lamentou o episódio e se colocou "à disposição da vítima para o esclarecimento dos fatos".
Bala perdida
A empresária Poliana de Lima foi alvo de um disparo de arma de fogo quando levava a filha de 1 anos e 6 meses para tomar vacina. Segundo ela, o tiro partiu de um carro de polícia que perseguia suspeitos de um assalto. O tiro atingiu o queixo da jovem que precisou levar 21 pontos.
Ao G1, Poliana relatou que estava em uma esquina da avenida Xavantes com a rua Paranapanema, no conjunto Cidade Satélite, aguardando a vez de entrar na rua quando um carro passou em alta velocidade ao seu lado. Em seguida ela ouviu tiros e viu que outro carro passou por ela em alta velocidade. “Quando eu vi que estava sangrando foi que me dei conta de que tinha sido atingida. O tiro entrou no meu queixo, saiu e acertou o vidro da janela ao lado da minha filha que estava na cadeirinha no banco de trás”, disse.
O major Rodrigues Barreto, comandante do 5º batalhão de Polícia Militar, informou que a viatura da PM que atende a área estava em outra ocorrência. Segundo ele, o oficial que esteve no local após o ocorrido conversou com moradores e comerciantes da região e eles relataram que os disparos partiram de um carro da Polícia Civil. “Segundo os moradores, o carro da Polícia Civil estava perseguindo um suspeito de assalto e os policiais efetuaram o disparo para que o suspeito parasse. O motorista parou um pouco mais a frente, desceu do carro e os policiais constataram que era um comerciante que havia sido assaltado na região e estava perseguindo os supostos assaltantes”, disse o major.
Segundo Poliana, quando percebeu que estava sangrando, ela continuou dirigindo até a casa da sogra que fica próximo ao local do fato. Chegando lá, a família acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Poliana foi socorrida. No hospital, ela levou 21 pontos no queixo. “O médico disse que por dois centímetros o tiro não pegou na veia jugular. Eu poderia estar morta. O próprio médico disse que eu nasci de novo”, contou.
“Eu não culpo os policiais. Eu culpo o Estado que não investe em segurança, em qualificação desses policiais. Temos policiais despreparados, atirando pra todo lado. Nosso estado está entregue às baratas e ninguém faz nada”, disse a empresária.
AUTOR: G1/RN
Ao G1, Matias Laurentino informou que o delegado Silvio Fernando está realizando uma investigação preliminar para apurar o nome das pessoas envolvidas e só então será designado um delegado especial para o caso. “Quando estivermos com as informações preliminares em mãos, iremos nomear um delegado especial para apurar o caso. Todas as medidas necessárias serão tomadas”, disse.
Em nota, a Polícia Civil lamentou o episódio e se colocou "à disposição da vítima para o esclarecimento dos fatos".
Bala perdida
A empresária Poliana de Lima foi alvo de um disparo de arma de fogo quando levava a filha de 1 anos e 6 meses para tomar vacina. Segundo ela, o tiro partiu de um carro de polícia que perseguia suspeitos de um assalto. O tiro atingiu o queixo da jovem que precisou levar 21 pontos.
Ao G1, Poliana relatou que estava em uma esquina da avenida Xavantes com a rua Paranapanema, no conjunto Cidade Satélite, aguardando a vez de entrar na rua quando um carro passou em alta velocidade ao seu lado. Em seguida ela ouviu tiros e viu que outro carro passou por ela em alta velocidade. “Quando eu vi que estava sangrando foi que me dei conta de que tinha sido atingida. O tiro entrou no meu queixo, saiu e acertou o vidro da janela ao lado da minha filha que estava na cadeirinha no banco de trás”, disse.
O major Rodrigues Barreto, comandante do 5º batalhão de Polícia Militar, informou que a viatura da PM que atende a área estava em outra ocorrência. Segundo ele, o oficial que esteve no local após o ocorrido conversou com moradores e comerciantes da região e eles relataram que os disparos partiram de um carro da Polícia Civil. “Segundo os moradores, o carro da Polícia Civil estava perseguindo um suspeito de assalto e os policiais efetuaram o disparo para que o suspeito parasse. O motorista parou um pouco mais a frente, desceu do carro e os policiais constataram que era um comerciante que havia sido assaltado na região e estava perseguindo os supostos assaltantes”, disse o major.
Segundo Poliana, quando percebeu que estava sangrando, ela continuou dirigindo até a casa da sogra que fica próximo ao local do fato. Chegando lá, a família acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Poliana foi socorrida. No hospital, ela levou 21 pontos no queixo. “O médico disse que por dois centímetros o tiro não pegou na veia jugular. Eu poderia estar morta. O próprio médico disse que eu nasci de novo”, contou.
“Eu não culpo os policiais. Eu culpo o Estado que não investe em segurança, em qualificação desses policiais. Temos policiais despreparados, atirando pra todo lado. Nosso estado está entregue às baratas e ninguém faz nada”, disse a empresária.
AUTOR: G1/RN
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