O comerciante, a filha e funcionários saíram da pizzaria, por volta da meia-noite, quando foram rendidos na frente de casa, que fica na mesma rua do estabelecimento. Os funcionários ficaram em uma perua com dois ladrões. Outros três criminosos entraram na casa. Além do comerciante, a mulher dele, o filho de 14 anos e a filha de 7 também ficaram sob poder dos ladrões.
“Ele colocou revólver na cabeça da minha filha, porque ela estava chorando apavorada”, disse o comerciante, que pediu para não ser identificado. Segundo o pai, a criança pedia para que o criminoso não o matasse. "Manda ela calar a boca. Se não calar a boca, vou levar ela junto comigo", dizia o ladrão, segundo o comerciante.
De acordo com o sargento da Polícia Militar Edvaldo Fernandes, os criminosos usavam o nome de uma facção criminosa e eram violentos.
A vizinhança desconfiou da movimentação e chamou a polícia. Um vizinho ligou até para a casa da vítima na hora do assalto, mas a mulher, que estava sob a mira de um revólver, negou que houvesse algum problema na casa.
Assim que a Polícia Militar chegou, dois ladrões que estavam em uma perua com os funcionários da pizzaria saíram em alta velocidade, mas foram perseguidos. O carro capotou em uma curva. Um dos ladrões foi preso e outro fugiu.
Outro ladrão foi preso dentro da casa. Um terceiro foi preso na rua depois de ser agredido pelos moradores do bairro. Com os suspeitos, a polícia apreendeu dinheiro, munições e dois revólveres. De acordo com a polícia, os ladrões diziam que conheciam a rotina da família. Os investigadores buscam descobrir quem poderia ter passado essas informações.
O comerciante disse que está decidido a sair do bairro. “Não tem mais como você chegar na sua casa, dormir, descansar sossegado. Não tem mais condições. Na minha casa, já não posso mais morar”, afirmou o proprietário. Os três presos foram autuados em flagrante por roubo e cárcere privado. A polícia procura os outros suspeitos.
AUTOR: G1/SP
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