Os enfrentamentos que ocorreram nesta semana na região chinesa de Xinjiang causaram 35 mortes, segundo os números divulgados nesta sexta-feira (28) pela imprensa oficial do país.
De acordo com a agência "Xinhua", durante os incidentes da quarta-feira (26) passada, delegacias, centros governamentais e um edifício em construção foram atacados na cidade de Lukqun, no norte de Xinjiang. Também vários carros policiais foram incendiadas e 21 pessoas ficaram feridas, entre policiais e civis.
Xinjiang é uma das províncias da China onde ocorrem conflitos étnicos, assim como o Tibete. Nessas províncias são frequentes as tensões entre minorias como os uigures e os chineses da etnia han, que são maioria no país asiático.
O jornal "Global Times" informou que a cidade de Lukqun foi cercada e todos os veículos que entram e saem são revistados.
O ataque, disseram fontes oficiais ao Global Times, "foi uma surpresa" em uma região conhecida pelo turismo e onde nunca havia acontecido eventos deste tipo.
Os uigures no exílio declararam que toda a informação vem de fontes oficiais chinesas, por isso deve-se ter cautela.
Outras informações indicam que a segurança em várias cidades de Xinjiang foi reforçada por causa da violência em Lukqun.
Os uigures acusam Pequim de acabar com sua cultura tradicional e de explorar seus recursos naturais, através do assentamento de colonos da etnia han desde que a região foi anexada à China em 1949.
Pequim defende um maior controle na região para fazer frente aos grupos "separatistas, extremistas e terroristas" e costuma realizar detenções e julgamentos contra aqueles considerados suspeitos por esses crimes.
AUTOR: EFE
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