O líder talibã Wali-ur-Rehman em Shawal em 28 de julho de 2011 (Foto: AFP)
Os talibãs paquistaneses confirmaram nesta quinta-feira (30) que Wali ur-Rehman, segundo na linha de comando, faleceu na quarta-feira atingido por um míssil disparado por um avião teleguiado americano em uma zona tribal do noroeste do país.
"Cinco de nossos homens, entre eles Wali ur-Rehman, morreram no ataque", declarou à AFP o porta-voz do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), Ehsanullah Ehsan, confirmando uma informação divulgada na quarta por fontes paquistanesas.
"Wali ur-Rehman foi assassinado ontem e estamos orgulhosos de seu sacrifício. Cumpriremos sua missão e anunciamos a ruptura do diálogo com o governo paquistanês, que também é responsável por esse ataque", acrescentou o porta-voz do TTP.
O TTP, aliado da rede terrorista da Al-Qaeda, é o principal grupo armado em guerra aberta contra o poder em Islamabad.
A morte de Rehman, por quem os Estados Unidos ofereciam uma recompensa de 5 milhões de dólares, é um forte golpe para o TTP, do qual era um comandante influente desde a formação do grupo armado, em 2007.
Rehman era acusado por Washington principalmente por ter sido um dos principais envolvidos no ataque contra a base de Chapman, em Khost, no Afeganistão. Sete membros da CIA morreram na ação, o registro de mortes mais pesado para os serviços de inteligência americanos desde a guerra do Líbano, em 1983.
Sucessor
Três fontes do Talibã disseram que uma comissão reunida na quarta-feira à noite, após o velório, escolheu como novo número 2 o militante Khan Said, de 38 anos, que já era o braço-direito do dirigente morto. Ele participou do planejamento de ações como o atentado de 2011 contra uma base naval paquistanesa em Karachi, com 18 mortos, e uma rebelião carcerária de 2012, em que 400 militantes fugiram.
"Houve absoluto consenso acerca de Khan Said", disse um membro do Talibã paquistanês.
AUTOR: G1/SP
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