Com faixas e cartazes, os estudantes fizeram manifestação contra a decisão da Prefeitura em fechar a unidade escolar e transferir servidores para outras localidades. O município justifica necessidade de melhoramentos FOTO: HONÓRIO BARBOSA
Milhã. As decisões administrativas de fechamento de escolas neste município, localizado no Sertão Central, vem gerando revolta e inquietações entre a população. No sábado passado, moradores depredaram parte da Escola de Ensino Fundamental Maria de Lourdes Bezerra, localizada na comunidade de Alto Santo, conhecida por Milhã Velha.
As famílias alegam transtornos com a necessidade de deslocamento diário de crianças e adolescentes da zona rural para a cidade. Há queixa também com relação à transferência de servidores da unidade que teriam motivação política.
Revoltados, moradores depredaram instalações sanitárias, luzes, grades de ferro e alguns bancos da unidade de ensino na localidade de Milhã Velha.
O vereador da oposição, Ecivando Pinheiro, afirmou que houve um incidente durante a reunião entre o prefeito, Otacílio de Macedo, e a comunidade de Milhã Velha. "A população se revoltou e não houve entendimento", disse ele.
Depois do encontro, ocorreu a depredação do patrimônio público. "O clima é de revolta", afirmou Pinheiro. "Infelizmente, foram tomadas decisões administrativas sem consultar a comunidade", afirma ele.
A administração municipal determinou o fechamento de três escolas localizadas nos distritos Monte Grave, Brava e Milhã Velha, afetando centenas de alunos do ensino fundamental.
"As crianças são as mais prejudicadas", disse o advogado Luis Sérgio Barros Cavalcante, que acompanha na Justiça o caso da transferência de servidores. "Professores, pais de alunos e estudantes estão revoltados".
Os vereadores de oposição, Ecivando Pinheiro, Alcides Júnior, Tatiana Machado e Alzivan Pinheiro devem procurar ainda esta semana a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), o Conselho de Educação do Estado e o Ministério Público do Estado, com o objetivo de relatar os transtornos causados pela decisão administrativa. "Vamos solicitar uma análise da situação", disse Ecivando Pinheiro.
Rede precária
Os oposicionistas afirmam que muitas creches e escolas estão lotadas na cidade e não teriam condições de acolher os novos alunos egressos das unidades escolares fechadas. Eles lamentam que a Escola Maria de Lourdes, localizada na comunidade de Milhã Velha, foi agraciada com premiação Escola Nota 10 e recebia apoio e recursos extras do Governo do Estado.
O advogado Luís Sérgio Barros Cavalcante observou que, além do problema decorrente do fechamento das unidades de ensino, mais de 20 servidores foram transferidos da zona rural para a cidade e da área urbana para o meio rural.
"Essas transferências são fruto de pura perseguição política", disse. "Já ingressamos com mandados de segurança e estamos aguardando decisão judicial".
A secretária de Educação do município, Erleide Dantas Pinheiro, esclareceu que o fechamento das três unidades é decorrente de um planejamento de nucleação de escolas para oferecer melhores condições de ensino e de aprendizagem.
"Esse processo de nucleação vem desde 1997, quando o município contava com 101 escolas sem condições de funcionamento", explicou. "Houve redução para 32 unidades, depois para 20 e para dez".
De acordo com Erleide Pinheiro, há escolas que funcionavam somente com uma sala, em um turno, com menos de 15 alunos e sem estrutura adequada. "Nós entendemos como normal a resistência de algumas pessoas, mas queremos fazer o melhor", disse. "Estamos conversando, dialogando com os pais, a comunidade e a oposição. As escolas da cidade têm melhor estrutura e espaço para receber os alunos", garante ela.
Investigação
A secretária lamentou o clima de tensão na comunidade de Milhã Velha e a depredação ocorrida na escola.
"Já registramos Boletim de Ocorrência na Delegacia e solicitamos investigação sobre o caso", disse ela.
"Estamos enfrentando dificuldades administrativas no município porque houve muita contratação de servidores e as transferências realizadas são por necessidade, e não há perseguição política", diz.
Mais informações
Secretaria de Educação de Milhã
Telefone: (88) 3529.1131
AUTOR: DN
Milhã. As decisões administrativas de fechamento de escolas neste município, localizado no Sertão Central, vem gerando revolta e inquietações entre a população. No sábado passado, moradores depredaram parte da Escola de Ensino Fundamental Maria de Lourdes Bezerra, localizada na comunidade de Alto Santo, conhecida por Milhã Velha.
As famílias alegam transtornos com a necessidade de deslocamento diário de crianças e adolescentes da zona rural para a cidade. Há queixa também com relação à transferência de servidores da unidade que teriam motivação política.
Revoltados, moradores depredaram instalações sanitárias, luzes, grades de ferro e alguns bancos da unidade de ensino na localidade de Milhã Velha.
O vereador da oposição, Ecivando Pinheiro, afirmou que houve um incidente durante a reunião entre o prefeito, Otacílio de Macedo, e a comunidade de Milhã Velha. "A população se revoltou e não houve entendimento", disse ele.
Depois do encontro, ocorreu a depredação do patrimônio público. "O clima é de revolta", afirmou Pinheiro. "Infelizmente, foram tomadas decisões administrativas sem consultar a comunidade", afirma ele.
A administração municipal determinou o fechamento de três escolas localizadas nos distritos Monte Grave, Brava e Milhã Velha, afetando centenas de alunos do ensino fundamental.
"As crianças são as mais prejudicadas", disse o advogado Luis Sérgio Barros Cavalcante, que acompanha na Justiça o caso da transferência de servidores. "Professores, pais de alunos e estudantes estão revoltados".
Os vereadores de oposição, Ecivando Pinheiro, Alcides Júnior, Tatiana Machado e Alzivan Pinheiro devem procurar ainda esta semana a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), o Conselho de Educação do Estado e o Ministério Público do Estado, com o objetivo de relatar os transtornos causados pela decisão administrativa. "Vamos solicitar uma análise da situação", disse Ecivando Pinheiro.
Rede precária
Os oposicionistas afirmam que muitas creches e escolas estão lotadas na cidade e não teriam condições de acolher os novos alunos egressos das unidades escolares fechadas. Eles lamentam que a Escola Maria de Lourdes, localizada na comunidade de Milhã Velha, foi agraciada com premiação Escola Nota 10 e recebia apoio e recursos extras do Governo do Estado.
O advogado Luís Sérgio Barros Cavalcante observou que, além do problema decorrente do fechamento das unidades de ensino, mais de 20 servidores foram transferidos da zona rural para a cidade e da área urbana para o meio rural.
"Essas transferências são fruto de pura perseguição política", disse. "Já ingressamos com mandados de segurança e estamos aguardando decisão judicial".
A secretária de Educação do município, Erleide Dantas Pinheiro, esclareceu que o fechamento das três unidades é decorrente de um planejamento de nucleação de escolas para oferecer melhores condições de ensino e de aprendizagem.
"Esse processo de nucleação vem desde 1997, quando o município contava com 101 escolas sem condições de funcionamento", explicou. "Houve redução para 32 unidades, depois para 20 e para dez".
De acordo com Erleide Pinheiro, há escolas que funcionavam somente com uma sala, em um turno, com menos de 15 alunos e sem estrutura adequada. "Nós entendemos como normal a resistência de algumas pessoas, mas queremos fazer o melhor", disse. "Estamos conversando, dialogando com os pais, a comunidade e a oposição. As escolas da cidade têm melhor estrutura e espaço para receber os alunos", garante ela.
Investigação
A secretária lamentou o clima de tensão na comunidade de Milhã Velha e a depredação ocorrida na escola.
"Já registramos Boletim de Ocorrência na Delegacia e solicitamos investigação sobre o caso", disse ela.
"Estamos enfrentando dificuldades administrativas no município porque houve muita contratação de servidores e as transferências realizadas são por necessidade, e não há perseguição política", diz.
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