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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
"DISSERAM QUE VINHAM PEGAR O QUE ERA DELES", DIZ VEREADOR ASSALTADO NO CE
O vereador Plácido Filho (PDT), que teve a casa assaltada na manhã desta quinta-feira (26), conta que estava deitado no sofá quando foi surpreendido por um homem armado com uma flanela no rosto. "Disseram que era 'apenas' um assalto e vinham pegar o que era deles, o que pertencia a eles", recordou.
Após uma hora e meia de tensão, os suspeitos levaram R$ 3 mil que o vereador havia sacado um dia antes para pagar contas de casa, relógios, aparelhos de celular e notebooks e o computador onde estavam gravadas as imagens do circuito interno da câmera de segurança.
Plácido disse ainda que os suspeitos já vinham observando sua família, conforme relataram durante o assalto. Eles falaram "nós já sabemos que você é vereador. Sabemos tudo da sua vida", explicou.
Depois do assalto, os vizinhos chamaram a polícia que, segundo Plácido, compareceu à sua casa, deram algumas voltas no quarteirão, mas não encontrou os suspeitos. "Nos sentimos pequenos, abandonados pelo poder público", afirmou. E pede que a população cobre mais segurança dos governos, estadual e federal.
Supreendido
Plácido afirmou que, após o primeiro entrar com a arma apontada para a cabeça da empregada da casa, outros dois entraram na residência perguntando por jóias e dinheiro. "Eles disseram que eu não reagisse, porque se eu reagisse, amanhã nas páginas policiais estaria saindo mais um crime não elucidado na cidade de Fortaleza", relatou.
O vereador informou, então, que a mulher e a filha não usam jóias. "Eles disseram, "não, mas eu quero dinheiro, porque em outra casa que nós assaltamos tinha R$ 300 mil". Eu disse 'ninguém usa dinheiro em casa hoje. É um perigo'. "É um maluco quem coloca R$ 300 mil dentro de uma casa", defendeu.
O momento de maior tensão, segundo Plácido, foi quando os suspeitos o ameaçaram para que ele abrisse um cofre que há na sua casa, mas que ele garante que não possui senha nem chaves."Eles disseram 'ou você abre o cofre ou nós vamos fazer um estrago feio aqui com a sua filha", afirmou.
Cachorro
A empregada da casa, Maria Araújo, contou que foi abordada pelos suspeitos quando passeava com o cachorro da família no quarteirão onde fica a residência. "Quando eu cheguei aqui nessa esquina, tinha um carro parado e um rapaz conversando no telefone. Eu não desconfiei que era assalto", explicou.
Os suspeitos tomaram o celular e o controle do portão da casa. "Me jogaram dentro carro e um deles disse 'vamos matar esse cachorro', e o outro 'não, macho, vai fazer zoada (barulho)'. 'Pois eu vou soltá-lo'. E eu pedi que eles me deixassem levar o cachorro", disse.
Quando chegaram à casa, Maria, nervosa, pediu para sair do carro e foi atendida, com uma arma apontada para sua cabeça. "Eu pedi a ele pelo amor da mãe dele, que eu queria tomar água. 'Pois vamos', disse um deles. Aí, me ajudou a colocar o cachorro na casinha e deixou a gente sentado aqui", relatou.
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