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domingo, 17 de março de 2013

EMPREENDEDORES ACHAM O CAMINHO DAS FLORES, NA SERRA DA IBIAPABA (CE)

Flores produzidas pela Flora Fogaça são vendidas em lojas de distribuição, em São Luís (MA) e Teresina (PI), e para empresas cearenses fotos: Jessyca rodrigues

São Benedito. O incentivo do Governo do Estado atraiu para a cidade grandes produtores de flores, como a Reijers Produção de Rosas e a CeaRosa. Além deles, pequenos e médios produtores também vieram para a Serra da Ibiapaba em busca de novas oportunidades. Cláudio Fogaça veio do Sul do País tentar a sorte em São Benedito. Há 20 anos trabalhando com flores, foi aqui que o produtor começou sua fazenda em 2002.

Natural de Avaré, em São Paulo, foi em Santo Antônio de Posse, vizinho a Holambra, que nasceu a vontade de trabalhar com flores. De acordo com ele, em 1993, começou a trabalhar com produtores em Holambra e em 2002, veio para o Ceará onde começou produção própria. "Hoje, a Flora Fogaça tem quatro fazendas, sendo três em São Benedito e uma em Carnaubal, e produzimos principalmente flores do campo", afirma.

Formado em técnica agrícola, a especialidade do produtor são Crisântemos, onde possui mais de 35 variedades sendo cultivadas nas quatro fazendas de produção. Sua propagação se dá por estacas em estufas e sementes, e dá flores o ano inteiro. Outro destaque do produtor são os complementos para arranjos, como folhagens, Era, Samambaia, Murta, Eucalipto Argentino, Aspargos, Avencão; e flores para complementos como Gipsofila, Gérbera e Áster em suas variedades, Tango, Liziantus, Girassol e Boca de Leão.

A Flora Fogaça é responsável também pela confecção de 70% das mudas usadas na plantação. Os outros 30% provêm de um distribuidor em São Paulo. Por semana, são plantadas 100 mil mudas de Crisântemos, que dá cerca de 70 mil flores por semana, distribuídas em 3500 pacotes com 20 hastes cada.

Técnica especial

Com um grupo de 70 pessoas trabalhando diretamente para a Flora Fogaça, Cláudio acrescenta que a rotatividade na atividade é muito baixa. Para cada espécie de flor, há uma equipe diferente, a fim de que haja especialização. "Muitos dos nossos funcionários nos acompanham desde o inicio. É necessário que haja uma familiaridade com a planta, por isso cada equipe tem seu local especializado de trabalho, seja colheita, produção de muda e irrigação", diz.

Ele conta que, ao contrário das rosas, depois de colhidos, os pés de crisântemos precisam ser replantados. Semanalmente, são colhidos 3500 pacotes, e replantadas 100 mil mudas. A colheita é feita semanalmente por uma equipe de 15 pessoas.

As flores são vendidas metade em duas lojas de distribuição, localizadas em São Luís (MA) e Teresina (PI) e a outra metade dentro do Estado, para empresas que utilizam na decoração e dois atacadistas na Capital.

Trabalho em família

Além de Cláudio, seu filho Matheus Folster Fogaça, de 18 anos, cresceu entre as flores, trabalhando hoje com o pai e se dividindo entre as fazendas de produção e as lojas, que são cuidadas pela mãe do rapaz.

Matheus conta que gosta de trabalhar com flores, embora às vezes canse um pouco. "É quase uma terapia. Cheguei ao Ceará criança e meu pai sempre cuidou de flores e eu gosto de trabalhar com isso também".

De acordo com seu pai, o interesse veio desde criança. "Há 20 anos trabalho com isso e Matheus cresceu se interessando pelo negocio. Apenas quando nos mudamos para o São Benedito, em 2003, passei a produzir em fazenda própria".

Dificuldades

O ano passado foi um dos mais difíceis para o produtor. A falta de água afetou o plantio de crisântemos, que não foi completamente perdido porque a produção é dividida. "Essa foi nossa sorte, sendo que o de Carnaubal foi o que menos apresentou falta de água".

A situação ainda preocupa, pois as reservas estão baixas, e o produtor teme que o período chuvoso seja novamente escasso. "Só nesse ano, já fiz mais dois poços profundos, porém ainda tenho esperança que chova entre março e abril. Se não chover, a situação ficará pior, pois as reservas de água gastas em 2012 não foram repostas".

Cláudio ressalta que mesmo fora do período de seca, a irrigação por aspersão é feita por um funcionário acompanhando para evitar desperdício.

Qualificação

Além da seca, ele aponta a falta de incentivo da população local como uma dificuldade. "Treinamentos e capacitações ainda são escassas na região que sobrevive principalmente pelo cultivo de flores, sendo reconhecida nacionalmente pelo posto. Uma família que produzisse crisântemos teria sua produção comprada por mim e isso já geraria renda", aponta.

Logística também dificuldade, pois a distancia ainda é um problema. A menor distancia que a flor tem que percorrer até chegar aos grandes centros, é de 350 km, que são feitos por meio de caminhões refrigerados.

FIQUE POR DENTRO

A peculiar arte de produzir crisântemos

Existem mais de 100 espécies e 800 variedades de crisântemos comercializados no mundo. Seu porte é herbáceo e geralmente de 1 metro. Para começar o plantio, o produtor da Flora Fogaça conta com uma equipe de seis pessoas que ficam responsáveis apenas por isso. Depois de plantada, a muda deve receber quatro horas de luzes artificiais nos primeiros 30 dias. Após esses 30 dias com luzes artificiais, a planta precisa de no mínimo 11 horas de escuro diário, até a formação dos botões, geralmente com a idade de 60 dias, a fim de que alcance a altura comercial correta, cerca de 90 cm. É o tamanho ideal, pois deve servir tanto para a produção de buquês quanto para decoração, sem essa altura, a produção fica perdida, gerando prejuízo. Após o botão formado, a espera para a flor abrir é de mais 30 dias. Gerando um ciclo de 90 dias a fim de que a planta esteja pronta para colheita.

Mais informações

Flora Fogaça está localizada no

Sítio Ipiranga, S/N, Zona Rural do município de São Benedito, na Serra da Ibiapaba.

Telefone: (88) 3626.3202

Moradores também se beneficiaram
São Benedito. Os moradores do Município tiveram suas vidas mudadas após a chegada da produção de flores na região. Aos que não trabalham diretamente com as plantas, o comércio diferenciado tem se mostrado uma grande oportunidade.

Os proprietários do Posto Cruzeiro apostaram numa loja de conveniências fora dos padrões. Há dois anos, o negócio tem atraído clientela de cidades vizinhas e até de moradores de Sobral, a 1h30 de viagem

É o caso do Posto Cruzeiro, por exemplo, do empresário George Antônio Pimenta. Ele e sua esposa Socorro Flávia Borges de Melo Brito, apostaram numa loja de conveniências fora dos padrões e há dois anos têm atraído clientela de cidades vizinhas e até de Sobral, que fica a cerca de 1h30 de viagem.

Novo conceito

Com uma ideia de ambiente aconchegante que deixasse o público feminino mais confortável e produtos diferenciados, Flávia conta que o Café com Rosas nasceu de uma vontade dela misturada com a necessidade encontrada no posto. "Eu sempre amei cafés, mas na região não havia como encontrar cafés diferenciados. Havia também a necessidade dos clientes do posto, que paravam e tinham que ficar aguardando e se notava que as mulheres que vinham acompanhando ou mesmo dirigindo, não se sentem tão à vontade num ambiente normalmente masculino", conta a empresária.

Ela ressalta a importância de agregar novos produtos à loja. "Juntamos isso à ideia de vender rosas no estabelecimento, pois muitas pessoas passavam e perguntavam onde comprar. Foi com esse mix de vontade e necessidade que a cafeteria deu seus primeiros passos", explica.

Em parceria com a CeaRosa, o local vende em média 15 buquês por dia, em dias normais. Já em datas comemorativas, como Dia das Mães e Dia Internacional da Mulher, os pedidos são maiores.

No dia oito deste mês, Flávia conta que no meio da tarde o estoque já havia acabado. "Antes das 17h já não havia mais rosas aqui, tivemos que tirar o mostruário porque estava vazio. Ainda há poucos pontos de venda para consumidor final da cidade, e somos um deles", afirma.

Transformação da economia

George acredita que a chegada das rosas mudou a realidade de São Benedito. Hoje, são quase 600 postos de trabalho diretos entre grandes produtores e pequenos locais. "Além desses empregos, os comerciantes, como nós, tivemos uma oportunidade de inovar. O nome do café foi dado devido à fama da cidade. Hoje, somos referência, inclusive fora do Ceará. O nome teve que ser registrado para evitar confusões. Tivemos convites para levar o modelo de nosso empreendimento para outras cidades", conta.

A aceitação do público é intensa, de acordo com o casal, e se divide igualmente entre moradores locais e turistas. "É interessante esse reconhecimento que os próprios moradores da região possuem. Cidades próximas como Ibiapina e Ubajara são constantes aqui. Outra cidade de muitos de nossos clientes é Sobral. Empresários de lá costumam vir para a Serra da Ibiapaba e passar por aqui", ressalta George.

Com o intenso fluxo de gente, o local passou por uma reforma em janeiro deste ano para dobrar a capacidade de pessoas, além de trazer WiFi free para seus clientes. Revistas ficam à disposição para quem for ao estabelecimento. Pensando em atender a um público que procure maior calma, apenas DVD´s com shows e música ambiente são permitidos no local.

O quadro de funcionários também aumentou. De três pessoas que trabalhavam na época de inauguração, hoje são oito, divididos em turnos. O horário mais movimentando é depois das 16h, e o café segue aberto até meia-noite.

Mão de obra

Os colaboradores do local participam de cursos e eventos no ramos atendidos pelo estabelecimento. O gerente Rogério Barbosa da Silva trabalha na loja desde a abertura e teve a oportunidade de fazer cursos com baristas, somelier e participar de degustações enogastronômicas.

Já a funcionária da Reijers Produção de Rosas, Regilane Bandeira, conta que além de sua primeira oportunidade de emprego ter sido com rosas, a empresa também propicia cursos e especializações. "Apesar de na produção os buquês serem feitos com apenas oito rosas e três complementos, padronizados, graças aos cursos hoje eu poderia trabalhar como decoradora, pois sei fazer arranjos de diversos tipos", ressalta mais uma moradora beneficiada com o fluxo econômico propiciado pela produção de flores na região.

Para ela, as empresas trouxeram uma nova etapa para o Município. Com novos postos de empregos e a produção em crescimento, a população já pôde trocar a bicicleta que usava quando começaram a trabalhar, pela moto própria.

Mais informações

Café com Rosas - Avenida Salmito Ferreira de Almeida, 718, Bairro Cruzeiro, em São Benedito.

Telefones: (88) 3626-1317 e (88) 9957.2398

AUTOR: DN

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