O menino de 4 anos que foi torturado pelos tios-avós em rituais de magia negra deve receber alta nos próximos sete dias, segundo informou ao G1, nesta segunda-feira (29), a assessoria de imprensa da Santa Casa de Campo Grande. A criança foi internada no hospital no dia 23 de fevereiro, com diversos ferimentos, entre queimaduras no rosto, fratura em um dos braços, ferimentos nos olhos e saco escrotal.
O hospital informou que o paciente está em "tratamento clínico de queimaduras e abcessos em face e pavilhão auricular" e permanece internado em leito de isolamento na enfermaria, onde é acompanhado por uma cuidadora. O menino está clinicamente estável e tem evolução favorável do quadro, conforme boletim médico divulgado. Ele deve ser liberado até o próximo domingo (6), e, após a alta médica, voltará para uma instituição de acolhimento, de acordo com a conselheira tutelar Cassandra Szuberski.
Prisões
O tio-avô, de 46 anos, e a esposa dele, de 31 anos, que tinham a guarda judicial do menino, estão presos e confessaram o crime, alegando que agiam sob influência de uma entidade espiritual. Eles também afirmaram que agrediam a criança em situações fora dos rituais de magia negra.
Os nomes dos tios-avós não serão divulgados nesta reportagem para garantir os direitos de proteção da criança. O terceiro suspeito é um jovem de 18 anos, sobrinho do casal e primo da vítima. Ele foi preso em Aquidauana e disse que assistia às agressões. A polícia investiga mais suspeitos da tortura.
Investigação
Além dos três presos, foram ouvidos a avó materna adotiva - mãe da suspeita -, as duas filhas biológicas do casal suspeito e a vítima.
As filhas do casal afirmaram para a polícia que o menino era "super apegado" com a suspeita, mãe delas. Lauretto disse ao G1 que o menino "estava muito traumatizado, assustado e sob efeito de medicamento" quando foi ouvido por psicólogos no hospital, por isso, não foi considerado depoimento.
Objetos usados na tortura foram encontrados na casa (Foto: Divulgação/ Polícia Civil de MS)
Visita surpresa
O caso foi denunciado após a criança ser internada na Santa Casa com ferimentos e sinais de tortura na noite de terça-feira (23) e chocou profissionais das polícias militar e civil, Conselho Tutelar e médicos que atenderam a ocorrência.
Família
O homem preso é tio-avô do menino e ele e a esposa teriam sido os familiares mais próximos interessados na guarda da criança, depois que a avó paterna devolveu a criança à Justiça alegando que não tinha condições de cuidá-la.
Segundo a polícia, os pais biológicos do menino são usuários de droga e o abandonaram. Em depoimento, a tia-avó contou que quis adotar a criança com intenção de utilizá-la em rituais de sacrifício. A avó materna adotiva, mãe da suspeita presa, negou saber das agressões.
O menino torturado morava com os tios-avós e duas filhas do casal em uma residência no Centro de Campo Grande. As agressões só foram descobertas durante uma visita surpresa da equipe multidisciplinar da unidade de acolhimento onde o garoto vivia antes de ser adotado.
AUTOR: G1/MS
Visita surpresa
O caso foi denunciado após a criança ser internada na Santa Casa com ferimentos e sinais de tortura na noite de terça-feira (23) e chocou profissionais das polícias militar e civil, Conselho Tutelar e médicos que atenderam a ocorrência.
Família
O homem preso é tio-avô do menino e ele e a esposa teriam sido os familiares mais próximos interessados na guarda da criança, depois que a avó paterna devolveu a criança à Justiça alegando que não tinha condições de cuidá-la.
Segundo a polícia, os pais biológicos do menino são usuários de droga e o abandonaram. Em depoimento, a tia-avó contou que quis adotar a criança com intenção de utilizá-la em rituais de sacrifício. A avó materna adotiva, mãe da suspeita presa, negou saber das agressões.
O menino torturado morava com os tios-avós e duas filhas do casal em uma residência no Centro de Campo Grande. As agressões só foram descobertas durante uma visita surpresa da equipe multidisciplinar da unidade de acolhimento onde o garoto vivia antes de ser adotado.
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