Dois educadores ficaram feridos e três internos fugiram, conforme o Batalhão de Polícia de Choque (BP Choque). Com essa ação, sobe para 20 o número de rebeliões e motins no sistema socioeducativo cearense, somente em 2016.
Segundo o major Alexandre Ávila, comandante do BP Choque, a rebelião começou por volta das 18 horas, mas foi controlada às 18h30min. Ele disse que dois educadores ficaram machucados, mas não foram repassadas informações sobre o estado de saúde deles. A confusão foi iniciada por jovens das celas 6 e 7, que serraram grades e passaram pela entrada da unidade, gerando tumulto entre os outros internos. A recontagem dos adolescentes foi finalizada por volta das 20 horas.
O juiz titular da 5ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, Manuel Clístenes, diz que na última semana, houve rebeliões ou tumultos nos centros socieoducativos “praticamente todo dia”. “Os incidentes de médio e grande porte este ano estão mais constantes do que no ano passado. E mais, se contássemos esses casos pequenos, quando quatro ou cinco adolescentes jogam pedras em instrutores, por exemplo, o número [de ocorrências nos centros] seria bem maior”.
Na última sexta-feira, 19, Clístenes participou de uma reunião com membros de órgãos ligados aos Direitos Humanos, como Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), além do titular da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). “Até lá, tivemos o registro de 17 rebeliões ou motins, mas no mesmo dia ocorreram mais duas rebeliões”.
De acordo com o levantamento do juiz, 12 adolescentes fugiram de um centro, na quarta-feira, 17, e na quinta-feira, 18, adolescentes do Patativa fizeram reféns. Também na quinta, foram registradas outras três rebeliões nos centros educacionais São Francisco, Passaré e São Miguel.
"A reunião serviu para o Estado dar uma satisfações sobre a crise do sistema. A situação está delicada e, novamente, o Estado apresentou o Plano de Estabilização do Sistema Socioeducativo", completou Clístenes.
O POVO Online tentou entrar em contato com a STDS, na noite deste domingo, 21, mas as ligações ainda não foram atendidas.
Saiba mais
Em 2015, além das diversas fugas e rebeliões, algumas vezes simultâneas, orientadores dos centros chegaram a ser presos por "surra em massa" de internos.
Com a morte de um adolescente durante uma rebelião, o Governo do Estado apresentou, em novembro do ano passado, o Plano de Estabilização do Sistema Socioeducativo, com objetivo de “reestruturar o acolhimento e a prestação de serviço aos adolescentes em conflito com a lei”.
Apesar disso, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) deferiu medida cautelar contra o governo brasileiro por violações dos direitos de adolescentes no sistema socioeducativo cearense.
AUTOR: O POVO
Segundo o major Alexandre Ávila, comandante do BP Choque, a rebelião começou por volta das 18 horas, mas foi controlada às 18h30min. Ele disse que dois educadores ficaram machucados, mas não foram repassadas informações sobre o estado de saúde deles. A confusão foi iniciada por jovens das celas 6 e 7, que serraram grades e passaram pela entrada da unidade, gerando tumulto entre os outros internos. A recontagem dos adolescentes foi finalizada por volta das 20 horas.
O juiz titular da 5ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, Manuel Clístenes, diz que na última semana, houve rebeliões ou tumultos nos centros socieoducativos “praticamente todo dia”. “Os incidentes de médio e grande porte este ano estão mais constantes do que no ano passado. E mais, se contássemos esses casos pequenos, quando quatro ou cinco adolescentes jogam pedras em instrutores, por exemplo, o número [de ocorrências nos centros] seria bem maior”.
Na última sexta-feira, 19, Clístenes participou de uma reunião com membros de órgãos ligados aos Direitos Humanos, como Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), além do titular da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). “Até lá, tivemos o registro de 17 rebeliões ou motins, mas no mesmo dia ocorreram mais duas rebeliões”.
De acordo com o levantamento do juiz, 12 adolescentes fugiram de um centro, na quarta-feira, 17, e na quinta-feira, 18, adolescentes do Patativa fizeram reféns. Também na quinta, foram registradas outras três rebeliões nos centros educacionais São Francisco, Passaré e São Miguel.
"A reunião serviu para o Estado dar uma satisfações sobre a crise do sistema. A situação está delicada e, novamente, o Estado apresentou o Plano de Estabilização do Sistema Socioeducativo", completou Clístenes.
O POVO Online tentou entrar em contato com a STDS, na noite deste domingo, 21, mas as ligações ainda não foram atendidas.
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Em 2015, além das diversas fugas e rebeliões, algumas vezes simultâneas, orientadores dos centros chegaram a ser presos por "surra em massa" de internos.
Com a morte de um adolescente durante uma rebelião, o Governo do Estado apresentou, em novembro do ano passado, o Plano de Estabilização do Sistema Socioeducativo, com objetivo de “reestruturar o acolhimento e a prestação de serviço aos adolescentes em conflito com a lei”.
Apesar disso, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) deferiu medida cautelar contra o governo brasileiro por violações dos direitos de adolescentes no sistema socioeducativo cearense.
AUTOR: O POVO
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