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terça-feira, 22 de abril de 2014

DELEGACIAS DE FORTALEZA (CE)!!! RECLAMAÇÃO E MUITO TEMPO DE ESPERA NO FERIADÃO

O risco de fuga é constante, como a que ocorreu recentemente no 10º DP (Antônio Bezerra) quando 11 presos serraram as grades e escaparam FOTO: ALEX COSTA

Quem precisou registrar Boletim de Ocorrência (B.O.) nas delegacias plantonistas durante o feriado da Páscoa e de Tiradentes na Capital, a depender da escolha da delegacia, teve de ter paciência para esperar atendimento. Isto, pelo fato de que o baixo efetivo de policiais civis obrigou os plantonistas a trabalharem em ritmo frenético para dar conta da grande demanda.

Há relatos de uma unidade que chegou a realizar cerca de 40 B.Os somente em uma manhã. Apesar do número, nesta mesma unidade, a afirmação era de que nenhum cidadão saía sem o documento.

Por outro lado, houve unidade em que, com a ausência de um integrante da equipe plantonista, fez com que a população tivesse de esperar muito ou desistir do serviço. Em outra unidade, a espera no local chegou a ser de três horas para ser atendido por um policial.

A reportagem percorreu as seis delegacias plantonistas da Capital entre sexta-feira (18) e segunda-feira (21). Na maioria, a reclamação era a mesma: o baixo efetivo de agentes, desproporcional à grande demanda de Boletins de Ocorrência. Além disso, o número de presos recolhidos nos xadrezes, acima da lotação, chegando a estar mais de seis vezes acima da capacidade, no caso mais extremo.

Baixo efetivo

No 12º Distrito Policial (DP), no bairro Conjunto Ceará, havia apenas um escrivão, um inspetor e um delegado executando as atividades na sexta-feira, por volta das 15h, quando a reportagem esteve no local. Por conta dos flagrantes, que têm prioridade de atendimento em qualquer unidade, os B.Os tinham de ficam em segundo plano.

Um popular, segundo os policiais, chegou a esperar três horas para ser atendido. "Infelizmente, temos que dar prioridade aos flagrantes. Avisamos ao cidadão que o procedimento iria demorar, mas ele preferiu esperar", informou um dos agentes da unidade policial.

No 2º DP, bairro Aldeota, a reportagem encontrou um inspetor na recepção, por volta das 15h do domingo. Além dele, apenas um escrivão e um delegado estavam no plantão, mas haviam saído para o almoço. "Eles ficaram aqui, fazendo B.O, até agora há pouco, e só pararam para almoçar. Foi um número considerado até dentro da normalidade para um plantão, mas pela falta de contingente policial, ficou dificultado o nosso trabalho", disse.

Na delegacia, que está situada ao lado da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), quem chegasse àquele horário para registrar um Boletim de Ocorrência, ou teria de esperar, ou então, retornar em outra ocasião. O plantão da delegacia contava com dois escrivães. Entretanto, um deles faltou.

Já no 11º DP, no bairro Pan Americano, a quantidade de B.Os realizados foi a menor encontrada, cerca de 12 feitos até por volta das 16h do domingo. Na unidade, três inspetores, um escrivão e um delegado realizavam as atividades. Naquele dia, três flagrantes foram lavrados na unidade, o que ocupou bastante o tempo dos agentes.

A reportagem localizou, no 30º DP, no Conjunto São Cristóvão, bairro Jangurussu, dois inspetores, dois escrivães e um delegado, por volta das 17h de domingo. Eles haviam realizado cerca de 30 B.Os até aquele momento, e segundo os policiais, o plantão era considerado calmo, dentro da normalidade, sem prejuízos para a população.

Tiradentes

Já na segunda-feira, feriado de Tiradentes, o 34º Distrito Policial, no Centro de Fortaleza, havia registrado cerca de 30 Boletins de Ocorrência, até por volta das 15h.

Eram dois inspetores, um escrivão e um delegado trabalhando no plantão, naquele horário. O atendimento à população, segundo os agentes, estava um pouco demorado, mas ninguém estava ficava sem fazer o Boletim de Ocorrência. "Está um pouco lento pois a demanda está sendo grande", admitiu um dos policiais no local.

O maior número de registros de Boletins verificado pela reportagem foi no bairro Pirambu. O 7º DP, unidade localizada naquele bairro, havia registrado, até por volta do meio-dia da segunda-feira, cerca de 40 Boletins de Ocorrência.

Três inspetores, dois escrivães e um delegado realizavam os trabalhos na unidade naquela tarde. "Esta delegacia, se não for a que mais registra B.Os na cidade, certamente está entre as que mais fazem os Boletins. Mas mesmo assim, não volta ninguém daqui sem fazer não. O delegado senta ali, chama o pessoal para a sala, e faz todos os registros junto com a equipe. O serviço, apesar da grande demanda do feriado, está normal aqui no 7º DP", afirmou um dos agentes.

Nas delegacias visitadas, além da espera, existe a tensão com a situação da superlotação das unidades, sujeitas a fugas e resgates. Os policiais também trabalham sob pressão para dar conta de atender aos cidadãos e cuidar dos presos.

Superlotação das unidades preocupa

Em um espaço onde deveria estar apenas um homem, estão seis. Imaginar este cenário pode até parecer difícil, explicá-lo, então, a física não consegue. Contudo, o que a princípio parece inconcebível, é a realidade vivida pelos 50 homens recolhidos no 30º DP, no bairro Jangurussu, durante o feriado da Páscoa e Tiradentes. O xadrez da delegacia, com capacidade para apenas oito, estava 6,25 vezes acima de sua lotação.

A situação não foi exclusividade da citada delegacia. Em todas as seis unidades plantonistas visitadas pela reportagem entre sexta-feira (18) e segunda (21), a situação era de superlotação.

No 34º DP, no Centro, eram 40 presos recolhidos nos dois xadrezes, cada um com capacidade para quatro.

Já no 2º DP, no bairro Aldeota - localizado vizinho ao Palácio da Abolição, residência oficial do governador do Estado - e no 12º DP, no bairro Conjunto Ceará, 30 presos se espremiam no espaço destinado a eles.

No 7º DP (Pirambu), de acordo com os funcionários da unidade, eram 28 presos recolhidos, até o fim da tarde de ontem. A menor quantidade de internos foi verificada no 11º DP, que fica localizado no bairro Pan Americano. Lá, a reportagem recebeu a informação de que eram 17 presos recolhidos até o fim da tarde do domingo de Páscoa.

Temor

Os agentes, em todos os locais, temiam pela segurança da equipe que trabalhava no plantão e pela sociedade, que fica exposta a um risco iminente de fuga e conflito dentro da unidade."Isso é um perigo para nós, que trabalhamos aqui, mas muito maior para a população. Aqui ao lado tem casas. Como vai ser se esses presos resolverem fugir? Não poderemos fazer nada", desabafou um dos agentes de uma das unidades, que pediu para não ser identificado.

No 30º Distrito, o pior dos cenários, alguns presos tiveram de ser transferidos para a área de passatempo. "Eles revezam. Uns ficam em pé para se abanar, enquanto outros sentam no chão, para descansar. É desumano", afirmou outro agente (identidade preservada).

Faltam agentes e vagas, afirma diretor

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, Jairo Façanha Pequeno, os problemas verificados pela reportagem durante o feriado nas delegacias plantonistas seriam resolvidos com mais agentes à disposição e mais vagas para transferência dos detentos.

Sobre as dificuldades dos populares registrarem Boletins de Ocorrência, devido o pouco número de escrivães nas delegacias, Façanha foi enfático. "O ideal (para o plantão) é escalar três, quatro escrivães. Estamos esperando por mais concursos públicos, pois o atual efetivo não está dando (para cumprir a meta ideal de escala)", frisou.

Já a superlotação dos xadrezes, o diretor citou a falta de vagas no sistema prisional do Estado como combustível para a situação. "Dependemos das vagas da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus). Tinha ficado acertado 200 vagas para transferência na semana antes do feriado, mas só nos liberaram 130. Essas 70 vagas estão fazendo falta e, em razão disso, temos superlotação nas delegacias, com presos doentes, risco de fuga, resgate e rebelião a toda hora, pondo em risco a vida do policial, de quem mora nos arredores e do próprio preso, diante das condições insalubres que ficam".

A Sejus, em nota, informou que, neste ano, já recebeu 2.272 presos oriundos da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap). A população carcerária já aumentou 5% em 2014. Em 2013, o crescimento foi de 9,2%, superando a média nacional de 5,5%. A Sejus reforça que tem a intenção de entregar até julho o Centro de Triagem e Observação Criminológica em Caucaia, com 400 vagas rotativas.
AUTOR: DN

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