A I Semana Nacional do Júri do Ceará foi encerrada na tarde de tem com uma solenidade no Fórum Clóvis Beviláqua. A desembargadora Maria Iraneide Moura Silva, coordenadora do projeto, informou um balanço parcial dos trabalhos. Segundo a magistrada, aconteceram 101 júris no Interior e 15 na Capital.
Maria Iraneide disse ainda, que outros 73 procedimentos estavam em andamento durante o dia de ontem e que algumas comarcas ainda não haviam repassado os números de julgamentos, que realizaram durante a iniciativa, que aconteceu em uma parceria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
A desembargadora afirmou que aconteceram algumas dificuldades, advindas da falta de juízes e representantes do Ministério Público. "Não conseguimos deslocar juízes para todas as comarcas. Em algumas tinha juízes, mas não tinha promotores. Em outros casos, os defensores desistiram de seus réus".
Os casos em que os réus foram desclassificados ainda não foram contabilizados. No entanto, a coordenadora da Semana Nacional do Júri considerou que o evento teve grande aproveitamento, mesmo não tendo atingido a previsão de realizar os 325 júris que estavam agendados, no Fórum Clóvis Beviláqua e em nove núcleos regionais espalhados pelo Interior.
Desembargadores, juízes, promotores e advogados estavam na solenidade de encerramento. O vice-presidente do TJCE, desembargador Francisco Lincoln Araújo; a desembargadora Maria Iraneide Moura Silva; a ouvidora do Fórum, juíza Maria de Fátima Loureiro; o corregedor de Justiça do Ceará, desembargador Francisco Sales Neto; e a conselheira do CJN, Luiza Cristina Luiza Cristina Frischeisen, compuseram a mesa durante a cerimônia.
CNJ
A conselheira do CNJ que estava no Ceará acompanhando o andamento do evento disse que o intuito da iniciativa que aconteceu em vários Estados do Brasil é "sensibilizar o Judiciário e o Ministério Público da gravidade dos crimes dolosos contra a vida para a vida da comunidade que sofre seus efeitos". Luiza Cristina Frischeisen disse também que o homicídio e o latrocínio (roubo seguido de morte) transmitem uma sensação de insegurança e de impunidade muito forte, caso não sejam julgados.
AUTOR: DN
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