Assassinado no bairro do Guamá, taxista de 23 anos foi uma das vítimas de onda de assassinatos ocorrida em Belém e região metropolitana. (Foto: Reprodução/TV Liberal)
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup) confirmou que subiu de 25 para 28 o número de assassinatos na chacina que ocorreu na Grande Belém e completa uma semana nesta sexta-feira (27). Ainda segundo a Segup, as mortes têm características de execução e, por se tratarem de crimes de difícil resolução, ninguém foi preso até o momento.
Ainda segundo a Segup, as três novas vítimas confirmadas estavam internadas no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, na Grande Belém, para onde haviam sido encaminhadas 24 feridos durante a chacina. Do total, 12 pacientes tiveram alta, duas pessoas foram transferidas e sete seguem internadas, seis delas em estado estável e uma estado grave.
A onda de assassinatos começou após a morte de um policial militar na manhã de sexta-feira (20) em um tiroteio no bairro da Cabanagem, em Belém. Rafael da Silva tinha 29 anos, era soldado da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e atuava na perseguição a suspeitos de assalto. Durante troca de tiros com os suspeitos, Rafael foi atingido na cabeça e chegou a ser levado para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua, mas não resistiu aos ferimentos.
Após a morte de Rafael, houve o registro de 25 homicídios na capital paraense em 24 horas. Segundo Orlando Salgado, diretor geral do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, peritos encontraram características de execução nos assassinatos. O Governo do Estado admitiu a possibilidade de uma relação entre a morte do soldado e os crimes de execução.
Uma audiência pública foi realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (OAB-PA), na tarde desta quinta-feira (26), em Belém. Participaram também representantes da Secretaria de Segurança, parlamentares, autoridades e movimentos sociais. Com base em tudo que foi discutido será elaborado um relatório com as principais propostas para ser encaminhado ao Governo do Estado.
Lista das 25 pessoas assassinadas na sexta (20) e no sábado (21):
Gabriel dos Santos Santana, 23 anos
Frank Pinheiro Correa, 35 anos
Eunice do Espirito Santo Oliveira, 37 anos
Hugo Fabricio Maciel Borges, 20 anos
Alex Costa da Silva, 26 anos
Eduardo Chagas Alves, 25 anos
Helder William Freitas Pantoja, 18 anos
Edvaldo Rodrigues Gonçalves, 28 anos
Flavio Oliveira Maciel, 23 anos
Rosivaldo Lopes Favacho, 30 anos
Fagner Luis Rodrigues Neri, 30 anos
Erisvaldo Pantoja, 37 anos
Luciano Henrique Pantoja de Oliveira, 23 anos
Anderson Cleiton Souza Lopes, 27 anos
Glauber Costa de Cristo, 33 anos
Ronaldo Vieira Pleno, 51 anos
Rerysson Reinaldo Soares Narciso, 21 anos
Jhoni Santos dos Santos, 19 anos
Elvis Cireno do Noronha, 29 anos
Joelson Guedes Cordeiro, 34 anos
Jaciclene do Socorro Pereira da Costa, 32 anos
Walber Luis Santos de Azevedo, 16 anos
Edilson Calandrine Amancio de Azevedo, 50 anos
Carlos Augusto da Silva, 19 anos
Caio Teles, 18 anos.
Atuação de milícias
Para o deputado Carlos Bordalo, o "modus operandi" dos assassinos nesse caso foi o mesmo detectado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada em dezembro de 2014 para apurar a existência de grupos de extermínio no Pará. A CPI das Milicias foi proposta pelo deputado Edmilson Rodrigues após dez pessoas terem sido executadas em bairros da periferia de Belém na noite do dia 4 de novembro de 2014, em resposta ao assassinato do cabo Antônio Marcos Figueiredo, da Polícia Militar.
“Os indícios são muito fortes de envolvimento de milícias e grupos de extermínio. A morte que eu vou pegar como exemplo nesse caso todo é a morte no Curuçambá, com denúncias fortes que um carro da polícia veio antes da própria polícia recolher os artefatos que ficaram depois das execuções, para fazer a limpeza da área”, apontou Bordalo.
O deputado acredita ainda que as mortes podem se tratar de uma retaliação a morte do policial da Rotam. “Se não todos, mas aqueles homicídios que ocorreram entre as 13h e 23h do dia 20 têm indícios muito fortes de envolvimento de execuções por milícias e ocorreram nos bairros adjacentes a Cabanagem, onde foi verificado o evento da morte do soldado Rafael”, afirmou.
Atentado no bairro da Pedreira
Na tarde de quinta-feira (26), dois homens encapuzados entraram atirando na residência do sobrinho de um dos sobreviventes da chacina. Três pessoas ficaram feridas. Uma adolescente que estava na calçada foi atingida pelos disparos, assim como um jovem de 22 anos e um adolescente de 13 anos, que são primos do morador da casa. O adolescente de 13 anos recebeu atendimento médico e foi liberado ainda na tarde da última quinta-feira (26), o outro jovem continua internado (veja vídeo acima).
O Secretário de Segurança Pública do Pará, Jeannot Jansen, afirmou que é prematuro relacionar o atentado no bairro da Pedreira à chacina do final de semana anterior. O secretário disse ainda que irá pedir apoio da Polícia Federal na investigação dos homicídios.
AUTOR: G1/PA
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