Segundo a Sejus, a discrepância de números deve-se à dificuldade de identificação dos corpos carbonizados. A secretaria informou que as mortes registradas durante as rebeliões dos dias 21 e 22 de maio ocorreram devido a conflitos entre os internos.
As rebeliões começaram durante a greve dos agentes penitenciários. Os familiares de internos estiveram na porta das unidades naqueles dias, mas foram impedidos de visitá-los.
A Sejus informou, em nota, que o estudo conclusivo contou com exames de DNA forense, radiografias, odontologia forense, papiloscopia e outras técnicas que foram necessárias para identificar as vítimas. Até o momento, 12 mortos foram identificados:
1. Paulo César de Oliveira, 46 anos, estava recolhido na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, e respondia por tráfico.
2. Francisco Clenildo Felipe Costa, 40 anos, estava recolhido na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, e respondia por roubo.
3. Daniel Henrique Maciel dos Santos, 26 anos, estava recolhido na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, e respondia por homicídio e roubo.
4. Wellington Silva de Lima, 26 anos, estava recolhido na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, e respondia por homicídio.
5. Roberto Bruno Augostinho da Silva, 23 anos, estava recolhido na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, e respondia por homicídio.
6. Daniel de Sousa Oliveira, 22 anos, estava recolhido na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, e respondia por homicídio e roubo.
7. Rian Pereira Paz, 33 anos, estava recolhido na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, e respondia por tráfico.
8. Geovane Vieira de Sousa, 30 anos, estava recolhido na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, e respondia por homicídio.
9. Francisco Feitosa de Sousa, 31 anos, estava recolhido na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto, e respondia por crimes sexuais.
10. Luan Brito da Silva, 21 anos, estava recolhido na Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Elias Alves da Silva, e respondia por roubo e corrupção de menores.
11. Francisco Yan Sousa Franco, 20 anos, estava recolhido na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto, e respondia por homicídio.
12. Mark Levi Duarte da Silva, 22 anos, estava recolhido na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto, e respondia por homicídio.
Desde a greve dos agentes prisionais, o Governo do Estado instalou gabinete de crise para cuidar da situação. A Força Nacional foi chamada para garantir a segurança nos presídios durante as reformas.
Em vídeo que circulava nas redes sociais, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Ceará, Valdemiro Barbosa, determinou à categoria que familiares de presos do sistema penitenciário do Ceará fossem impedidos de visitar os parentes.
Depois, ele negou incitação à violência ou comemorações sobre os tumulto registrados nos presídios. "A responsabilidade de colocar as visitantes para dentro era da Secretaria da Justiça, que não colocou ninguém'', disse.
A greve dos agentes foi encerrada no mesmo dia que começou, após reunião com a cúpula do governador Camilo Santana (PT). O Governo do Ceará atendeu ao pleito dos agentes penitenciários e prometeu 100% de gratificação de atividade de risco, mas de forma escalonada. Atualmente, eles possuem 60% de gratificação. Com o acordo chegará em até 70% em fevereiro de 2017, 80% em janeiro de 2018 e 100% em novembro de 2018.
AUTOR: O POVO
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