Alexandre foi atingido por oito disparos, sendo cinco na cabeça, na noite de 25 de maio de 2014. Ele estava em um restaurante, no Icaraí, em Caucaia
O professor, que era coordenador do Curso de Engenharia de Teleinformática na UFC, tinha o apelido de 'Sobral', por ser natural daquela cidade da região Norte
Na época do crime, já era destacado o mistério no qual o homicídio estava envolto, uma vez que os atiradores não foram identificados pela Polícia ou populares.
Alexandre era coordenador noturno do Curso de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Professor Assistente III da mesma instituição. Ele tinha o título de Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e fazia doutorado na mesma área pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tinha o apelido de "Sobral", por ter nascido naquela cidade da região Norte. Era querido pelos alunos, mas teve a vida interrompida aos 45 anos de idade, na noite do dia 25 de maio do ano passado.
O professor foi visto com vida, pela última vez, no período da noite, em um restaurante na praia do Icaraí, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Naquele domingo, Alexandre Moreira de Moraes foi atingido por oito tiros, sendo cinco na cabeça, disparados por dois homens que chegaram ao local em uma motocicleta, segundo testemunhas.
Um ano após o homicídio, o crime permanece envolto em mistério. Os executores do professor não foram presos ou indiciados. Sequer foram identificados. E o inquérito, que havia sido enviado ao Ministério Público, será reenviado para que a Polícia Civil faça novas diligências.
Mistério
A Polícia informou, quando da morte de Alexandre, que o doutorando estava em um restaurante quando dois homens em uma motocicleta chegaram ao local efetuando disparos. Conforme testemunhas, nada de anormal teria acontecido antes que pudesse servir de orientação para definir as motivações de tal violência. Por este fato, os investigadores descartaram crime de latrocínio, pois não foram levados objetos do professor. A direção tomada pela Polícia, naquele momento, foi para investigar o homicídio como uma execução.
À família, cabe buscar retomar os rumos da vida, marcada para sempre pela violência gratuita registrada em Icaraí.
A reportagem conversou com familiares do professor, que relataram incredulidade e indignação com a lentidão registrada na apuração do crime.
"O que realmente aconteceu? Por quê a Polícia não se empenhou no caso? É algo que ainda dói muito na gente. Depois do Alexandre, muitos se foram. E muitos continuam impunes. A violência no nosso Estado é uma coisa assustadora", lamentou uma parente do professor Alexandre, que pediu para não ser identificada.
A mulher complementa que a família sente-se desamparada pelos órgãos competentes, uma vez que o caso permanece até hoje sem solução.
"Estamos tentando nos erguer, nos reestruturar. Não tivemos muito apoio e isso é difícil de lidar. O Estado nem protegeu, o que era a função dele, e depois do ocorrido não deu suporte, não se empenhou o suficiente para a resolução. A morte do Alexandre não serviu de exemplo, pois continuam as pessoas agindo da mesma forma", criticou a parente da vítima.
"Quando um parente morre, a família morre um pouco junto. E independente do que for feito, nada vai trazer a vida dele de volta. Morre uma mãe, pois viu um filho morrer como morreu. Tem um irmão, que sofre muito. E isso é só um pouquinho do sentimento que a gente tem", desabafou a mulher.
O crime é investigado pelo 22º DP (Icaraí). O delegado titular da unidade, Erivaldo Pereira Lima, afirmou em entrevista por telefone que aguardava a devolução do inquérito por parte do MP. Ele alegou, ainda, que existe uma informação de que o suspeito de ter atirado em Alexandre já esteja morto, também vítima de um homicídio.
Gargalo
Por sua vez, o Ministério Público relatou as dificuldades para atender a demanda existente na Vara Única do Júri, da comarca de Caucaia. Conforme o promotor Elton Leal, "a Promotoria de Justiça da Vara Única do Júri é composta, faz anos, apenas por um promotor, que só recentemente passou a contar com um estagiário", afirmou.
De acordo com Leal, até ano passado, o promotor cuidava sozinho do acompanhamento de 800 processos de crimes dolosos contra a vida (homicídios e tentativas de homicídios), tendo de atuar em todos os processos, e em dois júris por semana.
"Na maior parte do País, em cada Vara do Júri, atuam ao menos dois promotores. Muitas vezes um deles se dedica exclusivamente a fazer os júris, os julgamentos. Em resumo: o próprio MP aqui está absolutamente desfalcado ante a demanda. Ainda que a Polícia passasse a atuar com a qualidade sonhada e o Judiciário também, o MP seria um ponto de gargalo", disse.
De acordo com o promotor, o caso está em fase de inquérito e deve retornar em breve para a Delegacia de Icaraí. "De fato, ainda não houve o oferecimento de denúncia. Continuam as diligências policiais. Não houve até aqui o indiciamento de quem quer que seja. Ainda se busca determinar a possível autoria".
AUTOR: DN
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