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segunda-feira, 5 de junho de 2017

NO CEARÁ, CRACK CIRCULA EM 78% DAS CIDADES, E DESAFIA POLÍTICAS DE PREVENÇÃO

O efeito é imediato, intenso e rápido, produzindo euforia, autoconfiança e excitação. De custo baixo e alto potencial para gerar dependência química, o crack está em circulação em 144 dos 184 municípios cearenses (78% do Estado), conforme dados do Observatório do Crack, levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). 

Em 32 cidades, incluindo quatro da Região Metropolitana de Fortaleza - Maracanaú, Eusébio, Aquiraz e Itaitinga -, o nível dos problemas relacionados ao consumo da droga é considerado "Alto". A Capital, assim como outros 74 municípios, tem indicador "Médio".

Apenas sete cidades relatam não sofrer com problemas do crack. Segundo a CNM, as áreas mais afetadas pela droga são Saúde, Assistência Social, Segurança e Educação, respectivamente. A propagação do tóxico, cuja primeira apreensão no Brasil ocorreu em 1991, em São Paulo - mesma cidade que hoje observa o grave problema da "Cracolândia" - também preocupa o poder público cearense.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 52,32Kg de crack foram apreendidos no Ceará, só entre janeiro e abril deste ano. Em igual período do ano passado, foram 38,14Kg. Somando os últimos cinco anos, a SSPDS apreendeu 631,61Kg da droga.

Rossana Brasil, presidente da Comissão de Políticas sobre Drogas da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), afirma que os espaços de uso da droga se multiplicaram e passaram a incluir municípios da zona rural, principalmente pelo custo mais baixo em relação à cocaína. "Mas o crack não atinge só o pobre, o negro e a periferia, como se pensa, mas também a classe mais alta", avalia.

Para a advogada, falta engajamento dos municípios na elaboração de políticas públicas de prevenção, pois as gestões "preferem atuar com repressão e só isso não vai adiantar". O Governo do Estado não tem conhecimento do quantitativo de usuários de drogas no Ceará. Segundo a coordenadora da Secretaria de Políticas sobre Drogas (SPD), Alessandra Pimentel, o Estado tem buscado parcerias para realizar uma grande pesquisa no Ceará sobre o tema.

Acolhimento

O que se sabe, por ora, é que os principais usuários que procuram a rede assistencial são homens moradores da Região Metropolitana de Fortaleza, de semianalfabetos a pós-graduados. Na Capital, também não há levantamentos específicos da Coordenadoria Especial de Políticas sobre Drogas (CPDrogas). Porém, dos 5.164 atendimentos realizados entre 2013 e 2017, chegou-se ao perfil do usuário que mais procura ajuda: homem, de 19 a 30 anos, com 1º grau completo, morador das imediações do Centro.

Segundo a coordenadora adjunta da CPDrogas, Patrícia Studart, eles chegam às drogas principalmente por contextos de vulnerabilidade social e ambiente familiar fragilizado. Esses, porém, não são os únicos motivos que levam pessoas às drogas. João Albuquerque, vice-presidente da Federação Cearense das Comunidades Terapêuticas (Fecetc), também considera a curiosidade um fator; por isso, para ele, os jovens que têm exemplos de amigos ou da família no consumo de álcool e cigarro devem receber mais atenção.

O cenário cearense não é tão diferente do brasileiro. Segundo Egon Schlüter, presidente da Confederação Nacional de Comunidades Terapêuticas (Confenact), que reúne 1.850 instituições no País, o crack é o segundo maior responsável pelos atendimentos nas unidades, atrás apenas do alcoolismo. "Embora tenha menos usuários, o crack traz problemas muito mais graves, da saúde neuronal à vida social. Do início do uso até se cair numa cracolândia, é muito rápido", afirma.

O tratamento da dependência envolve aconselhamento individual, grupos de sentimentos, momentos de espiritualidade e atividades práticas. "Mas o que muda o usuário é a convivência entre os pares que têm o mesmo problema. Ocorre uma mútua ajuda", aponta Schlüter. Segundo João Albuquerque, na comunidade onde ele atua, no Eusébio, de cada dez pacientes, sete terminam o tratamento e cinco permanecem "limpos".

A Secretaria de Políticas sobre Drogas (SPD) informa apoiar 17 instituições terapêuticas cearenses, que hoje oferecem 393 vagas gratuitas. Para ter acesso ao serviço, o usuário precisa ser encaminhado pelo sistema de saúde, onde primeiro deve passar por atendimento ambulatorial e desintoxicação.

Prevenção

A SPD também atua com os programas "Juventude em Ação" e "Juventude do Futuro", que, juntos, beneficiarão 23 municípios, quase 13 mil alunos e 560 profissionais, em 2017. Em Fortaleza, a Prefeitura também realiza palestras com foco na prevenção, na rede pública de ensino, por meio dos projetos "Elos", "Famílias Fortes" e "#Tamojunto". (Colaborou Nícolas Paulino)

Protagonista

Recuperação depende da consciência

"Comecei a usar maconha, álcool e cigarro, por curiosidade, aos 11 anos. Aos 13, a consequência dessa vida foi ser preso pela primeira vez. Fui colocado para fora de casa. Parei de estudar na 7ª série. Cometi práticas delituosas na rua para usar droga. Eu não sabia que já era dependente químico, que era uma doença e que era incontrolável. 

Aos 18, afundado no crack, fui preso pela segunda vez. Troquei de bairro e de cidade, tentando mudar de vida e de amizades, mas não tive êxito. Voltei à Fortaleza e, então, percebi que o problema não estava nas pessoas, mas em mim. Aos 24, vendo e ouvindo coisas, com desejos suicidas, fui internado numa comunidade terapêutica. Lá, consegui êxito. 

Voltei ao trabalho e consegui a confiança da minha família. Estou limpo há cinco anos e meio, mas ainda procuro tratamentos psicológicos e psiquiátricos para superar o problema das drogas. Hoje, tenho três filhos e vivo para ajudar outras pessoas. Quando algum usuário chega até mim, eu penso: ´lá vem mais um Marco Túlio´. Mas, depois, digo para essa pessoa: ´você tem esperança, você tem jeito, você pode mudar´."

AUTOR: DN

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