O líder religioso Paulo Monteiro Amorim, de 53 anos, foi preso nesta quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, pela equipe do 2º Distrito Policial (Aldeota), mediante cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela 12ª Vara da Comarca de Fortaleza. Ele é suspeito de crime de estupro contra pelo menos cinco seguidoras da comunidade, entre adolescentes e jovens na faixa etária de 18 e 20 anos.
De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Dionísio Amaral, a comunidade Família em Missão foi fundada pelo paulista e os encontros funcionavam na Paróquia São Vicente de Paula, localizada na avenida Desembargador Moreira, é conhecida por ter participação de jovens.
Conforme informações do delegado, com base no depoimento das vítimas, o líder religioso e a esposa dele convidavam as seguidoras que faziam parte da comunidade a dormirem na residência do casal. Eles também estimulavam as meninas ao uso de trajes íntimos e as deixavam todas à vontade. No entanto, no meio da noite, ele alegava que as vítimas estavam com tosse e as fazia ingerir um comprimido, que as deixava dopadas.
Conversando entre si, as histórias das participantes da comunidade começaram a perceber as repetições de situações e algumas, nesse momento de transe, tinham momentos de percepção. "Eles exerciam a função de constante aconselhamento tanto na vida espiritual como na pessoal. Foi observado, segundo consta nos autos, as jovens eram incentivadas pelo casal a dormir na residência constantemente", relata
Dionísio Amaral diz que algumas das vítimas chegam a relatar que sofrem o abuso desde os 12 anos, mas que o medo de represálias, pela questão da religiosidade, foi um motivo para que as denúncias não continuassem. Foi por meio de familiares, que o 2º DP teve conhecimento do caso e passou aproximadamente duas semanas investigando o líder religioso, que também trabalha como corretor de imóveis.
Paulo Monteiro Amorin foi preso nesta quarta-feira e prestou depoimento. Segundo o delegado, ele nega qualquer tipo de abuso e alega que é impotente sexual. O delegado ressalta que o que houve foram atos libidinosos, sem a conjunção carnal, mas o crime é caracterizado como estupro de vulnerável.
AUTOR: O POVO
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