O vigilante que trocou tiros com bandidos, na noite da última sexta-feira (23), em uma farmácia da Rede Pague Menos, no bairro Damas, se apresentou à Polícia e prestou depoimento. Ele afirma que efetuou um disparo mas não sabe se este foi o tiro que atingiu o cliente José Carlos Alves Ribeiro Cavalcante, de 32 anos. A vítima morreu no local, com um ferimento no tórax.
O funcionário pertence aos quadros de uma empresa terceirizada, contratada pela rede de farmácias, para fazer a segurança do estabelecimento. Ele compareceu à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã da última segunda-feira (26), acompanhado do advogado Nunes Ramos de Lima.
Segundo o depoimento, o vigilante afirmou trabalhar na função há 12 anos e que há cinco meses atuava na unidade farmacêutica da Avenida João Pessoa, no bairro Damas, onde o homicídio aconteceu.
O segurança, de 36 anos, afirmou que adentrou à parte interna do estabelecimento para fazer um lanche, por volta de 17h10. Ao retornar ao posto de trabalho, percebeu a presença de um homem suspeito.
O vigilante forneceu informações como altura, traços físicos e roupas usadas pelo assaltante. Segundo ele, o suspeito entrou na loja, andou pelos corredores e chegou a fazer pergunta ao gerente. Cerca de dois minutos depois, o comparsa dele entrou.
O homem alega que este segundo suspeito portava uma arma e anunciou o assalto. Atrás do biombo, o vigilante disse que também sacou o revólver e apontou para os bandidos.
Neste momento, de acordo com o depoimento, o cliente foi feito refém. Os suspeitos agarraram José Carlos, e o fizeram de escudo humano.
O suspeito armado, então, passou a fazer ameaças. "Me dá a arma ou então vou matar ele", teria gritado.
Tiro
O funcionário terceirizado da farmácia alegou que abaixou-se no biombo por proteção. Neste movimento, perdeu a visibilidade da ação. Na sequência, o vigilante alegou ter escutado um estampido, similar a um disparo de arma de fogo.
Segundo as informações prestadas na delegacia, o homem percebeu um vulto aproximando-se e, então, efetuou um disparo. O vigilante disse ter apertado o gatilho apenas uma vez, e então, os assaltantes fugiram do local. Ao levantar-se, percebeu o cliente caído ao chão, ferido. "Atiraram em mim", disse a vítima. "Aguarda aí", respondeu o funcionário.
O segurança disse que saiu do local por receio do retorno dos bandidos e ficou na casa de um amigo. Na manhã seguinte, foi à empresa de segurança com quem tem contrato, sendo orientado a se apresentar à Polícia. Ele entregou a arma na DHPP.
AUTOR: DN
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